Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/25463
Title: Vulnerabilidade social em adultos e adultos idosos: efeitos da capacidade funcional e financeira, do funcionamento psicológico e de características sócio-demográficas
Authors: Cesário, Patrícia Sofia Camponês 
Orientador: Simões, Mário Manuel Rodrigues
Sousa, Liliana
Keywords: Vulnerabilidade social; Envelhecimento
Issue Date: 19-Oct-2013
Serial title, monograph or event: Vulnerabilidade social em adultos e adultos idosos: efeitos da capacidade funcional e financeira, do funcionamento psicológico e de características sócio-demográficas
Place of publication or event: Coimbra
Abstract: Introdução: A vulnerabilidade social constitui atualmente uma importante área de pesquisa. Trata-se de um constructo multideterminado, cuja análise requer o estudo de relações com variáveis diversas, tais como as características da personalidade, os problemas de saúde, o funcionamento cognitivo e emocional, a capacidade financeira e funcional, ou as características socio-demográficas (por exemplo, escolaridade e idade). As pessoas idosas estão entre as populações habitualmente consideradas vulneráveis. Objetivos: Analisar os fatores envolvidos na vulnerabilidade social em adultos e em adultos idosos, com vista à sinalização de possíveis fatores de risco. Para tal, foram definidos cinco estudos – nos primeiros três estudos foram estudadas a vulnerabilidade social, a incapacidade funcional e a capacidade financeira em adultos e em adultos idosos; nos últimos dois estudos foram examinados os efeitos das variáveis sócio-demográficas e das características psicológicas na vulnerabilidade social. Métodos: Foi utilizada uma amostra de conveniência da população geral constituída por 56 sujeitos (31 adultos e 25 adultos idosos), maioritariamente do género feminino (85.7%), com idades compreendidas entre os 36 e os 81 anos. O protocolo de avaliação administrado incluiu: (i) Consentimento informado; (ii) Guião de entrevista semi-estruturada; (iii) Exame Cognitivo de Addenbrooke – Revisto (ACE-R), (iv) Inventário de Avaliação Funcional de Adultos e Idosos (IAFAI), (v) Instrumento de Avaliação da Capacidade Financeira (IACFin), (vi) Escala de Vulnerabilidade Social (SVS), (vii) Inventário de Personalidade NEO-FFI (NEO-FFI), e (viii) Escala de Depressão Geriátrica-30 (GDS-30). Sempre que possível, foi ainda solicitado o preenchimento da SVS e do IAFAI por um informador. Resultados: O grupo de adultos não se diferencia estatisticamente do grupo de adultos idosos quanto à vulnerabilidade social (auto-reportada e reportada por informadores), incapacidade funcional (reportada por informador) e incapacidade funcional em tarefas de natureza financeira. No entanto, o grupo de adultos idosos reporta maior incapacidade funcional e revela uma capacidade financeira superior ao grupo de adultos em alguns dos domínios avaliados. Observa-se uma tendência para uma congruência entre os auto-relatos e os relatos de informadores na vulnerabilidade social, na incapacidade funcional geral e na incapacidade funcional em tarefas de natureza financeira. No entanto, os auto-relatos e os relatos do informador quanto à ausência de incapacidade funcional não correspondem necessariamente a um desempenho completamente correto em tarefas de natureza financeira. Os participantes com mais escolaridade e a residirem em áreas urbanas tendem a percepcionar-se como mais vulneráveis. Uma maior vulnerabilidade social auto-reportada associa-se a um desempenho cognitivo superior (MMSE e fluência verbal, ACE-R), a perfis de personalidade caracterizados por pontuações elevadas nos domínios Neuroticismo e Abertura à experiência. A vulnerabilidade social reportada por informadores associou-se a características de personalidade elevadas na Extroversão, bem como aos auto-relatos de incapacidade funcional nas ABVD. Conclusões: Os resultados obtidos reforçam a ideia de que a idade não é sinónimo de vulnerabilidade. Para determinar se uma pessoa idosa é socialmente vulnerável é necessário utilizar métodos e estratégias que permitam uma avaliação completa e compreensiva.
Introduction: Social vulnerability is currently an important area of research. It is a multidetermined construct, whose analysis requires the consideration of several variables such personality characteristics, health problems, as cognitive and emotional functioning, functional and financial capacity, or socio-demographic characteristics (e.g. education and age). Among the vulnerable populations, the elderly are usually taken in consideration. Objectives: To analyze the factors involved in social vulnerability in adults and older adults, in order to explore possible risk factors. To achieve this, it were defined five studies - the first three studies analyzed social vulnerability, functional incapacity and financial capacity in adults and older adults; the last two studies examined the effects of socio-demographic variables and psychological characteristics on the social vulnerability. Methods: We used a 56 participants convenience sample of the general population (31 adults and 25 older adults), mainly females (85.7%), with aged between 36 and 81 years. The neuropsychological assessment protocol included: (i) Informed consente; (ii) interviey guide semi-estructured; (iii) Addenbrooke Cognitive Examination – Revised (ACE -R), (iv) Adults and Older Adults Functional Assessment Inventory (IAFAI), (v) Financial Capacity Assessment Instrument (IACFin), (vi) So6875cial Vulnerability Scale (SVS), (vii) NEO - Five Factor Inventory (NEO-FFI), and (viii) Geriatric Depression Scale – 30 (GDS - 30). Whenever possible, the SVS and the IAFAI was also administered to an informant. Results: The group of adults does not differ statistically from the group of older adults in social vulnerability (self-reported and reported by informants), functional incapacity (reported by informant) and functional incapacity in financial related activities. However, the group of older adults refers higher functional incapacity and financial capacity than the adults group in some of the domains. There is a trend for a congruence between self-reports and reports of informants in social vulnerability, general functional incapacity, and incapacity in financial related activities. However, self-reports and informant reports for the absence of functional incapacity does not necessarily correspond to a completely correct performance on the financial related tasks. Participants with more education and reside in urban areas tend to perceive themselves as more vulnerable. Greater self-reported social vulnerability is associated with higher cognitive performance (MMSE and verbal fluency, ACE-R), the personality profiles characterized by high scores in Neuroticism and Openness to Experience. Social vulnerability reported by informants are associated with higher Extraversion, as well as self-reports of functional incapacity in ABVD. Conclusions: The results support the idea that age is not synonymous of vulnerability. To determine if an elderly person is socially vulnerable is necessary to use assessment methods and strategies which allow a complete and comprehensive understanding of the older person.
Description: Dissertação de mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde (Psicologia Forense), apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/25463
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FPCEUC - Teses de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat
Tese final de Patricia Cesário.pdf1.27 MBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s) 20

739
checked on Mar 26, 2024

Download(s) 20

956
checked on Mar 26, 2024

Google ScholarTM

Check


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.