Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/116325
Title: Discriminadas e violentas? As representações sociais das minorias na ascensão dos partidos populistas de direita Radical em Portugal e Itália
Other Titles: Discriminated and Violent? The Social Representations of Minorities in the Rise of Radical Right Populist Parties in Portugal and Italy
Authors: Rebelo, Sofia Sousa Gramaxo
Orientador: Gianolla, Cristiano
Mónico, Lisete Santos Mendes
Sotero, Luciana Maria Lopes
Keywords: Minorities; Social Representations; Populism; Portugal; Italy; Minorias; Representações Sociais; Populismo; Portugal; Itália
Issue Date: 25-Jul-2024
Serial title, monograph or event: Discriminadas e violentas? As representações sociais das minorias na ascensão dos partidos populistas de direita Radical em Portugal e Itália
Place of publication or event: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
Abstract: The rise of radical right-wing parties in Europe brings newdynamics and challenges to western liberal democratic models, highlightingthe importance and relevance of populist studies. Given the historicalbackground of populist governments in Italy and Portugal being, untilrecently, an exception in the context of populism in Europe, the comparisonbetween these two countries offers an opportunity to analyse the dynamicsand impacts of radical right-wing populism in both countries. Previouscomparative studies on populism between Portugal and Italy have focused oncomparing the political narratives used by populist movement leaders (Biscaia& Salgado, 2022), address the economic crises that affected both countriesand how they contributed to the growth of populism (Santana-Pereira &Cancela, 2020), as well as comparing public and political attitudes towardsimmigration and how this influences populism (Baldwin-Edwards, 2012). Thepresent research aims to address the scarcity of study on social representationsof minorities in Portugal and Italy. To achieve this goal, and understandwhether participants’ political orientation influences these representations, weconducted a survey (n = 1796) in Portugal (n = 906) and Italy (n = 890).Subsequently, based on a theoretical conceptualization of populism, framedby the perspectives of Mudde and Laclau, we used the free word associationtechnique, based on Abric's Structural Approach to Social RepresentationsTheory (1976), to analyse responses in light of social representations ofminorities in these two countries. We also conducted an analysis of the coreelements of the two samples based on participants’ gender, age and politicalorientation. The main findings show that the social representation in the Italiansample is more negative compared to the Portuguese sample, indicating agreater intergroup aversion through more negative valence expressions. Themain findings reveal more negative social representations in Italy comparedto the Portuguese sample, indicating greater intergroup aversion throughexpressions of more negative valence. Specifically, Italian men display lesspositive social representations of minorities by gender. Furthermore,respondents from Italy identifying with centre-right and right-wing politicalorientations exhibit more negative social representations. The results suggestthat respondents recognize the existence of discrimination against minoritiesin society, yet the evocation of terms such as “violent” still reflectsconsiderable influence from exclusive narratives, practices and discourses inthe analysed contexts. of radical right-wing parties. However, the presence ofterms such as “respect” and “empathy” suggests a positive perception ofminorities and an attempt at inclusion, indicating that it is not accurate dodefine Portuguese and Italian societies as inherently discriminatory.
A ascensão de partidos de direita radical na Europa traz consigonovas dinâmicas e desafios aos modelos democráticos liberais ocidentais,sublinhando a importância e relevância dos estudos populistas. Devido aopassado histórico de governos populistas em Itália e de Portugal ter sido, atérecentemente, uma exceção no contexto do populismo na Europa, acomparação entre estes dois países oferece uma oportunidade para analisar asdinâmicas e os impactos do populismo de direita radical nos dois países.Estudos anteriores sobre o populismo com uma abordagem comparativa entrePortugal e Itália têm-se focado na comparação das narrativas políticasutilizadas pelos líderes dos movimentos populistas (Biscaia & Salgado, 2022)nas crises económicas que afetaram os dois países e o modo comocontribuíram para o crescimento do populismo (Santana-Pereira & Cancela,2020) e na comparação das atitudes públicas e políticas em relação àimigração e como isso influencia o populismo (Baldwin-Edwards, 2012). Apresente investigação pretende colmatar a escassez do estudo dasrepresentações sociais das minorias em Portugal e Itália. Para tal, com oobjetivo de conhecer as representações sociais das minorias em Portugal eItália e perceber se a orientação política dos participantes é um fator deinfluência dessas representações, aplicámos um survey (n = 1796) em Portugal(n = 906) e em Itália (n = 890). De seguida, a partir de uma conceptualizaçãoteórica do populismo, enquadrada nas perspetivas de Mudde e Laclau,utilizámos a técnica da evocação livre de palavras, baseada na AbordagemEstrutural da Teoria das Representações Sociais de Abric (1976), para analisaras respostas à luz das representações sociais das minorias nestes dois países.Foi feita, ainda, uma análise dos núcleos centrais das duas amostras em funçãodo género, idade e orientação política dos participantes. Os principaisresultados revelam representações sociais mais negativas em Itáliacomparativamente à amostra portuguesa, mostrando uma maior aversãointergrupal por meio de expressões de valência mais negativa. Maisespecificamente, atendendo ao género, os homens italianos apresentamrepresentações sociais menos positivas das minorias. Também os inquiridosde orientação política de centro-direita e de direita de Itália apresentamrepresentações sociais mais negativas. Estes resultados sugerem umainfluência significativa do contexto histórico de partidos populistas em Itáliae o modo como as narrativas políticas impactam as representações sociais dasminorias. Os resultados indicam igualmente que os inquiridos reconhecem aexistência de discriminação contra minorias na sociedade, mas a evocação determos como “violentas” reflete, ainda, uma influência considerável denarrativas, práticas e discursos exclusivistas nos contextos analisados.Contudo, a presença de termos como “respeito” e “empatia” sugere umaperceção positiva das minorias e uma tentativa de inclusão, mostrando quenão é possível definir as sociedades portuguesa e italiana comointrinsecamente discriminatórias.
Description: Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica Sistémica e da Saúde apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
URI: https://hdl.handle.net/10316/116325
Rights: embargoedAccess
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