Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/114293
Title: Pharmacist intervention in the identification of risk factors and optimization of pharmacotherapy for cardiovascular disease
Other Titles: Intervenção farmacêutica na identificação de fatores de risco e otimização da terapêutica da doença cardiovascular
Authors: Fonseca, Anabela Almeida Lopes
Orientador: Pereira, Isabel Vitória Neves de Figueiredo Santos
Caetano, Maria Margarida Coutinho de Seabra Castel-Branco
Keywords: avaliação de risco; concordância com recomendações clínicas; doença cardiovascular; farmacêuticos; fatores de risco; cardiovascular disease; guideline adherence; pharmacists; risk assessment; risk factors
Issue Date: 10-Nov-2023
Serial title, monograph or event: Pharmacist intervention in the identification of risk factors and optimization of pharmacotherapy for cardiovascular disease
Place of publication or event: FFUC - Faculdade de Farmácia
Abstract: Cardiovascular disease (CVD) remains the leading cause of human mortality. Assessing the patients’ CVD risk, controlling the risk factors, and ensuring guideline-adherent cardiovascular pharmacotherapy are crucial interventions to improve cardiovascular health outcomes. As accessible and qualified health professionals, community pharmacists can be included in the early detection of patients at risk for CVD by implementing CVD screening programs and by improving cardiovascular pharmacotherapy. The aim of this research was, on the one hand, to evaluate the feasibility of implementing screening programs for individuals at risk of cardiovascular disease in a Portuguese community pharmacy, and on the other hand, to assess the potential of pharmacist intervention in the optimization of pharmacotherapy in users who were already on cardiovascular therapy.A cross-sectional study was conducted in a community pharmacy in Portugal. The reasons for which the customers entered the pharmacy were registered and subsequently, they were invited to be interviewed by the pharmacist, who recorded their willingness to participate. The pharmacist performed in-pharmacy point-of-care testing on the participants who accepted to evaluate the cardiovascular risk, and also collected the participants’ data and biochemical and physical parameters in order to assess their cardiovascular risk by applying the Systematic COronary Risk Evaluation (SCORE) model. On those participants who were not eligible for the SCORE-based risk assessment, the pharmacist considered the major modifiable CVD risk factors - hypertension, dyslipidemia, smoking habits, obesity, impaired fasting glucose, and sedentary behavior - according to the European Society of Cardiology (ESC) guidelines. For the participants who were already on cardiovascular pharmacotherapy, the pharmacist reviewed patients’ pharmacotherapy, based on ESC guidelines.In terms of customers profile, picking up medication was the most prevalent reason (69.8%) for entering the pharmacy. Of the customers who entered the pharmacy to acquire medication, 36.2% acquired at least one medicine from the CVD pharmacotherapy. More than half (64.1%) of the customers were regular customers, the majority (65.6%) were under 65 years of age, and the male customers were older (t=4.793, p<0.001). Among the contacted customers, 56.4% (n=621) agreed to have their CVD risk assessed, and 53.4% (n=588) actually attended the cardiovascular risk assessment. There was no difference in acceptability between male and female pharmacy customers, and the pharmacy customers who were more likely to accept the risk evaluation were those who entered the pharmacy for the acquisition of medicines (p=0.004), elderly customers (p<0.001) and regular customers (p<0.001).Of the 588 participants, 56.6% (n=333) were already on cardiovascular pharmacotherapy and were therefore not eligible for screening. Of the 43.4% (n=255) cardiovascular pharmacotherapy-naïve participants, 94.9% (n=242) were screened with at least one CVD risk factor; 52.9% (n=135) were not eligible for the SCORE assessment, of which 92.6% (n=125) presented CVD risk factors. Of the 120 SCORE-eligible participants, 80.0% (n=96) were at least at moderate risk of CVD.Of the 333 patients who were already on cardiovascular pharmacotherapy, 63.1% were in the high/very high-risk category, 91.9% showed at least two uncontrolled modifiable risk factors, and in 61.9% of patients, the cardiovascular pharmacotherapy was non-adherent to the current guidelines, failing to reach treatment goals. The lipid-lowering therapy was the least guideline adherent, with a suboptimal use of statins. However, we found no statistically significant difference between the guideline-adherent and the non-adherent group in terms of risk factor control. The pharmacist recommended 603 interventions to adhere to the guidelines.The feasibility of CVD risk screening in Portuguese community pharmacies was determined, as a high customer acceptability rate was found, the reasons for nonattendance were evaluated, and a high prevalence of CVD risk factors was found and at-risk patients were detected. Furthermore, it was shown that community pharmacists are able to identify opportunities to optimize cardiovascular pharmacotherapy and support patients to achieve cardiovascular risk factor goals, based on evidence-based guidelines, contributing to the improvement of CVD management. The opportunity exists for Portuguese community pharmacists to take an active role in the early detection of CVD and to be included in the healthcare team members that are responsible for the optimization of cardiovascular pharmacotherapy and the achievement of cardiovascular risk factor goals of the patients.
