Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/12097
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dc.contributor.advisorCardoso, Salvador Massano-
dc.contributor.authorSantiago, Luiz Miguel de Mendonça Soares-
dc.date.accessioned2009-11-30T09:28:23Z-
dc.date.available2009-11-30T09:28:23Z-
dc.date.issued2009-11-30T09:28:23Z-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/12097-
dc.descriptionTese de doutoramento em Medicina (Sociologia Médica/Medicina Preventiva e Comunitária) apresentada à Fac. de Medicina da Univ. de Coimbra-
dc.description.abstractA importância de estudar, em quem frequenta instituições de saúde, o que é sabido acerca do medicamento por aqueles a quem são prescritos, assumindo que o bom conhecimento pode ser um factor de melhores resultados terapêuticos económicos e financeiros em saúde, determinou a realização de trabalho de campo, por não haver, até agora, resultados. Objectivo Geral: Verificar o conhecimento dos utilizadores, acerca de medicamentos, através de questionário «Medicamentos e corpo. Consumidores de fármacos: o que pensam e o que sabem...» e de «Beliefs about Medicines Questionnaire – general»; Objectivos Específicos: O conhecimento do que julgam ser um medicamento, a necessidade de tomar medicamentos e as suas determinantes, as expectativas perante uma receita de medicamentos, o que é sabido acerca de como o medicamento actua no organismo, de farmacodinâmica, de farmacocinética e da possibilidade de reacções adversas a medicamentos, bem como o conhecimento quanto ao que é pensado na comparação entre medicamentos e remédios, entendidos como os “chás” (infusões), e outros tratamentos nos quais incluiremos as medicinas naturais e a acupunctura. Em função dos resultados, desenhar intervenção informativa para o universopopulacional e conhecer o impacte da campanha de intervenção pela medição da variação dos resultados nos conhecimentos, considerados com piores resultados em relação à hipótese nula, no primeiro tempo de avaliação. Material: Para ambas as fases do estudo: Questionários «Medicamentos e corpo. Consumidores de fármacos: o que pensam e o que sabem...» e «Beliefs about Medicines Questionnaire» especificamente validados. Universo dos residentes na área de influência do Centro de Saúde de Eiras, no Concelho de Coimbra. Funcionários do Centro de Saúde de Eiras, que distribuíram o questionário. Para a fase de intervenção, material especificamente realizado, cartazes, folhetos e textos e entrevistas em jornais, rádios e televisão pública. Metodologia: Tipo de estudo: observacional em dois pontos de medida, com intervenção de informação/formação em tempo intermédio, de base populacional em ambiente de Medicina Geral e Familiar, com intenção analítica. Amostra de carácter não probabilístico casual, como o conjunto dos respondentes. Foi feita caracterização por sexo, idade e local de atendimento da população. Para ambas as fases: Entrega presencial dos questionários, em envelope timbrado e franqueado, com carta inclusa referindo a confidencialidade, o anonimato e o sigilo das respostas. Universo como a população inscrita no Centro de Saúde de Eiras; População como o conjunto dos indivíduos que acederam a contacto administrativo com o Centro de Saúde no tempo necessário à distribuição dos questionários. População calculada em 65 unidades por cada médico, pela análise do cálculo do desvio padrão nas respostas de teste-piloto. Foram realizadas acções de sensibilização aos funcionários administrativos sobre a metodologia e a dinâmica do estudo, não havendo repetição de indivíduos em cada fase. Entrega dos questionários: primeira fase de 19 a 25 de Setembro de 2007, base de dados encerrada a 31 de Outubro de 2007 e segunda fase entre 21 e 30 de Abril de 2008, base de dados encerrada a 31 de Maio de 2008. Segunda fase realizada três semanas após o fim da intervenção. Análise de dados em SPSS 11.0 com estatística descritiva e inferencial. Acção de intervenção: informação, formação e sensibilização do Universo Após análise de texto resumo sobre os resultados da primeira fase por quatro jornalistas da área da saúde, estes propuseram os títulos explicativos do texto. Foi então feito design gráfico por empresa especializada com os títulos propostos. Intervenção informativa entre 3 de Janeiro e 31 de Março, após autorizações e reuniões explicativas, através da afixação de cartazes no Centro de Saúde e do pedido a todos os colaboradores para que divulgassem os divulgassem, em cinco farmácias e juntas de freguesia da área de influência do Centro de Saúde; Entrevistas em meios de comunicação social, Rádio Clube do Centro, Rádio Regional do Centro, Rádio Televisão Portuguesa e jornais com textos especificamente feitos e por entrevistas sobre o estudo e os resultados encontrados, dando as respostas necessárias à melhoria dos conhecimentos. Resultados: Em ambas as fases da aplicação dos questionários a amostra, em