Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/115864
Title: Comorbidity, treatment, and service use utilization patterns in difficult-to-treat depression patients: a retrospective chart review study in a Portuguese community mental health team
Other Titles: Comorbilidade, tratamento e padrões de utilização de serviços em doentes com depressão difícil de tratar: um estudo retrospetivo de revisão de registos clínicos numa equipa de saúde mental comunitária Portuguesa
Authors: Gouveia, João André de Silveira Dias
Orientador: Santos, António João Ferreira de Macedo e
Santos, Vítor Manuel Oliveira Rodrigues dos
Keywords: difficult-to-treat depression; Portuguese community mental health team; depression; treatment-resistant depression; real-world data; depressão difícil de tratar; equipa de saúde mental comunitária portuguesa; depressão; depressão resistente ao tratamento; dados do mundo real
Issue Date: 6-Jun-2024
Serial title, monograph or event: Comorbidity, treatment, and service use utilization patterns in difficult-to-treat depression patients: a retrospective chart review study in a Portuguese community mental health team
Place of publication or event: FMUC - Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: INTRODUCTION: Observational studies with data from real-world clinical practice with Difficult-to-treat Depression (DTD) patients are scarce and there is none in a Portuguese context. This study aims to gather observational data from real-world clinical practice of a Portuguese Community Mental Health Team (CMHT) about the prevalence of DTD, to explore the differences between the DTD and non-DTD groups in treatment resistance, comorbidity, pharmacological strategies, and service use patterns. METHODS: We conducted a retrospective chart review study using data from Electronic Health Records (EHRs) of adult patients with psychiatric disorders followed by a single CMHT from the Department of Psychiatry of Coimbra University Hospital Centre: Cantanhede CMHT (between 01.12.2020 - 31.12.2022). Extracted data from EHRs comprised sociodemographic data, psychiatric diagnosis, relevant clinical and treatment history data, and service use data. Dutch Measure for quantification of Treatment Resistance in Depression (DM-TRD) was used to grade the level of treatment resistance, and the original version of the Charlson Comorbidity Index (CCI) to measure medical comorbidity.RESULTS: 473 patients were referred to Cantanhede CMHT for a first assessment, 219 patients met the criteria for a primary diagnosis of any depressive disorder, assistant psychiatrists identified 57 patients with DTD, approximately 26%, during follow-up, using the definition of ‘depression that continues to cause a significant burden despite normal treatment efforts’. The DTD group had higher rates of depressive episodes; depression severity; service use variables; DM-TRD scores; prevalence of comorbid anxiety symptoms; personality disorders; severe medical comorbidities; prescription of Serotonin and Norepinephrine Reuptake Inhibitors (SNRI) and Mirtazapine. We observed differences in the use of antidepressant augmenting strategies, in the prescription of anticoagulant/antiplatelet drugs and analgesics with higher prescription in the DTD group. We stated correlations between DM-TRD and CCI scores, and between DM-TRD score and all service use variables, and that both DM-TRD and CCI scores are predictors of psychiatric consultations. DISCUSSION: The differences in DTD definition, operationalization, and context, may explain the differences of prevalence between our study (26%) and others. The differences between the DTD and non-DTD groups in treatment resistance, comorbidity, pharmacological strategies, and service use patterns found on our work are consistent with the literature, which suggests that our operationalization of the DTD definition is compatible with a perspective of depression treatment refractoriness in a real-world clinical context. CONCLUSION: Our results are in accordance with similar studies in other countries, which highlights the need of a different management of DTD patients, that continues to live with a significant burden despite usual pharmacological and non-pharmacological treatments.
INTRODUÇÃO: Os estudos observacionais com dados da prática clínica real com doentes com Depressão Difícil de Tratar (DTD) são escassos e não existem no contexto português. Este estudo tem como objetivo recolher dados observacionais da prática clínica do mundo real de uma Equipa de Saúde Mental Comunitária portuguesa sobre a prevalência de DTD, explorar as diferenças entre os grupos DTD e não DTD na resistência ao tratamento, comorbilidade, estratégias farmacológicas e padrões de uso de serviços de saúde. MÉTODOS: Realizámos um estudo de revisão retrospetivo de dados de Registos Eletrónicos de Saúde de doentes adultos com doença psiquiátrica acompanhados por uma única Equipa de Saúde Mental Comunitária do Departamento de Psiquiatria do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra em Cantanhede (entre 01.12.2020 - 31.12.2020). Os dados extraídos dos registos incluíram dados sociodemográficos, diagnósticos psiquiátricos, dados relevantes do histórico clínico e de tratamento e dados de utilização dos serviços de saúde. Para calcular o nível de resistência ao tratamento foi utilizada a Escala Holandesa para quantificação da Resistência ao Tratamento na Depressão (DM-TRD), e para medir a comorbilidade médica foi usada a versão original do Índice de Comorbilidade de Charlson (CCI). RESULTADOS: 473 doentes foram encaminhados à Equipa de Saúde Mental Comunitária de Cantanhede para uma primeira avaliação, 219 doentes preencheram os critérios para um diagnóstico primário de uma qualquer doença depressiva, os psiquiatras identificaram 57 doentes com DTD, aproximadamente 26%, durante o seu acompanhamento, usando a definição de “depressão que continua a causar sofrimento significativo, apesar dos esforços de tratamento habituais”. O grupo DTD apresentou maiores índices de episódios depressivos; gravidade da depressão; utilização dos serviços de saúde; pontuações da DM-TRD; prevalência de sintomas de ansiedade como comorbilidade; transtornos de personalidade; comorbilidades médicas graves; prescrição de Inibidores de Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (SNRI) e de Mirtazapina. Observámos diferenças no uso de estratégias potencializadoras de antidepressivos, na prescrição de anticoagulantes/antiagregantes plaquetários e analgésicos, com maior prescrição no grupo DTD. Afirmamos que existem correlações entre as pontuações da DM-TRD com o índice ICC, e entre a pontuação da DM-TRD com todas as variáveis de utilização de serviços de saúde, e que tanto as pontuações da DM-TRD como do índice ICC são preditores do número de consultas psiquiátricas. DISCUSSÃO: As diferenças na definição, operacionalização e contexto podem explicar as diferenças de prevalência de DTD entre o nosso estudo (26%) e outros. As diferenças entre os grupos DTD e não DTD em relação à resistência ao tratamento, comorbilidade, estratégias farmacológicas e padrões de uso de serviços de saúde encontradas no nosso trabalho são coerentes com a literatura, o que sugere que a nossa operacionalização da definição de DTD é compatível com uma perspetiva de tratamento de depressão refratária num contexto clínico do mundo real. CONCLUSÃO: Os nossos resultados estão de acordo com estudos semelhantes realizados em outros países, o que destaca a necessidade de uma gestão diferente dos doentes com DTD, que continuam a viver com sofrimento significativo, apesar dos tratamentos farmacológicos e não farmacológicos habituais.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/115864
Rights: openAccess
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