Terapias Periodontais Regenerativas Não Cirúrgicas Minimamente Invasivas: Revisão Sistemática e Série de Casos

Abstract

Background and Objectives: Periodontal regeneration, traditionally performed through surgical procedures, has been the preferred treatment for intraosseous defects. However, the investigation and application of less invasive non-surgical regenerative techniques, such as minimally invasive non-surgical treatment (MINST), are now imperative. This systematic review aims to evaluate the efficacy of non-surgical regenerative treatment in intraosseous defects, using clinical and radiographic parameters, as well as patient-centered outcomes, complemented by a demonstrative clinical case series. Materials and Methods: The PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyses) guidelines were followed. The search strategy included PubMed, EMBASE, Cochrane library, LILACS databases. Only randomized clinical trials (RCTs) and case series testing minimally invasive non-surgical treatments used for the treatment of isolated intra-bony defects with minimum follow-up of 6 months were assessed. Results: Four RCTs, with follow-up times from 6 months to 2 years, and two case series with 1 and 5-year re-evaluations, were included, corresponding to a total of 180 treated defects. The MINST technique achieved significant results in periodontal probing depth reduction, gain in clinical attachment and radiographic bone fill, with less tissue trauma, maintenance of gingival architecture, and shorter intraoperative time. The evaluation of patient-centered parameters indicated high satisfaction and low postoperative discomfort. Limitations identified included the lack of evaluation of the defect morphology and location and the limited number of radiographic data. Conclusion: The MINST technique demonstrated comparable efficacy to minimally invasive surgical treatment for infraosseous defects, with promising clinical and radiographic results, stable over time, along with high patient satisfaction.

Introdução: A regeneração periodontal através de técnicas cirúrgicas tem sido o tratamento preconizado para defeitos infraósseos. Atualmente, a investigação e aplicação de técnicas regenerativas não cirúrgicas menos invasivas, como tratamento não cirúrgico minimamente invasivo (MINST), afiguram-se como essenciais. Esta revisão sistemática objetiva explorar a eficácia do tratamento regenerativo não cirúrgico minimamente invasivo em defeitos infraósseos em pacientes com periodontite, comparativamente às técnicas regenerativas cirúrgicas minimamente invasivas, em termos de parâmetros periodontais clínicos, radiográficos e desfechos centrado no paciente e com uma avaliação pós-operatória mínima de 6 meses, complementado por uma série de casos clínicos demonstrativos. Materiais e Métodos: As diretrizes PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyses) foram seguidas. A estratégia de busca incluiu as bases de dados PubMed, EMBASE, Cochrane Library e LILACS. Apenas foram incluídos ensaios clínicos randomizados (RCTs) e séries de casos que testaram tratamentos não cirúrgicos minimamente invasivos (MINST) para o tratamento de defeitos infraósseos isolados, com um acompanhamento mínimo de 6 meses. Resultados: Foram incluídos quatro RCTs, com períodos de avaliação de 6 meses a 2 anos e duas séries de casos clínicos com reavaliação a 1 e 5 anos, o que corresponde a um total de 180 defeitos tratados. A técnica MINST demonstrou resultados significativos na redução da profundidade de sondagem periodontal, no ganho na inserção clínica e no preenchimento ósseo radiográfico do defeito, com menor trauma tecidular, manutenção da arquitetura gengival e menor tempo intraoperatório. A avaliação de parâmetros centrados no paciente indicou alta satisfação e baixo desconforto pós-operatório. Foram identificadas limitações como a falta de avaliação da morfologia e localização dos defeitos e o número reduzido de estudos com dados radiográficos. Conclusão: A técnica MINST demonstrou eficácia comparável ao tratamento não cirúrgico minimamente invasivo em defeitos infraósseos, com resultados clínicos e radiográficos promissores e estáveis ao longo do tempo associados a uma elevada satisfação dos pacientes.