idade, sexo e por local de distribuição do questionário, coincide com a população. Amostra de 272 questionários em 780 entregues (34,9% de proporção de resposta) na primeira fase e de 424 questionários em 780 entregues na segunda fase (54,4% dos entregues). Em 44,1% destes havia menção a pelo menos uma forma de contacto com os meios de intervenção/formação, sendo mais relatados os folhetos. As amostras são semelhantes para sete das nove variáveis estudadas com dissemelhanças para freguesia de residência, mais predominantemente urbana e toma continua de medicamentos, ambos mais frequentes no segundo tempo. A intervenção teve impacte para quase todas as afirmações estudadas, excepto a possibilidade de um medicamento apenas poder dar sensação de melhor estar, com piores resultados no segundo tempo. Melhoria de resultados no grupo intervenção na comparação entre primeiro tempo e segundo com intervenção, primeiro tempo e segundo sem intervenção e, para o segundo tempo com intervenção versus sem intervenção. Melhoria entre os que responderam ao questionário em ambas as fases, com melhores respostas dos que tiveram acesso à intervenção. Como principais resultados específicos, comparando os resultados globais dos dois tempos e mostrando o significado estatístico: Para 40,8% dos inquiridos o medicamento é algo que pode produzir resultados sem ajuda do próprio, tendo passado para 36,8% após a intervenção, valor de melhoria sem significado; O medicamento actua em todo o corpo para 37,5%, sendo este valor de 40,0% após intervenção informativa, sem significado; Corrige apenas de funções fisiológicas alteradas para 44,1% na primeira fase passando para 37,9% após intervenção, sem significado; Actua apenas em algumas partes do corpo para 55,5% da amostra inicial, tendo passado para 45,7% após intervenção, sem significado; O medicamento pode apenas dar sensação de melhor estar psíquico para 35,2% da amostra inicial passando este valor para 35,1% após intervenção, o que revela um resultado fraco, sem significado; Que era de 35,7% a frequência daqueles que sabiam que era sujeito a metabolização no primeiro tempo de estudo tendo passado a ser de 38,2% no segundo tempo, sem significado; Que os consumidores de fármacos não sabem como um medicamento actua no organismo em 65,4% dos casos, valor que baixa para 29,2% após intervenção, com significado; Era de 17,3% a frequência dos consumidores de medicamentos que não compravam todos os medicamentos prescritos pelos médicos que passou para 13,3% após a intervenção, com significado; Escolhiam os medicamentos que compravam por estes serem muito caros 11,8%, valor que passou para 11,5% após intervenção, sem significado; Compravam apenas medicamentos para os problemas de saúde sentidos mais importantes 48,2% da amostra inicial, passando para 40,5% após intervenção, sem significado; Os «remédios» já foram acedidos por cerca de 25% da população sendo considerados menos eficazes que os medicamentos, a acupunctura foi já experimentada por cerca de 7% da amostra sendo considerada mais eficaz que os medicamentos, a “Medicina Natural” foi também já experimentada por cerca de 25% dos inquiridos e com resultados superiores aos dos medicamentos. Cerca de 80% dos inquiridos que utilizam remédios já tomaram medicamentos e dos que tomam medicamentos é de 25% a proporção dos que já tomaram remédios. Os médicos não receitam demasiados medicamentos (37,6% no primeiro tempo contra 42,9 % no segundo tempo após intervenção), sem significado; Quem toma medicamentos não deveria parar o tratamento, por algum tempo, de vez em quando (34,4% contra 40,5% no segundo tempo após intervenção), com significado; A maior parte dos medicamentos cria habituação (26,7% de discordância inicial que passa pela intervenção para 19,3%), ns; Discussão: Não encontrámos na literatura médica outros estudos que versem a matéria presente, o que torna difícil a discussão dos resultados encontrados, sendo no entanto evidente que a melhoria do conhecimento sobre como o medicamento actua no corpo pode melhorar os resultados quer económicos quer financeiros da terapêutica farmacológica. As estratégias de informação devem ser bem planeadas e cuidadosamente e obstinadamente cumpridas. Conclusões: Verifica-se melhoria pela realização de acção de intervenção, segundo metodologia específica, no conhecimento dos utilizadores de medicamentos.en_US
dc.language.isoporen_US
dc.rightsopenAccessen_US
dc.subjectMedicamentosen_US
dc.subjectInformaçãoen_US
dc.subjectMedicina clínicaen_US
dc.subjectMedicina familiaren_US
dc.titleMedicamentos e corpo. Consumidores de fármacos: o que pensam e o que sabem...en_US
dc.typedoctoralThesisen_US
item.fulltextCom Texto completo-
item.grantfulltextopen-
item.languageiso639-1pt-
item.cerifentitytypePublications-
item.openairetypedoctoralThesis-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
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