Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/116064
Title: Problemas somáticos nos estudantes de medicina
Other Titles: Somatic problems in medicine students
Authors: Tavares, Joana Barbosa
Orientador: Silva, Inês Rosendo de Carvalho e
Santiago, Luiz Miguel de Mendonça Soares
Keywords: Somatic problems; Somatization; ESS; PHQ-4; Problemas somáticos; Somatização; ESS; PHQ-4
Issue Date: 14-Dec-2023
Serial title, monograph or event: Problemas somáticos nos estudantes de medicina
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: IntroductionSomatization in medical students isn´t extensively documented in Portugal.ObjectivesValidation of the Enugu somatization scale (ESS) and the investigation of the frequency of somatic problems among medical students in the clinical cycle of medicine at Faculty of Medicine, at the University of Coimbra in the 2023/2024 academic year.MethodsAfter obtaining permission from the author, ESS was translated, the most accurate translation was selected, and it was culturally adapted for European Portuguese. The questionnaire included age, sex, curriculum year, ESS and PHQ-4 scale questions, and a final question “Do you suffer from somatic problems?”. A pre-test was conducted with fifth-year students of the integrated master’s degree in medicine, of the Faculty of Medicine, at the University of Coimbra. The questionnaires were distributed electronically, in chosen classrooms each year, and the sample size was calculated based on the population. Descriptive and inferential non-parametric statistics were used.ResultsA sample of n=279, 78.5% were female. The median age was 22,0, and the year with the most responses was the 5th year (34,4%), while the 3rd year had the least (19,4%). ESS had a reliability and an intraclass coefficient of 0,884. It was found that 27,2% of the students affirm suffering from somatic problems, with a greater expression in female students (29,7%) and in the 4th year (40,3%). A weak but significant correlation was found between age and the sum of the ESS (r= 0,135, p= 0,024). 50,2% of the sample scored in the moderate or severe classes and between those who affirm or deny they suffer from somatic problems, the sum of ESS was significantly different, p < 0,001. A negative, moderate but significant correlation (r= - 0,542 e p<0,001) was found between the sum of PHQ-4 and the sum of the ESS. 35,5% of students who reported somatic problems had moderate or severe distress. DiscussionThis is the first study conducted on this matter in Portugal. In a representative sample, the female sex and the younger students of the clinical cycle showed a higher prevalence of this problem linked to distress. Properly studying this phenomenon is crucial. Collecting responses in class, with due authorization from the teachers, may have influenced the results. Self-perception of suffering from somatic problems associated with having the worst results in the ESS, which had a higher frequency especially when compared with foreign studies, is a validation element. Given the association between the greater suffering of somatic problems and distress, it is necessary to discover the causes, procedures, and consequences of it. When compared to distress results from 2020, this study shows that distress levels are increasing. These findings suggest that changes and improvements in student support and care are necessary.ConclusionESS was successfully culturally adapted and validated. ESS showed that 50,2% of the students of the clinic cycle at FMUC suffer from moderate to severe somatic problems and 27,2% of the students affirm suffering from these problems.
IntroduçãoO fenómeno de somatização nos alunos de medicina tem escassa documentação científica em Portugal.ObjetivosValidar a escala Enugu somatization scale (ESS) e estudar a frequência de problemas somáticos nos estudantes do ciclo clínico de medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra no ano letivo 2023-2024. Métodos Após autorização do autor, procedeu-se à tradução da ESS, seleção da tradução mais adaptada e posterior adaptação cultural para o português europeu. O questionário posteriormente elaborado incluiu idade, sexo e ano curricular, as escalas ESS e PHQ-4, e a pergunta ética “Julga sofrer de problemas somáticos?”. Realizou-se um pré-teste com alunos do quinto ano do Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Os questionários foram distribuídos em salas de aula escolhidas, em cada ano e em versão eletrónica, tendo-se calculado o tamanho da amostra em função da população. Realizou-se estatística descritiva e inferencial não paramétrica.ResultadosAmostra de n= 279, 78,5% sendo mulheres. A mediana das idades foi de 22,0, sendo mais respondentes os alunos do quinto ano (34,4%) e menos os do terceiro ano (19,4%). A ESS teve uma confiabilidade e um coeficiente de correlação de intraclasse de 0,884. Pela pergunta “Julga sofrer de problemas somáticos” 27,2% dos alunos, revelou tal, com maior frequência nos alunos do sexo feminino (29,7%) e nos do 4º ano (40,3%). A correlação entre a idade e o somatório da ESS foi fraca e significativa (r =0,135, p=0,024). Verificou-se que 50,2% da amostra padecia de sofrimento moderado ou severo e que em função de julgar ou não sofrer de problemas somáticos, a pontuação na ESS era significativamente diferente, p <0,001. Verificou-se uma correlação negativa, moderada, mas significativa (r = - 0,542 e p <0,001) entre os somatórios PHQ-4 e a ESS. Em 35,5% dos estudantes com problemas somáticos existia distress moderado ou grave.Discussão Este é o primeiro estudo sobre esta temática em Portugal. Numa amostra representativa, o sexo feminino e os alunos mais jovens do ciclo clínico apresentaram uma prevalência maior deste problema, que se articula com o distress ou sofrimento psicológico. Este fenómeno deve ser adequadamente estudado. A recolha das respostas em sala de aula, com a devida autorização dos professores, pode ter condicionado os resultados. A autoperceção de sofrimento somático, que apresentou uma frequência superior em comparação com estudos estrangeiros, associando-se a piores resultados na ESS, é um fator de validação. A associação de maior sofrimento de problemas somáticos com maior distress ou sofrimento psicológico implica a necessidade de pensar em causas, processos e consequências. Por comparação com um estudo realizado em 2020, observou-se que o distress estará em crescimento, significando a necessidade de cuidados e mudanças no ensino dos alunos da FMUC.Conclusão Foi possível adaptar culturalmente e validar a ESS. Verificou-se que 50,2% dos alunos do ciclo clínico da FMUC sofria de problemas somáticos moderados ou severos pela ESS, afirmando 27,2% dos alunos sofrer deste tipo de problemas.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/116064
Rights: openAccess
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