SNHG1: redefining the landscape of Hepatocellular Carcinoma through Long non-coding RNAs

Abstract

Hepatocellular carcinoma represents a global health concern, ranking as the sixth most common malignancy worldwide and the third leading cause of cancer-related mortality. Despite advances in research, the diagnosis and prognosis of such malignancy remain challenging. Alpha-fetoprotein, the current serum biomarker used in the management of hepatocellular carcinoma, has limited sensitivity and specificity, making early detection and effective management more difficult. SNHG1 is a long non-coding RNA consistently upregulated in tissues and cell lines of hepatocellular carcinoma, dysregulating normal physiological processes like cell division, angiogenesis, and apoptosis, thus promoting various aspects of tumorigenesis, including proliferation, invasion, and migration of cells. SNHG1 exerts such effects through multiple mechanisms, including the impairment of p53, modulation of miRNA activity, dysregulation of fatty acid, iron and glucose metabolism, and interaction with immune cells which results in the immune escape of cancer cells.Clinically, a higher expression of SNHG1 significantly correlates with bigger, less differentiated, and more aggressive tumors, and seems to promote resistance to anti-cancer drugs. Moreover, SNHG1 yields a high diagnostic value, with higher levels of expression predicting poorer clinical outcomes, higher resistance rates to treatment, and a lower overall survival in hepatocellular carcinoma patients, suggesting its potential as a diagnostic marker and independent prognostic factor.This review aims to comprehensively summarize the current understanding of the multifaceted roles of SNHG1 in the pathogenesis of hepatocellular carcinoma, while also highlighting its clinicopathological correlations and diagnostic potential.

O carcinoma hepatocelular representa uma preocupação global na Saúde, classificando-se como a sexta neoplasia maligna mais frequente em todo o mundo e a terceira principal causa de mortalidade relacionada com o cancro. Apesar dos avanços na investigação, o diagnóstico e prognóstico desta neoplasia permanecem um desafio diário. A alfa-fetoproteína, o biomarcador sérico atualmente utilizado na gestão do carcinoma hepatocelular, apresenta uma sensibilidade e uma especificidade limitadas, dificultando uma deteção precoce e uma gestão clínica eficaz. O SNHG1 é um RNA não codificante de cadeia longa, que apresenta níveis de expressão consistentemente elevados em tecidos e linhas celular de carcinoma hepatocelular, desregulando processos fisiológicos normais, como a divisão e apoptose celulares, angiogénese, expressão da proteína P53, síntese de aminoácidos, modificações pós-translacionais, atividade de micro-RNAs, e metabolismo de ácidos gordos, ferro e glucose. Adicionalmente, o SNHG1 cria uma rede de interação com diversas células imunitárias, contribuindo para a evasão imunitária por parte dos tumores hepáticos malignos. Clinicamente, uma elevada expressão de SNHG1 correlaciona-se significativamente com tumores de maiores dimensões, menos diferenciados e mais agressivos, e parece promover resistência a fármacos anti-tumorais. Adicionalmente, o SNHG1 apresenta bons valores diagnósticos, onde maiores níveis de expressão predizem piores outcomes clínicos e uma menor sobre-vida em doentes com carcinoma hepatocelular, sugerindo assim um potencial papel enquanto biomarcador diagnóstico e fator prognóstico independente. Esta revisão narrativa pretende resumir e expor a evidência atual sobre os vários papéis do SNHG1 na patogénese do carcinoma hepatocelular, e destacar também as suas correlações clinico-patológicas e potencial diagnóstico.