Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/114361
Title: A feminização do jornalismo regional em contexto português: o caso dos jornais centenários
Other Titles: The feminization of regional journalism in the Portuguese context: The case of centenary newspapers
Authors: Carona, Liliana Assunção de Paulo
Orientador: Simões, Rita Joana Basílio de
Keywords: género; imprensa regional; jornalistas; feminização; jornais centenários; gender; regional press; journalists; feminization; centenary newspapers
Issue Date: 13-Nov-2023
Serial title, monograph or event: A feminização do jornalismo regional em contexto português: o caso dos jornais centenários
Place of publication or event: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Abstract: According to data available on the online portal of ERC - Regulatory Entity for the Media, in 2019, 1725 periodical publications were identified in the 18 districts of mainland Portugal and the two Autonomous Regions, noting that, of the universe of registered periodical publications, 118 were newspapers of national scope and 485 of regional scope. In turn, API - Portuguese Press Association recognized in 2017-2018, the existence of 33 centenary newspapers, with the district of Aveiro having the most centenary publications (five in total). According to API (Portuguese Press Association) that has been fighting for the defense of centenary newspapers, there were in mainland Portugal, 31 regional publications with more than one hundred years of life, a total of 33 centenary publications. However, the present research updates these numbers to 40 centenarian regional publications. In 2020, the universe of registered periodicals included 116 national newspapers and 491 regional newspapers. It should be noted that in 2020, 1716 periodicals were registered, with a decrease (36) in the number of periodical registrations compared to the previous year (2019). The history of these regional newspapers is intertwined with the evolution of portuguese society and, in particular, with the transformations undergone by the media ecosystem in recent decades. However, rarely, the regional press is elected as an object of study and, even more rarely, attracts a reflection with the concrete specificity of the role and contribution of women within this press. Reflecting on the regional newspapers, namely the centenarians from a gender perspective is one of the purposes of this research. Taking as a starting point the studies of journalistic production processes and the feminist investigation of journalism, we also intend to analyze the socio-professional reality of the regional press newsrooms and identify and problematize the practices, the conditions and the work environment that characterize them, as perceived by their journalists. We aim to contribute to a deeper understanding of regional press newsrooms and the place of gender in their internal structure and professional practices.How to think about feminization in light of the framing of regional newspapers? What are the dominant socio-professional profiles in the newsrooms of regional newspapers? To what extent do women and men occupy management and management positions, and to which areas of activity is their work directed? How many professionals are embedded journalists and what functions do they perform? What type of contractual relationship are they able to maintain and what are their salaries? Which policies for labor equality do they benefit from? How do they perceive the effects of gender identity in their working practices? How do these effects translate into news production? These are some of the questions we try to answer, based on a qualitative and quantitative approach, which includes the documental analysis of 40 regional centenary newspapers, the application of a survey to professionals of the regional press (a total of 341 contacted e-mails) and in-depth interviews in 5 centenary newspapers, totaling 20 interviews. The research results continue to show that there is a long way to go as regards gender equality in the portuguese regional press newsrooms, namely in the access to management/administration positions. Although a greater presence of women is perceived in these newsrooms, and with a higher level of education, the reports show that, in reality, women journalists continue to be victims of several obstacles, gender asymmetries, prejudices and inequalities.
De acordo com os dados disponíveis no portal online da ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social, em 2019, foram identificadas 1725 publicações periódicas nos 18 distritos de Portugal Continental e nas duas Regiões Autónomas, salientando-se que, do universo das publicações periódicas registadas, 118 eram jornais de âmbito nacional e 485 de âmbito regional. Por sua vez, a API - Associação Portuguesa de Imprensa reconheceu em 2017-2018, a existência de 33 jornais centenários, sendo o distrito de Aveiro o que tinha mais publicações centenárias (cinco no total). Segundo a API (Associação Portuguesa de Imprensa) que tem lutado pela defesa dos jornais centenários, existiam em Portugal continental, 31 publicações regionais com mais de cem anos de vida, num total de 33 publicações centenárias . Todavia, a presente investigação atualiza esses números para 40 publicações regionais centenárias. Em 2020, o universo das publicações periódicas registadas, compreendia 116 são jornais de âmbito nacional e 491 de âmbi¬to regional. De salientar que em 2020, encontravam-se inscritas 1716 publicações periódicas, verificando-se uma descida (36) no número de inscrições de publicações periódicas, em relação ao ano transato (2019). A história destes jornais regionais entrecruza-se com a evolução da sociedade portuguesa e, em particular, com as transformações sofridas pelo ecossistema mediático nas últimas décadas. Todavia, raramente, a imprensa regional é eleita como objeto de estudo e, ainda mais raro, atrai uma reflexão com a especificidade concreta do papel e contributo das mulheres no seio desta imprensa. Refletir sobre os jornais regionais, nomeadamente sobre os centenários a partir de uma perspetiva de género é um dos propósitos da presente investigação. Tomando como ponto de partida os estudos dos processos de produção jornalística e a investigação feminista do jornalismo, pretendemos, também, analisar a realidade socioprofissional das redações da imprensa regional e identificar e problematizar as práticas, as condições e o ambiente de trabalho que os caracterizam, tal como percecionados pelas suas e pelos seus jornalistas. Ambicionamos contribuir para uma compreensão mais profunda das redações da imprensa regional e do lugar do género na sua estrutura interna e práticas profissionais.Como pensar a feminização à luz do enquadramento dos jornais regionais? Quais os perfis socioprofissionais dominantes nas redações dos jornais regionais? Em que medida mulheres e homens ocupam cargos de chefia e de direção e a que áreas de atuação se dirige o seu trabalho? Quantas/os profissionais são jornalistas encartadas/os e que funções desempenham? Que tipo de relação contratual logram manter e quais as suas remunerações? De que políticas para a igualdade laboral beneficiam? Como percecionam os efeitos da identidade de género nas suas práticas laborais? Como se traduzem esses efeitos na produção noticiosa? Estas são algumas das questões a que procuramos dar resposta, a partir do recurso a uma abordagem qualitativa e quantitativa, que contempla a análise documental dos 40 jornais regionais centenários, a aplicação de um inquérito a profissionais da imprensa regional (o total de 341 correios eletrónicos contactados) e a realização de entrevistas em profundidade, em 5 jornais centenários, totalizando 20 entrevistas. Os resultados da investigação continuam a demonstrar que existe um longo caminho a percorrer no que diz respeito à igualdade de género nas redações da imprensa regional portuguesa, nomeadamente no acesso a cargos de chefia/administração. Apesar de se perceber uma maior presença de mulheres nestas redações, e com superior nível de escolaridade, os relatos evidenciam que, na realidade, as mulheres jornalistas continuam a ser vítimas de diversos obstáculos, assimetrias de género, preconceitos e desigualdades.
Description: Tese de Doutoramento em Ciências da Comunicação apresentada à Faculdade de Letras
URI: https://hdl.handle.net/10316/114361
Rights: openAccess
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