Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/15915
Title: A síndrome de anemia-cardio-renal: bases fisiopatológicas e respectivas terapêuticas da RH-EPO
Authors: Pedro, Bruno Miguel dos Santos 
Keywords: Doenças do rim; Doenças cardiovasculares; Anemia
Issue Date: 2009
Abstract: A doença renal crónica (DRC), e o desenvolvimento de anemia que lhe está associado, são preocupações crescentes para a comunidade médica e científica, apresentando altas taxas de morbilidade e mortalidade, principalmente quando associadas a doença cardiovascular (DCV). As três componentes desta tríade podem ser tanto causas como consequências das restantes, num conceito que começa hoje a ser designado como síndrome de anemia-cardiorenal(SACR). OBJECTIVOS: Os principais objectivos deste trabalho de revisão são examinar os mecanismos fisiopatológicos da síndrome de anemia-cardio-renal, avaliando as interacções entre a DRC, a anemia e a DCV. Secundariamente, serão discutidas as suas possibilidades terapêuticas, com ênfase no tratamento da anemia com recurso a agentes estimulantes da eritropoiese, nomeadamente a eritropoietina recombinante humana (rhEPO). DESENVOLVIMENTO: Muitos pacientes dos pacientes com DRC que desenvolvem anemia mostram evidências de DCV. Esta tríade formada por anemia, DRC e DCV é hoje em dia conhecida como síndrome de anemia-cardio-renal. As interacções entre estas três condições condicionam um “ciclo vicioso”, no qual cada condição é capaz de ser causa ou consequência das outras. O reconhecimento deste conceito permitiu concluir que a quebra deste “ciclo vicioso” depende do tratamento conjunto e integrado de DRC, DCV e anemia, e não será efectivo se alguma destas for desprezada. Não obstantes, vários estudos têm apontado a anemia como o elemento crucial desta tríade, sugerindo que o seu controlo pode ser um dos métodos mais directos para quebrar o ciclo, com concomitante melhoria da função renal e cardíaca. A produção de rhEPO veio revolucionar o tratamento da anemia no SACR, e tem mostrado benefícios positivos não apenas sobre o hematócrito, mas também sobre a função renal e cardiovascular. CONCLUSÕES: A terapêutica com rhEPO melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes com SACR. Diversos estudos têm demonstrado os efeitos benéficos deste tratamento, não apenas sobre a anemia e DRC, mas também nas complicações cardiovasculares associadas. Não obstante o sucesso da introdução deste fármaco, a sua utilização clínica nem sempre é eficaz, uma vez que alguns doentes desenvolvem mecanismos de resistência à estimulação eritropoiética que, apesar da extensa investigação científica, ainda não são totalmente conhecidos. Actualmente, novos análogos e novas formulações da eritropoietina estão a ser investigados, assim como estratégias para combater o desenvolvimento de resistência.
URI: https://hdl.handle.net/10316/15915
Rights: openAccess
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FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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