Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/20417
Title: Stress e burnout nos médicos de família de Coimbra no contexto dos dois modelos organizacionais dos cuidados de saúde primários
Authors: Pires, Carla Sofia Pereira 
Orientador: Abreu, José Luís Pio
Oliveira, José Alberto da Cunha
Keywords: Medicina familiar; Cuidados primários de saúde; Stresse; Saúde ocupacional; Médicos; Esgotamento profissional
Issue Date: 2011
Abstract: O stress é uma resposta adaptativa e necessária ao ser humano, que o tem ajudado a vencer a dura batalha da sobrevivência. Mas, quando é intenso, repetitivo e prolongado determina consequências preocupantes que podem lesar o bem-estar e a saúde do indivíduo. Reconhecidamente, os médicos ocupam o topo das profissões “stressantes”. O síndrome de burnout traduz o esgotamento profissional com importantes repercussões a nível físico e psicológico. Afeta o desempenho profissional, o relacionamento interpessoal, a produtividade, mas também a qualidade de vida do indivíduo e a dinâmica da organização. A OMS considera o síndrome de burnout como um dos problemas de saúde mais graves da atualidade, não só pela alta prevalência do fenómeno em profissionais de saúde, como também pelas possíveis consequências na população assistida por esses profissionais. Num estudo realizado em Portugal, em 1998, Pinto Leal concluiu que 52,4% dos médicos de família estavam em burnout. O problema é mais prevalente nos médicos de família, depois nos médicos hospitalares, e sem significado nos clínicos que apenas desempenham funções administrativas. É objetivo deste trabalho avaliar a vulnerabilidade ao stress, determinar a prevalência de burnout, e se existe relação entre stress e burnout, comparando o que se passa nos médicos de família das Unidades de Saúde Familiar (USF) com aquilo que se passa nos médicos de família das Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP). Trata-se de um estudo observacional, transversal e analítico. O estudo tem como população alvo os médicos de família a exercer funções clínicas nos três agrupamentos de Centros de Saúde do Baixo Mondego, nos dois modelos organizacionais de Cuidados de Saúde Primários: USF e UCSP. Seleciona-se uma amostra aleatória simples de unidades de saúde. A cada unidade de saúde atribui-se um número e extraem-se sucessivamente e sem reposição, um número tal de unidades de saúde até perfazer um total de 135 médicos de família (ou seja 60% dos 226 médicos que no total fazem parte dos 3 ACES, de acordo com os dados fornecidos pela Administração Regional de Saúde do Centro). De seguida, nas unidades de saúde selecionadas, a cada médico de família que consinta colaborar no estudo, será solicitado que responda de forma confidencial e anónima a um questionário constituído por questões sociodemograficas e profissionais e duas escalas: Questionário de Vulnerabilidade ao Stress (23QVS; Vaz Serra, 2000) e Inventário de Burnout de Maslach (Maslach, Leiter, 1996; Nunes, 1999). Os dados serão tratados por análise quantitativa (descritiva e inferencial), no programa SPSS, versão 17.0. Não existem estudos que comparem a prevalência de stress e burnout nos médicos de família que trabalham em USF e UCSP. Suspeita-se que o burnout esteja em crescimento entre os médicos de família, podendo o novo modelo organizacional dos Cuidados de Saúde Primários, ser determinante e diferenciador na resposta a este fenómeno.
Stress is an adaptive and necessary response for human being, that have helped him to win the fierce battle of survival. But when it is intense, repetitive and prolonged determines worrying consequences that can damage the health and welfare of the individual. Admittedly, doctors are at the top of the "stressful" professions. The burnout syndrome leads to exhaustion, with important consequences for physical and psychological health. Affects job performance, interpersonal relationships, productivity, but also the quality of life of individuals and the dynamics of the organization. The WHO considers burnout as one of the most serious health problems today, not only by the high prevalence of the phenomenon in health care workers, as well as the possible consequences on the population assisted by these professionals. In a study in Portugal in 1998, Pinto Leal found that 52.4% of GPs were in burnout. The problem is most prevalent among general practitioners, then in hospital doctors, and without clinical significance in doctors who perform only administrative functions. The objective of this study is to assess the vulnerability to stress, to determine the prevalence of burnout, and to know if there is a relationship between stress and burnout, comparing what happens in the “Unidades de Saúde Familiar” (USF) with what goes on in “Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados”(UCSP). This is an observational and analytic study. The target of the study is the family physicians to perform clinical functions in the three Agrupamentos de Centros de Saúde do Baixo Mondego, in the two organizational models of primary health care: USF and UCSP. It selects a random sample of health facilities. Each health unit is assigned with a number and draw successively and without replacement, such a number of health units for a total of 135 doctors (ie 60% of the total of the 226 physicians who are part of the 3 ACES, according to figures provided by Administração Regional de Saúde do Centro). Then, in the selected health units, each family physician who consents to collaborate in the study will be asked to respond confidentially and anonymously to a questionnaire consisting of sociodemographic and professionals questions, and two scales: Vulnerability to Stress Questionnaire (23QVS; Vaz Serra, 2000) and Maslach Burnout Inventory (Maslach, Leiter, 1996; Nunes, 1999). The data will be treated by quantitative analysis (descriptive and inferential), SPSS, version 17.0. There are no studies comparing the prevalence of stress and burnout in family doctors who work at USF and UCSP. It is suspected that burnout is increasing among family physicians, and the new organizational model of primary health care, can be decisive and differentiating in the response to this phenomenon.
URI: https://hdl.handle.net/10316/20417
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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