Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/14811
Title: Impacto do tratamento com os imunomoduladores azatioprina e 6-mercaptopurina sobre o estado nutricional de pacientes com doença inflamatória intestinal
Authors: Barbosa, Daniella Reis 
Orientador: Nogueras, Manuel Giner
Santos, Lélita da Conceição dos
Keywords: Doenças inflamatórias dos intestinos -- terapia; Azatioprina-6-mhcaphopurina
Issue Date: 2009
Citation: BARBOSA, Daniella Reis - Impacto do tratamento com os imunomoduladores azatioprina e 6-mercaptopurina sobre o estado nutricional de pacientes com doença inflamatória intestinal. Coimbra : [ed. do autor], 2009
Abstract: Doença inflamatória intestinal (DII) é o termo genérico dado a um grupo heterogêneo de desordens idiopáticas do intestino, caracterizadas por inflamação crônica, com períodos de atividade e remissão. As duas principais formas da DII são a Doença de Crohn (DC) e Colite Ulcerativa (CU). Embora, ainda, não haja cura, o tratamento médico destas enfermidades inclui terapia farmacológica de longo prazo, que pode ser eficaz em induzir e manter a remissão da doença. Azatioprina (AZA) e seu metabólito 6-mercaptopurina (6-MP) têm sido os agentes imunomoduladores mais utilizados, apesar da preocupação com seus efeitos colaterais. Estes agentes são geralmente adequados a pacientes aos quais a dose de corticosteroide não pode ser reduzida ou interrompida, permitindo uma diminuição gradual do corticoide e prolongando a remissão. Inúmeros estudos relatam a eficácia dos imunomoduladores na manutenção da remissão da doença, viabilizando, assim, a melhora nutricional do doente. Objetivos: analisar e descrever, retrospectivamente, o estado nutricional dos pacientes com CU e DC tratados com os imunomoduladores AZA e 6-MP, segundo análise de variáveis bioquímica e antropométrica. Pacientes e método: foram avaliados, retrospectivamente, dados clínicos de Janeiro de 1993 a Maio de 2007, de doentes com DII, em acompanhamento ambulatorial, tratados com AZA e 6-MP, por dependência ou refratariedade a corticoides. As fontes dos dados resultaram das histórias disponíveis na Unidade de DII e no arquivo central do hospital Clínico San Carlos de Madri. A coleta das informações priorizou a obtenção dos dados em dois momentos, 1º) ao início do tratamento com os imunomoduladores e 2º) ao final de 18 meses de tratamento com os mesmos. Os parâmetros avaliados foram: IMC, albumina, linfócitos, hemoglobina, proteína C reativa, ferro e colesterol. Na seleção dos doentes, foram levantados dados com relação à história clínica (cirurgia), sexo, diagnóstico, idade ao início do tratamento imunomodulador, idade no momento do diagnóstico, tipo de imunomodulador, dose no início e ao final de 18 meses de tratamento, fenótipo localização da DC, fenótipo extensão da CU, data do diagnóstico. Para fins comparativos, os doentes foram divididos em grupos por diagnóstico e sexo, momento inicial e final do tratamento. Resultados: Em ambas as doenças, todos os parâmetros apresentaram variações positivas significantes (p˂0,05) após 18 meses de tratamento imunomodulador, com exceção do colesterol, que apresentou um aumento, não-significativo. Os parâmetros IMC, albumina, hemoglobina e ferro apresentaram aumento significativo, indicando valores médios normais após 18 meses. Estratificando por diagnóstico, na CU, a PCR não apresentou redução significativa. Na DC, o IMC, apesar de ter apresentado um incremento no seu valor médio, esse não foi significativo. O restante dos parâmetros, exceto o colesterol, em ambas as enfermidades, obteve variações significativas. Menos que 10% dos doentes apresentavam baixo peso, segundo critérios da OMS, ao iniciar o tratamento imunomodulador; e menos que 5%, ao final dos 18 meses. Os níveis de linfócitos apresentaram uma redução significativa, conduzindo à linfopenia, tanto na CU como na DC. Em nenhum parâmetro, verificou-se variação estatística significativa em função do diagnóstico. Apenas na hemoglobina encontrou-se diferença significativa na sua variação média entre homens e mulheres. Conclusão: Os resultados demonstraram, após 18 meses, uma melhora nos parâmetros IMC, albumina, PCR, ferro e hemoglobina dos doentes com DII, submetidos a tratamento com os imunomoduladores AZA e 6-MP. No entanto, faz-se necessária a realização de uma avaliação nutricional completa para afirmações mais conclusivas.
Description: Dissertação de mestrado em Nutrição Clínica, apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/14811
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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