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https://hdl.handle.net/10316/24453
DC Field | Value | Language |
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dc.contributor.advisor | Anacleto, Maria Regina Dias Baptista Teixeira | - |
dc.contributor.author | Mantas, Helena Alexandra Jorge Soares | - |
dc.date.accessioned | 2013-10-21T10:02:57Z | - |
dc.date.issued | 2013-10-18 | - |
dc.identifier.citation | MANTAS, Helena Alexandra Jorge Soares - Maria Keil, uma operária das artes (1914-2012) : arte portuguesa do século XX. Coimbra : [s.n.], 2013. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/24453 | por |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/10316/24453 | - |
dc.description | Tese de doutoramento em Letras, área de História, na especialidade de História da Arte, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra | por |
dc.description.abstract | Estudar a vida e a obra de Maria Keil é analisar a História e a Arte Portuguesas desde a década de 1930, quando a autora começou a sua actividade, até 2012, ano em que faleceu. Tendo desenvolvido obra em diversas áreas artísticas, destacando-se as artes gráficas, publicidade, ilustração, azulejaria, desenho e pintura, Maria Keil definia-se como uma “operária das artes”. O corpo de trabalho que nos legou é vasto e diversificado, pleno de beleza, sensibilidade e humanismo, qualidades que caracterizavam a personalidade e o traço da artista. Nascida em Silves em Agosto de 1914, com o início da I Guerra Mundial, Maria da Silva Pires deixou a terra Natal aos quinze anos de idade por vontade da família aconselhada por Samora Barros, seu professor na Escola Industrial, e partiu para Lisboa para frequentar a Escola de Belas-Artes. Após a conclusão do curso geral, de três anos, frequentou o primeiro ano do curso de pintura com o pintor Veloso Salgado. Entretanto, conheceu na Escola Francisco Keil do Amaral, na altura aluno de arquitectura, com quem viria a casar em 1933. O casamento com Keil do Amaral e a aproximação a um círculo de amizades que incluía alguns dos mais notáveis intelectuais e artistas da época, fê-la perceber que “na Escola não se aprendia nada”. Na rua, nos cafés, designadamente na Brasileira do Chiado, em casa de amigos, era nesses locais que de facto se aprendia e se tinha acesso ao que as vanguardas artísticas internacionais faziam. Longe dos modelos em gesso e do academismo do ensino oficial das artes, havia um mundo por descobrir cujos ecos chegavam timidamente a Portugal, através de revistas e livros estrangeiros ou pela boca dos poucos artistas nacionais que conseguiam viajar e estabelecer-se fora do país. Em 1936, Maria Keil começou a colaborar com o Estúdio Técnico de Publicidade (ETP), fundado por José Rocha, onde trabalhavam, entre outros, Fred Kradolfer, Botelho, Bernardo Marques, Ofélia Marques e Thomaz de Mello. No ETP, Maria reaprendeu a desenhar, conheceu uma nova realidade, a da publicidade, e desenvolveu um grafismo muito próprio, de risco sintético e estilizado, claramente modernista, que aplicaria, mais tarde, a outras áreas artísticas. Esse momento marcou o início da actividade profissional, multifacetada, da autora. Nas décadas de 1930 e 1940, num contexto político totalitário, em que a Arte foi colocada ao serviço do regime através da acção do SPN/SNI, Maria Keil trabalhou, tal como a maioria dos artistas da sua geração, como decoradora nas exposições internacionais de Paris (1937), Nova Iorque (1939), São Francisco (1939) e na Exposição do Mundo Português (1940). Neste âmbito, de referir, ainda, a colaboração com a revista Panorama, a participação nas Campanhas do “Bom gosto”, a decoração das Pousadas de Portugal e dos edifícios dos CTT, a realização de figurinos e cenários para a Companhia de Bailado Verde-Gaio, entre outros. Paralelamente a autora, que sempre se posicionou, tal como o marido e o seu círculo de amizades mais próximas, do lado da oposição ao regime, chegando a ser presa pela PIDE em 1953 por ter ido receber Maria Lamas ao aeroporto, desenvolveu outros trabalhos, para clientes privados, muitas vezes amigos pessoais, essencialmente na área da ilustração. A este propósito, refira-se a forte consciência social e política de Maria Keil que a levou a defender várias causas, entre as quais, a da Mulher. A década de 1950 colocou a azulejaria e a ilustração infantil no seu caminho, áreas artísticas que desenvolveu de forma notável até ao final da vida. Casada com o arquitecto responsável pelo projecto do Metropolitano de Lisboa, Maria fez os painéis de azulejo abstractos, de cariz geométrico, que decoravam as suas estações. Além do marido, outros arquitectos recorreram ao seu trabalho na área da azulejaria nos anos de 1950, tendo a autora executado um conjunto de obras que contribuíram para introduzir decisivamente o modernismo na azulejaria portuguesa. A partir da década de 1950 e até 2009, ano da derradeira intervenção de Maria Keil na área da azulejaria, a artista produziu dezenas de painéis de azulejo, sempre na Fábrica da Viúva Lamego. A actividade de ilustração infantil começou em 1953, com Histórias da Minha Rua de Maria Cecília Correia, e continuou, sem parar, até 2010, data em que ilustrou o livro Florinda e o Pai Natal de Matilde Rosa Araújo, tendo a autora deixado um legado de cerca de quarenta obras infantis ilustradas. Paralelamente, Maria Keil foi autora de cartões para tapeçarias, escreveu livros, infantis e para adultos, dedicou-se à fotografia e pintou. A pintura, essencialmente de retratos, embora lhe tenha valido um prémio em 1941, era para a autora uma área de actividade pessoal, que ela não incluía no seu trabalho profissional, ou seja, Maria Keil não se considerava uma pintora. No entanto, ao longo da sua vida Maria não deixou de expor, individualmente ou em exposições colectivas, a sua obra de pintura que revela, sobretudo no domínio do retrato, uma elevada qualidade estética e técnica. | - |
