Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/115787
Title: Impacto na saúde mental nos alunos de medicina a estudar longe da sua área de residência
Other Titles: Impact on mental health in medical students studying away from their area of residence
Authors: Silveira, Matilde Sales
Orientador: Simões, José Augusto Rodrigues
Keywords: Medical students; Mental Health; Suicidal ideation; Psychoactive substances; Estudantes de medicina; Saúde Mental; Ideação suicida; Substâncias psicoativas
Issue Date: 1-Jul-2024
Serial title, monograph or event: Impacto na saúde mental nos alunos de medicina a estudar longe da sua área de residência
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Introduction: The growing concern about the mental health of medical students arises from their increased susceptibility to reduced levels of mental health. Several factors impact the mental health of these individuals, including the distance from their place of residence. However, this relationship remains inadequately addressed within existing literature. Objectives: The primary aim is to evaluate the correlation between mental health and proximity to students' residential area, while also identifying additional factors that could influence psychological wellness.Materials and Methods: A cross-sectional study was conducted using an anonymous questionnaire covering sociodemographic details, the Mental Health Screening Scale - ER80 (ER80), birthplace, family residency, frequency of return to home, consistency of familial interactions, physical exercise routine, psychoactive substance abuse and suicidal ideation. This survey was administered to medical students at the University of Coimbra, covering all academic years.Results: The sample included 131 participants, mostly female and native to the Northern region of Portugal. No significant differences were found in mental health regarding the distance from residence (p=0.537). Females and students in the 1st, 2nd, and 5th years had higher ER80 scores. We observed statistically significant differences in different years of the course regarding cannabis use (p=0.019), desire to live (p=0.016), and desire to die (p=0.017). The use of tranquilizers or sedatives (p=0.031) and regular physical exercise (p=0.028) also showed influence on mental health. We found statistically significant differences among suspected cases regarding the use of tranquilizers or sedatives (p=0.014), desire to live (p<0.001), and desire to die (p=0.014).Discussion and Conclusion: While no significant differences in ER80 scores based on residential distance were found, notable disparities emerged concerning gender, academic year, medication abuse, physical exercise rotine and suicidal ideation. Female students, alongside those in the 1st, 2nd, and 5th years, as well as recent medication users, exhibited lower mental health levels. Participants adhering to regular physical exercise displayed elevated levels of psychological wellness. There was na increased cannabis use among 3rd and 5th-year students and heightened suicidal ideation prevalence among students from these years and the 1st year. Suspected cases of psychiatric pathology were predominantly identified among females and in the 5th and 6th years. The data regarding desire for life and death thoughts among suspected cases raised concerns, with 6.8% indicating no desire to live and 2.3% expressing moderate to strong desire to die.
Introdução: A crescente preocupação com a saúde mental dos estudantes de medicina decorre de sua maior suscetibilidade a níveis reduzidos de bem-estar psicológico. Diversos fatores impactam a saúde mental desses indivíduos, incluindo a distância à zona de residência. No entanto, esta correlação é escassamente abordada na literatura.Objetivos: Avaliar a correlação entre a distância à residência familiar e a saúde mental dos estudantes, bem como identificar outros fatores que possam influenciar o bem-estar psicológico.Materiais e métodos: Foi conduzido um estudo transversal, utilizando um questionário anónimo abrangendo dados sociodemográficas, a Escala de Rastreio em Saúde Mental - ER80 (ER80), naturalidade, residência familiar, frequência de regresso a casa, regularidade de ligações feitas à família, prática de exercício físico, consumo de substâncias e ideação suicida. Este questionário foi aplicado a estudantes de medicina da Universidade de Coimbra, abrangendo todos os anos do curso.Resultados: A amostra contemplou 131 participantes, a maioria do sexo feminino e natural da região Norte de Portugal. Não foram encontradas diferenças significativas na saúde mental quanto à distância à área de residência (p=0.537). O sexo feminino e os alunos do 1º, 2º e 5º ano apresentaram scores ER80 mais elevados. Observámos diferenças estatisticamente significativas nos diferentes anos de curso quanto ao consumo de cannabis (p=0.019), desejo de viver (p=0.016) e de morrer (p=0.017). O uso de medicamentos tranquilizantes ou sedativos (p=0.031) e a prática regular de exercício físico (p=0.028) também mostraram ter influência na saúde mental. Verificamos existir diferenças estatisticamente significativas entre os casos suspeitos quanto ao uso de medicamentos (p=0.014), ao desejo de viver (p<0.001) e ao desejo de morrer (p=0.014).Discussão e conclusão: Embora não tenham sido encontradas diferenças significativas nas pontuações da escala ER80 com base na distância à residência familiar, foram identificadas disparidades quanto ao sexo, ao ano de curso, uso de medicamentos tranquilizantes ou sedativos, prática de exercício físico e ideação suicida. Os alunos do sexo feminino, do 1º, 2º e 5º e os que referiram consumo de medicamentos no último mês apresentaram níveis mais baixos de saúde mental. Os participantes que praticavam exercício físico apresentaram melhor saúde mental. Houve uma maior incidência de consumo de cannabis entre alunos do 3º e 5º ano e maior prevalência de ideação suicida entre alunos desses anos e do 1º ano. A maioria dos casos suspeitos de patologia psiquiátrica foram identificados no sexo feminino e no 5º e 6º ano. Os dados relativamente ao desejo de viver e de morrer entre os casos suspeitos foram alarmantes, pois 6.8% dos casos suspeitos relataram não ter qualquer desejo de viver e 2.3% referiram ter um desejo moderado a forte de se matar.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/115787
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File SizeFormat
Trabalho Final - Matilde Silveira.pdf506.7 kBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons