Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/115719
Title: Critique du risque, appartenances et citoyenneté
Authors: Mendes, José Manuel 
Keywords: Risque; État; Capitalisme et néolibéralisme; Victimes; Citoyenneté; Appartenances; Performativité; Risk; State; Capitalism and neoliberalism; Victims; Citizenship; Memberships; Performativity; Risco; Estado; Capitalismo e neoliberalismo; Vítimas; Cidadania; Pertenças; Performatividade
Issue Date: 2025
Publisher: Société Binet-Simon
Serial title, monograph or event: Recherches & Éducations
Volume: 28-29
Place of publication or event: 2494-5501
Abstract: Cet article aborde la façon dont les catastrophes révèlent la logique de fonctionnement et d’agissement du capitalisme, et comment, à la limite, les États sont le garant ultime de soutien et de reconstitution des liens sociaux et des communautés, suite à la survenue d’une catastrophe. L’argument, c’est que l’État est le médiateur et le recours de dernière instance, qui légitime l’intégration des sociétés dans le capitalisme global. Aussi, que la ligne abyssale qui définit les «intégrés» et les « jetables » ou « invisibles » traverse aussi bien le Sud, que les petites colonies du Nord, autant les logiques de régulation/émancipation, que celles d’appropriation/violence que l’on trouve tant au Nord qu’au Sud globaux. L’article est structuré en trois parties. Dans la première, une discussion est consacrée aux nouvelles formes assumées par le capitalisme avancé et le néolibéralisme. Dans la deuxième partie, il y a une discussion critique sur la notion de risque et sur la façon dont les catastrophes peuvent être révélatrices de la logique du capitalisme et des limites du néolibéralisme, en proposant le concept de citoyenneté invisible pour répondre à la production de lignes abyssales, suite à de catastrophes ou à d’événements extrêmes. La troisième partie est axée sur le rôle des victimes et des personnes touchées par des catastrophes et des événements extrêmes, et sur la façon dont cela exige une analyse basée sur la performativité, en surplus de la biopolitique de Michel Foucault ou des régimes d’exception de Giorgio Agamben.
This article discusses how disasters reveal the logic of capitalism’s functioning and action, and how, ultimately, states are the ultimate guarantor of support and reconstitution of social bonds and communities, following the occurrence of a disaster. The argument is that the state is the mediator and the last resort, which legitimizes the integration of societies into global capitalism. Also, that the abyssal line that defines the "integrated" and the "disposable" or "invisible" crosses the South as well as the small colonies of the North, as well as the logics of regulation/emancipation, as well as those of appropriation/violence that can be found both in the Global North and the South. The article is structured in three parts. In the first, a discussion is devoted to the new forms assumed by advanced capitalism and neoliberalism. In the second part, there is a critical discussion on the notion of risk and how disasters can be indicative of the logic of capitalism and the limits of neoliberalism, proposing the concept of invisible citizenship to respond to the production of abyssal lines, following disasters or extreme events. The third part focuses on the role of victims and people affected by disasters and extreme events, and how this requires an analysis based on performativity, in addition to Michel Foucault’s biopolitics or Giorgio Agamben’s exceptional regimes.
Este artigo analisa como as catástrofes revelam a lógica de funcionamento e de atuação do capitalismo, e como, no limite, os Estados são o último garante do apoio e da reconstituição dos laços sociais e das comunidades após a ocorrência de uma catástrofe. O argumento central é que o Estado é o mediador e o recurso de última instância, que legitima a integração das sociedades no capitalismo global. E também, que a linha abissal que define os “integrados” e os “descartáveis” ou “invisíveis” atravessa tanto o Sul como as pequenas colónias do Norte, tanto as lógicas de regulação/emancipação como as de apropriação/violência, ambos presentes no Norte e no Sul globais. O artigo está estruturado em três partes. Na primeira, procede-se a uma discussão sobre as novas formas assumidas pelo capitalismo avançado e pelo neoliberalismo. Na segunda parte, apresenta-se uma discussão crítica sobre a noção de risco e como as catástrofes podem ser reveladoras da lógica do capitalismo e dos limites do neoliberalismo, propondo o conceito de cidadania invisível para responder à produção de linhas abissais na sequência da ocorrência de catástrofes ou acontecimentos extremos. A terceira parte, centra-se no papel das vítimas e das pessoas afetadas por catástrofes ou acontecimentos extremos, e como isso requer uma análise baseada na performatividade, para além da biopolítica de Michel Foucault ou dos regimes de exceção de Giorgio Agamben.
URI: https://hdl.handle.net/10316/115719
ISSN: 1969-0622
1760-7760
DOI: 10.4000/120j5
Rights: openAccess
Appears in Collections:I&D CES - Artigos em Revistas Internacionais

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