Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/116034
Título: Fatores Sociodemográficos e Horas De Atividade Física: Um Estudo Piloto Em Crianças Do Primeiro Ciclo
Outros títulos: Sociodemographic Factors and Hours Of Physical Activity: A Pilot Study In Primary School Children
Autor: Barbas, Bárbara da Rocha Castilho Vieira
Orientador: Araújo, Carla Alexandra Rodrigues
Baptista, Rui Miguel Terenas Lança
Palavras-chave: children; health promotion; physical activity; sociodemographic factors; action research; crianças; promoção da saúde; atividade física; fatores sociodemográficos; investigação para ação
Data: 27-Jun-2024
Título da revista, periódico, livro ou evento: Fatores Sociodemográficos e Horas De Atividade Física: Um Estudo Piloto Em Crianças Do Primeiro Ciclo
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Resumo: Introduction: Regular physical activity (PA) and exercise from childhood is essential for healthy development and the prevention of chronic diseases, particularly cardiovascular diseases. Despite the recommendation for daily PA practice in children, there is low participation, especially in Portugal. Schools stand as ideal places for promoting these and other healthy habits. In this study, we investigated how certain sociodemographic factors can affect the amount of PA practiced by children in the first cycle of primary education.Methods: A total of 354 children attending the first cycle of primary education in 3 schools of São João da Madeira were invited to participate in the GREAT (Target in promoting children’s health: a research-driven school-based physical activity intervention) study, a prospective cohort study. In this paper, we report data from a cross-sectional analysis conducted in June 2023 on the practice of PA (minutes per week)/exercise and sociodemographic factors. Data were collected through questionnaires distributed in schools and filled out by the legal guardians (LG).Results: Out of 354 eligible children, 277 were evaluated, from who 110 had sociodemographic information available. Sex distribution was similar (50,9% girls) and age distribution ranged from 6 to 10 years old in the 110 children included in this study. It was observed that 22.8% of the children were overweight. Regarding the practice of PA, 76.4% of the students participated in Extracurricular Activities (AECs) for 200 to 250 minutes weekly, and 53.6% practiced exercise outside school. Overall, 44.5% of the students practiced more than 250 minutes weekly of PA. Concerning the LG, approximately one-third (32.7%) completed higher education, and the majority (70.9%) were employed full-time. Half of the children live in a rented house. The results indicated a trend of decreasing PA/exercise with age and revealed a significant association between the type of housing (own house, rented or owned by a relative) and the amount of exercise practiced, but not between the LG education level or employment situation and the PA practiced by the children.Conclusion: We have shown that children's PA practice/exercise decreases with age and is influenced by sociodemographic factors, namely the type of housing, which is related with families income. No significant association was observed with LG' schooling or professional situation. The importance of collaboration between schools, local authorities, communities and health systems in developing intervention programmes that promote PA and mitigate the social inequalities observed is highlighted.
Introdução: A prática regular de atividade física (AF) e exercício físico (EF), desde a infância, é essencial para o desenvolvimento saudável e para a prevenção de doenças crónicas, particularmente as cardiovasculares. Apesar da recomendação para a prática diária de AF em crianças, observa-se uma baixa participação, especialmente em Portugal. As escolas, posicionam-se como lugares ideais para a promoção destes e de outros hábitos saudáveis. Neste estudo, investigámos como alguns fatores sociodemográficos podem afetar a quantidade de AF praticada por crianças do primeiro ciclo do ensino básico.Métodos: Um total de 354 crianças que frequentam o primeiro ciclo do ensino básico, em 3 escolas de São João da Madeira, foram convidadas a participar no estudo GREAT (Target in promoting children’s health: a research-driven school-based physical activity intervention), um estudo de coorte prospectivo. Neste trabalho, reportamos os dados de uma análise transversal realizada em junho de 2023 relativa à prática de AF (minutos por semana)/EF e fatores sociodemográficos. Os dados foram recolhidos através de questionários distribuídos nas escolas e preenchidos pelos encarregados de educação (EE).Resultados: Das 354 crianças elegíveis, 277 foram avaliadas, com informação disponível de 110 relativa à caracterização sociodemográfica. Do total de 110 crianças incluídas, a distribuição por sexo foi semelhante (50,9% raparigas) e as idades variaram entre 6 e 10 anos. Foi observado que 22,8% das crianças apresentavam excesso de peso. Quanto à prática de AF, 76,4% dos alunos participaram, entre 200 a 250 minutos semanais, em Atividades de Enriquecimento Curricular (AECs), e 53,6% praticaram EF fora da escola. Globalmente, 44,5% dos alunos praticou mais de 250 minutos semanais de AF/EF. Relativamente aos EE, aproximadamente um terço (32,7%) completou o ensino superior, e a maioria (70,9%) estava empregada a tempo inteiro. Metade das crianças vivem numa casa alugada, e a outra metade em casa própria. Os resultados indicaram uma tendência de diminuição de AF/EF com a idade da criança e revelaram uma associação significativa entre o tipo de habitação (casa própria, alugada ou de um familiar) e a quantidade de exercício praticado, mas não entre a escolaridade ou a situação profissional dos EE.Conclusão: Demonstramos que a prática de AF/EF nas crianças diminui com a idade e pode ser influenciada por variáveis socioeconómicas, nomeadamente pelo tipo de habitação, que se relaciona com o rendimento das famílias. Não se observou uma associação significativa, com a escolaridade ou situação profissional dos EE. Destaca-se a importância da colaboração entre escolas, autarquias, comunidades e sistemas de saúde no desenvolvimento de programas de intervenção que promovam a AF/EF e atenuem as desigualdades sociais observadas.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/116034
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro TamanhoFormato
Tese Final Bárbara Barbas.pdf1.96 MBAdobe PDFVer/Abrir
Mostrar registo em formato completo

Google ScholarTM

Verificar


Este registo está protegido por Licença Creative Commons Creative Commons