Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/114319
Title: The (in)stability of Creative Destruction: Industrial Dynamics and Productivity Growth in Portugal over the Last Four Decades
Other Titles: A (in)estabilidade da Destruição Criativa: Dinâmica Industrial e Crescimento da Produtividade em Portugal nas últimas quatro décadas
Authors: Carrillo, José Ernesto Nieto
Orientador: Carreira, Carlos Manuel Gonçalves
Teixeira, Paulino Maria Freitas
Keywords: Concorrência; Crescimento da produtividade; Dinâmica industrial; Empreendedorismo; Empresas zombie; Competition; Entrepreneurship; Industrial dynamics; Productivity growth; Zombie firms
Issue Date: 3-Apr-2023
Project: info:eu-repo/grantAgreement/FCT/6817 - DCRRNI ID/UIDB/05037/2020/PT
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/9471 - RIDTI/PTDC/EGE-ECO/31117/2017/PT 
Serial title, monograph or event: The (in)stability of Creative Destruction: Industrial Dynamics and Productivity Growth in Portugal over the Last Four Decades
Place of publication or event: FEUC - Faculdade de Economia
Abstract: Schumpeter defendeu que a destruição criativa é o impulso fundamental responsável por manter a máquina capitalista em movimento, através de inovações incessantes que tornam obsoletas velhas ideias e tecnologias. Esta tese investiga a estabilidade a longo prazo deste processo dinâmico, nomeadamente através da análise da dinâmica industrial portuguesa ao longo das últimas quatro décadas. Em particular, explora, por um lado, a evolução do empreendedorismo, da reafectação de recursos, do regime competitivo e do crescimento da produtividade no setor KIA (atividades intensivas em conhecimento) versus o setor não-KIA e, por outro, a prevalência da seleção de mercado schumpeteriana versus a não-schumpeteriana. Como hipótese central propõe-se que a desaceleração da produtividade é uma função crescente da seleção não-schumpeteriana. Após o surgimento da revolução das TIC na década de 1980, os países industrializados beneficiaram de um crescimento económico relativamente estável durante cerca de vinte anos. No entanto, ao longo das duas décadas seguintes, o crescimento e o progresso técnico diminuíram na maioria dos países desenvolvidos, com um número crescente de estudos a analisar a respetiva causa. Todavia, e com exceção dos estudos abrangendo a economia norte-americana, a maioria dos trabalhos encontra-se baseada em dados microeconómicos observados centrados nos últimos vinte anos. Dada esta limitação, esta tese procura focar-se num período bem mais longo, compreendido entre 1986 e 2018 e utilizando uma classificação setorial plenamente consistente no tempo e transversal à população de empresas portuguesas do setor transformador e dos serviços. A análise baseada no filtro de Hodrick-Prescott (HP) indica uma marcada mudança estrutural na dinâmica industrial a partir do início do novo século. Durante o período pré-2000, a reafectação de empregos aumentou, enquanto as empresas recém-nascidas e empresas jovens desempenharam um papel crítico na criação líquida de empregos. Ao mesmo tempo, as indústrias exibiam em geral uma maior instabilidade, uma concentração decrescente, um hiato de inovação mais significativo entre líderes e seguidores e uma menor probabilidade de preservar a liderança industrial. Foram ainda observados indicadores de dinâmica industrial mais intensa no setor KIA, confirmando-se assim a teoria schumpeteriana de ciclos de inovação de longo prazo. Esta tendência, porém, não se manteve no período pós-2000, mesmo no caso das indústrias KIA. Nas últimas duas décadas, as empresas emergentes viram a sua participação diminuir, apesar de um melhor nível de desempenho de empresas jovens de alto crescimento. O regime competitivo também ficou mais fraco e as empresas dominantes aumentaram sua quota de mercado, bem como a probabilidade de manter a liderança não obstante a diminuição do esforço de novação. As regressões ao nível setorial sugerem ainda que o aumento da concentração não só debilitou os incentivos para as empresas líderes inovarem como também facilitou a preservação de posições dominantes. Por seu turno, as regressões em painel, de efeitos fixos ao nível da empresa, indicam que quanto maior a concentração industrial, menor o efeito do crescimento da produtividade na expansão da quota de mercado. Por fim, a nossa análise indica um aumento da prevalência de empresas zombie, ou seja, de empresas não lucrativas e altamente endividadas. Essa maior incidência de zombies teve como efeito a redução da produtividade agregada, devido a uma reafectação de recursos económicos ineficiente e a externalidades negativas sobre projetos saudáveis. Os modelos de treatment effects, multinominais e de efeitos fixos mostram que as reformas de insolvência de 2012, favoráveis em geral aos devedores, reduziram quer o grau de sobrevivência das zombies quer a influência negativa na reafectação de recursos. Os nossos resultados sugerem assim que a destruição criativa se pode tornar instável no longo prazo, confirmando-se desta forma uma hipótese central, de que a desaceleração da produtividade é uma função crescente da seleção de mercado não-schumpeteriana, isto é, da concentração e saída não-schumpeterianas.
