Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/13505
Title: Trabalho por turnos, saúde e capacidade para o trabalho dos enfermeiros
Authors: Costa, Isabel Maria Alves Rodrigues da 
Orientador: Ribeiro, Carlos Alberto Fontes
Cruz, Arménio Guardado
Keywords: Trabalho por turnos; Capacidade para o trabalho; Enfermeiros; Saúde e bem-estar
Issue Date: 2009
Citation: Costa, Isabel Maria Alves Rodrigues da - Trabalho por turnos, saúde e capacidade para o trabalho dos enfermeiros. Coimbra, 2009
Abstract: O trabalho por turnos é responsável pela desregulação dos ritmos biológicos normais, obrigando o organismo a esforços de adaptação que podem levar ao desgaste, com consequências na saúde (física e psicológica), na vida familiar e social, no trabalho (segurança e desempenho) e consequentemente na capacidade para o trabalho. Estes efeitos assumem particular relevância em termos de saúde ocupacional quando consideramos as profissões envolvidas, o grau de responsabilidade que exigem e as implicações para os consumidores de bens e serviços, nomeadamente na área da saúde. Para analisar a saúde e a capacidade para o trabalho dos enfermeiros que trabalham no turno fixo diurno e dos enfermeiros que trabalham por turnos rotativos foi realizado um estudo observacional, transversal, do tipo descritivo-correlacional. Por amostragem não probabilística e acidental, constituiu-se uma amostra de 90 enfermeiros dos H.U.C./E.P.E., distribuídos segundo o regime de trabalho: o Grupo I com 42 indivíduos a trabalhar no “turno fixo diurno” (idade média de 40,69 anos) e o Grupo II com 48 indivíduos a trabalhar por “turnos rotativos” (idade média de 33,44 anos). Os instrumentos de colheita de dados utilizados foram: o Questionário do Sono, o Questionário Geral de Saúde, o Questionário da Saúde Física (escalas do Estudo Padronizado do Trabalho por Turnos) e o Índice de Capacidade para o Trabalho. Para o tratamento estatístico foi utilizado o programa SPSS versão 13.0. Da análise dos resultados constatámos que quanto maior a perturbação do sono, pior a saúde física, pior a saúde psicológica e pior a capacidade para o trabalho dos enfermeiros. Verificámos também que o género e as habilitações académicas influenciam de forma estatisticamente significativa a capacidade de trabalho. De igual modo: o estado civil influencia as perturbações gastrointestinais; a existência de filhos influencia a perturbação do sono entre as folgas e as perturbações gastrointestinais; o tempo de exercício profissional influencia os recursos psicológicos; a existência de segunda actividade profissional paralela influencia a perturbação do sono entre as folgas e os recursos psicológicos. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os enfermeiros do Grupo I e do Grupo II no que respeita à saúde e capacidade para o trabalho, com excepção da duração do sono entre as manhãs que é menor no grupo II. Salienta-se ainda que, os enfermeiros que trabalham por “turnos rotativos” apresentaram: moderada Perturbação Global do Sono, acentuada Perturbação da Saúde Psicológica, inexistência de Perturbação da Saúde Física e moderada Capacidade para o Trabalho. Face ao exposto, é fundamental intervir na prevenção incentivando os trabalhadores por turnos a hábitos de vida saudáveis, minimizando os efeitos adversos deste regime de trabalho e manter uma vigilância periódica da saúde. Em suma, devem ser implementadas estratégias de intervenção que melhorem a capacidade para o trabalho, promovam a saúde e o bem-estar dos enfermeiros, tendo em vista a melhoria dos cuidados prestados, assim como devem ser desenvolvidos estudos nesta área com maior rigor metodológico.
Shift work is responsible for the disruption of the body’s normal biological rhythms, forcing it to adaptation efforts which may eventually lead to burnout, with an impact on health (physical and psychological), family and social life, work (safety and performance), and consequently, on the work ability. These outcomes are especially important to occupational health when we consider the professions involved, the level of responsibility required and the impact on the consumers of goods and services, particularly in the health area. An observational, cross-sectional, descriptive, correlational study was conducted to determine the health status and the work ability of both nurses working on a fixed day shift and nurses working on rotating shifts. Using an non-probability accidental sampling method, this sample was composed of 90 nurses of the Coimbra University Hospital, distributed according to their work schedules: Group I is composed of 42 subjects working on a “fixed day shift” (mean age 40.69 years); and Group II is composed of 48 subjects working on “rotating shifts” (mean age 33.44 years). Data was collected using: the Sleep Questionnaire, the General Health Questionnaire, the Physical Health Questionnaire (Standard Shift Work Index) and the Work Ability Index. For data analysis we used the statistical program SPSS, version 13.0. Based on the results, we can conclude that the greater the sleep disorder, the worse is the physical health and the psychological health and the work ability of nurses. We also concluded that gender and academic qualifications influence work ability in a statistically significant way. Moreover, civil status influences gastrointestinal disorders; the existence of children influences sleep disorders between days-off and gastrointestinal disorders; the period of professional practice influences the psychological resources; the existence of a second job influences sleep disorders between days-off and psychological resources. No statistically significant differences were found in the health and work ability of nurses from Group I and Group II, with the exception of sleep duration between morning shifts, which is shorter in Group II. It should also be underlined that nurses who work on “rotating shifts” showed: moderate Global Sleep Disorder, high Psychological Health Disorder, no Physical Health Disorder and moderate Work Ability. Bearing in mind what has been said above, prevention is critical, promoting healthy lifestyles among shift workers, minimizing the harmful effects of shift work, and maintaining regular health surveillance. Summing up, intervention strategies should be implemented to improve work ability and promote the health and well-being of nurses, enhancing the quality of care, and studies of more methodological rigour are required in this area.
Description: Dissertação de mestrado em saúde Ocupacional, apresentada à Fac. de Medicina da Univ. de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/13505
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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