A doença cardiovascular (DCV) continua a ser a principal causa de morte dos seres humanos. Avaliar o risco cardiovascular dos doentes, controlar os fatores de risco, e garantir a concordância da terapêutica cardiovascular com as recomendações clínicas são intervenções cruciais para melhorar os resultados em saúde cardiovascular. Como profissionais de saúde acessíveis e qualificados, os farmacêuticos podem ser incluídos na deteção precoce de doentes em risco de DCV, implementando programas de rastreio e otimizando a terapêutica cardiovascular.O objetivo deste trabalho de investigação foi, por um lado, avaliar a viabilidade da implementação de programas de deteção precoce de indivíduos com risco de DCV numa farmácia comunitária portuguesa e, por outro lado, avaliar o potencial da intervenção farmacêutica na otimização terapêutica dos utentes que já se encontravam sob terapêutica cardiovascular.Realizou-se um estudo observacional transversal numa farmácia comunitária em Portugal. Procedeu-se ao registo das razões pelas quais os utentes entraram na farmácia e, posteriormente, estes foram convidados a ser avaliados pelo farmacêutico, que registou a sua prontidão em participar. Durante a entrevista o farmacêutico recolheu dados sociodemográficos e avaliou parâmetros fisiológicos e bioquímicos dos participantes; seguidamente determinou o risco cardiovascular aplicando o algoritmo SCORE. Nos participantes que não eram elegíveis para a avaliação de risco baseada no SCORE, o farmacêutico considerou os principais fatores de risco de DCV modificáveis - hipertensão, dislipidemia, tabagismo, obesidade, glicémia em jejum alterada, e sedentarismo - de acordo com as recomendações da Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC). Nos participantes que já estavam sob terapêutica cardiovascular, o farmacêutico procedeu à revisão da medicação dos doentes, com base nas recomendações da SEC.Relativamente ao perfil dos utentes, a aquisição de medicamentos foi a razão mais prevalente (69,8%) para entrar na farmácia. Dos utentes que entraram na farmácia para adquirir medicamentos, 36,2% adquiriram pelo menos um medicamento do foro cardiovascular. Mais de metade (64,1%) dos utentes eram utentes habituais, a maioria (65,6%) tinha menos de 65 anos de idade, e os utentes do sexo masculino eram mais velhos (t=4,793, p<0,001). Entre os utentes contactados, 56,4% (n=621) concordaram com a avaliação do seu risco cardiovascular, e 53,4% (n=588) efetivamente voltaram para avaliar o seu risco cardiovascular. Não houve diferença na aceitação entre os utentes do sexo masculino e feminino, e os utentes mais suscetíveis de aceitarem a avaliação do risco cardiovascular foram os que entraram na farmácia para a aquisição de medicamentos (p=0,004), os utentes idosos (p<0,001) e os utentes habituais (p<0,001).Dos 588 participantes, 56,6% (n=333) já se encontravam sob terapêutica cardiovascular, pelo que não foram elegíveis para o rastreio. Dos 43,4% (n=255) participantes sem terapêutica cardiovascular, 94,9% (n=242) foram rastreados com pelo menos um fator de risco de DCV; 52,9% (n=135) não eram elegíveis para a avaliação SCORE, dos quais 92,6% (n=125) apresentavam fatores de risco de DCV. Dos 120 participantes elegíveis para o SCORE, 80,0% (n=96) apresentavam, pelo menos, risco moderado de DCV.Dos 333 doentes que já se encontravam sob terapêutica cardiovascular, 63,1% estavam na categoria de risco alto ou muito alto, 91,9% apresentavam pelo menos dois fatores de risco modificáveis descontrolados, e em 61,9% dos utentes, a terapêutica cardiovascular não estava em conformidade com as recomendações atuais, não conseguindo atingir os objetivos terapêuticos. A terapêutica hipolipemiante foi a menos concordante com as recomendações clínicas, com uma utilização subótima de estatinas. No entanto, não observámos diferença estatisticamente significativa entre os grupos “concordante” e “não concordante” com as recomendações, em termos de controlo dos fatores de risco. O farmacêutico identificou 603 oportunidades de intervenção passíveis de ajuste da terapêutica.Demonstrámos a viabilidade do rastreio de risco de DCV nas farmácias comunitárias pela elevada percentagem de utentes que aceitaram avaliar o seu risco cardiovascular, pela avaliação das razões de não aceitação e pela elevada prevalência de fatores de risco e de doentes em risco de DCV detetados. Além disso, foi demonstrado que os farmacêuticos são capazes de identificar oportunidades para otimizar a terapêutica cardiovascular e ajudar os utentes a alcançar os objetivos terapêuticos dos fatores de risco cardiovascular, com base em recomendações baseadas na evidência, contribuindo para a melhoria da gestão da DCV. Existe a oportunidade dos farmacêuticos portugueses assumirem um papel ativo na deteção precoce da DCV e de serem incluídos na equipa de profissionais de saúde responsáveis pela otimização da terapêutica cardiovascular e dos objetivos terapêuticos dos fatores de risco cardiovascular dos doentes.
Description: Tese de Doutoramento em Ciências Farmacêuticas apresentada à Faculdade de Farmácia
URI: https://hdl.handle.net/10316/114293
Rights: openAccess
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