Schumpeter argued that creative destruction is the fundamental impulse responsible for keeping the capitalist machine in motion through incessant innovations that make old ideas and technologies obsolete. The thesis investigates the long-term stability of this dynamic process by analysing the Portuguese industrial dynamics over the past four decades. In particular, it explores the evolution of entrepreneurship, reallocation, competitive regime and productivity growth in the KIA (i.e., knowledge-intensive activities) versus the Non-KIA sector and the prevalence of Schumpeterian versus non-Schumpeterian market selection. The primary hypothesis of this thesis is that productivity slowdown is an increasing function of non-Schumpeterian selection. After the emergence of the ICT revolution in the 1980s, industrialised countries benefited from relatively stable growth for about twenty years. Nonetheless, growth and technical progress have slowed down in most developed countries during the new century, with an increasing body of research analysing the underlying causes. However, except for the US studies, most micro-based research has only been grounded on new-century evidence. Given this limitation, this thesis focuses on a longer period, assembling an extensive longitudinal database with a time-consistent industry classification that covers the population of manufacturing and service sector firms from 1986 to 2018. The Hodrick-Prescott (HP) trends indicate a structural change in industrial dynamics since 2000. Before 2000, job reallocation increased while newly-born and young firms played a leading role in net job creation. Meanwhile, the typical industry also exhibited higher instability, decreasing concentration, a more significant innovation gap between leaders and followers, and a lower probability of preserving industrial leadership. Moreover, higher industrial dynamics indicators were observed in the KIA sector, thus supporting the Schumpeterian theory of long-term innovation cycles. This process came to a halt in the new century, even in the KIA industries. In the last two decades, nascent companies have seen a declining incidence, notwithstanding the better performance of young, high-growth firms. In addition, the competitive regime has weakened, and dominant firms have increased their market share and the likelihood of retaining leadership despite diminishing innovative efforts. Industry-level regressions further suggest that increased concentration has weakened incentives for leading firms to innovate while facilitating the preservation of dominant positions. At the same time, firm-level fixed effects panel regressions indicate that the higher the industrial concentration, the smaller the effect of productivity growth on market share expansion. Finally, we found an increased prevalence of unprofitable/highly indebted firms (i.e., zombies). This higher incidence of zombies has also undermined aggregate productivity due to inefficient reallocation and negative externalities on healthy projects. Nevertheless, the treatment effects, multinomial logistic, and fixed-effects panel estimators show that the 2012 debtor-friendly insolvency reforms did reduce zombie survival as well as the negative influence on resource reallocation. Altogether, these findings suggest that creative destruction becomes unstable in the long term, thus confirming our main hypothesis that the productivity slowdown is an increasing function of non-Schumpeterian market selection, namely of the non-Schumpeterian concentration and exit selection.
Description: Tese de Doutoramento em Economia apresentada à Faculdade de Economia
URI: https://hdl.handle.net/10316/114319
Rights: openAccess
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