dc.description.abstract | Studying the life and work of Maria Keil is to analyze the Portuguese History and Art since the 1930s, when she began working, until 2012, the year she died. Having developed work until the end of her life, in various artistic fields, among which stand out the graphic arts, advertising, illustration, tiling, painting and drawing, Maria Keil defined herself as an “arts worker”. The body of work she left us is vast and diverse, full of beauty, sensitivity and humanity, qualities that characterized the personality and trace of the artist. Born in Silves with the onset of World War I, in August 1914, Maria da Silva Pires, left her homeland at the age of fifteen-years-old, by decision of her family advised by Samora Barros, her drawing teacher at the Industrial School, and left for Lisbon to attend the School of Fine Arts. After completing the general course of three years, she attended the first year of Painting with the painter Veloso Salgado. At the school she met Francisco Keil do Amaral, a student of architecture at the time, with whom she would marry in 1933. Marriage with Keil do Amaral and approximation to a circle of friends that included some of the most remarkable intellectuals and artists of the time, made her realize that "at school no one learned anything". On the street, in cafes, in particular at Brasileira do Chiado, visiting friends, those were the places where in fact young artists learned and had access to the international artistic vanguards. Far from plaster models and old methods of art education, existed a world to discover whose echoes came timidly to Portugal, through foreign magazines and books or by the words of the few artists who could travel and settle abroad. In 1936, Maria Keil began collaborating with Estúdio Técnico de Publicidade (ETP), founded by José Rocha and where worked, among others, Fred Kradolfer, Botelho, Bernardo Marques, Ofélia Marques an Thomaz de Mello. In the ETP, Maria relearned how to draw, met a new reality, publicity, and developed a very own artwork, with a synthetic risk and stylized, clearly modernist, that she abandoned no more and applied to other artistic areas. From there began the multifaceted occupation of the author. In the 1930s and 1940s, a totalitarian political context in which the art was placed at the service of the regime through the action of SPN / SNI, Maria Keil worked, as most artists of her generation, as decorator in international exhibitions, in Paris (1937), New York (1939) and San Francisco (1939), and the Portuguese World Exhibition (1940). In this context, has to be mentioned also the collaboration with the SPN’s magazine Panorama and the participation in campaigns of "Good Taste", decoration of the Pousadas de Portugal and public buildings, the creation of performing costumes and sets for the Ballet Company Verde-Gaio, among others. Alongside, the author, who has always positioned herself, as her husband and her closest circle of friends, against the regime, eventually being arrested by the PIDE in 1953 for going to the airport to receive Maria Lamas, developed other work for private clients, often personal friends, primarily in the field of illustration. In this regard, should be mentioned the strong social and political consciousness of Maria Keil that led her to defend various causes, including the Women's. The 1950 placed the tiles and children's illustration in her way, artistic areas that she developed remarkably from then until the end of her life. Married to the architect responsible for the design of the Lisbon Metro, Maria made the abstract tile panels of geometric nature, which decorated the stations. Besides her husband, other architects resorted to her work in the area of tiles in the 1950s, having executed several works that contributed decisively to introduce modernism in Portuguese tiles. From the 1950s and until 2009, the year of last intervention of Maria Keil in the field of tiles, the artist produced dozens of tile panels, always in Viúva Lamego Factory. Maria’s activity in the field of children’s illustration began in 1953, with Histórias da minha Rua, by Maria Cecilia Correia, and continued nonstop until 2010, with the illustration of Florinda e o Pai Natal, by Matilde Rosa Araújo. Maria Keil has left a legacy of nearly forty illustrated books for children. Meanwhile, Maria Keil was author of tapestries, wrote books for children and adults, made an experience on photography and painted. Painting, primarily of portraits, though it was worth a prize in 1941, was for her a personal thing, that she did not included in her professional work, in other words, Maria Keil did not considered herself a painter. However, throughout her life, she has not ceased to exhibit individually or in collective exhibitions, her work of painting, which reveals, especially in the field of portraiture, a high aesthetic and technical quality. | - |
dc.language.iso | por | por |
dc.rights | openAccess | por |
dc.subject | Maria Keil | - |
dc.subject | Arte portuguesa -- séc. XX | - |
dc.title | Maria Keil, uma operária das artes (1914-2012). Arte Portuguesa do século XX | por |
dc.type | doctoralThesis | por |
dc.identifier.tid | 101226594 | - |
item.languageiso639-1 | pt | - |
item.fulltext | Com Texto completo | - |
item.grantfulltext | open | - |
item.openairecristype | http://purl.org/coar/resource_type/c_18cf | - |
item.openairetype | doctoralThesis | - |
item.cerifentitytype | Publications | - |
Appears in Collections: | FLUC Secção de História - Teses de Doutoramento |
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