Compressão Pneumática Intermitente e Pistola Massajadora como Meios de Recuperação Física e seus Impactos sobre a Fadiga Muscular

Abstract

O objetivo principal deste estudo se baseia nas possíveis respostas da aplicação de dois dispositivos, as “Botas de Compressão” e a “Pistola massajadora”, na finalidade de restaurar os padrões, fisiológicos, hormonais e de performance, de repouso do corpo após ser submetido a fadiga através de teste exercício de fatigante até a exaustão. O estudo teve como amostra 30 universitários, fisicamente ativos e com histório de prática desportiva federada, submetidos aos testes de fadiga e aos dois dispositivos de intervenção. Como comparativo, foi realizado um terceiro teste com recuperação ativa, sendo esta uma das mais utilizadas no meio desportivo. Esta tese foi organizada em 6 estudos: O primeiro, uma revisão sistemática que culminou com uma revisão de compreensão sobre o uso das botas de compressão como meio de recuperação. Pouco estudos foram realizados com essa metodologia, somando um total minoritário de 6 estudos onde se observou uso de variáveis em um máximo de dois desses estudo e um questionamento sobre a eficácia do dispositivo, mas com aparente eficiência do mesmo. No segundo estudo foi feita uma revisão sistemática para se saber os marcadores salivares mais utilizados no exercício seguido de análises nos momentos de recuperação posteriores, ainda que sem a aplicação de metodologias para tal. Foi observado um maior uso de hormonas ligadas ao stresse físico e metabolismo como cortisol e testosterona, assim como a alfa amilase, além de análises da imunoglobulina A. O terceiro e quarto estudo se referem a viabilidade e respostas iniciais dos 3 métodos de recuperação propostos, assim como do protocolo de exercício com agachamentos na indução da fadiga. Como estudos iniciais, o protocolo de três sets de half back squat, realizados cada uma até a exaustão e intervalos entre eles de somente um minuto, levaram os voluntários a um quadro de fadiga muscular. Da aplicação inicial das recuperações ativa e a com uso das botas de compressão, pareciam ter influência na recuperação da frequência cardíaca e do lactato, sobre os testes de impulsão vertical e sobre os marcadores salivares de cortisol, testosterona e alfa amilase. No quinto estudo, o objetivo foi de comprar as recuperações sobre os efeitos da fadiga sobre a performance e respostas fisiológicas. Houve uma resposta significativa (p < 0,01) na remoção de lactato com uso da recuperação ativa a partir do 10º minuto de recuperação, assim como significativamente comparada às botas de compressão e à pistola massajadora do 10º ao 20º minuto. Na resposta neuromuscular, as avaliações dos saltos 1-hora após teste de fadiga se aproximar das realizadas previamente, mas ainda significativamente inferior no Countermovement Jump (ACT and GUN p < 0,05; ICP p < 0,01) e nas alturas médias (p < 0,01) e número de saltos (GUN p < 0,05) no teste de saltos contínuos por 30 segundos. O sexto estudo analisou as repostas cortisol, testosterona, o rácio etre estes, e a alfa amilase aos três métodos de recuperação. Parte deste estudo se mostrou inconclusivo, a exceção da recuperação ativa a impactar significativamente sobre o cortisol em sua restauração aos níveis encontrados antes do teste de fadiga. Com uma melhora nas respostas do rácio testosterona-cortisol, ainda que não significativa, parece demonstrar influência da recuperação ativa sobre o equilíbrio anabólico-catabólico e sobre a síntese proteica. Os resultados deste trabalho apontam a recuperação ativa ainda como um meio eficaz na restauração e normalização do metabolismo, valências e performance de indivíduos jovens e fisicamente ativos após submissão a um teste de exaustão e com instalação da fadiga. As Botas de Compressão e a Pistola massajadora ainda necessitam de mais estudos, mas parecem ser uma alternativa, a ser aprimorada, como meio de recuperação.

The main objective of this study is based on the possible responses of the application of two devices, “Compression Boots” and “Massage Gun”, in order to restore the physiological, hormonal, and performance patterns of rest of the body after being submitted to fatigue through fatiguing exercise test until exhaustion. The study had as a sample 30 university students, physically active and with a history of federated sports, submitted to fatigue test and to the two intervention devices. As a comparison, a third test was carried out with active recovery, which is one of the most used in sports. This thesis was organized into 6 studies: The first, a systematic review, that culminated in a comprehensive review about the use of compression boots as a means of recovery. Few studies carried out with this methodology, adding up to a minority total of 6 studies where the use of variables was observed in a maximum of two of these studies and a questioning about the effectiveness of the device, but with its apparent efficiency. In the second study, a systematic review was carried out to find out the salivary markers most used in exercise, followed by analyses at later recovery times, even without the application of methodologies for this. A greater use of hormones linked to physical stress and metabolism was observed, such as cortisol and testosterone, as well as alpha amylase, in addition to immunoglobulin A analyses. The third and fourth studies refer to the viability and initial responses of the 3 proposed recovery methods, as well as the exercise protocol with squats to induce fatigue. As initial studies, the protocol of 3 sets of half back squats, performed each one until exhaustion and intervals between them of a single minute, led the volunteers to a muscular fatigue. From the initial application of active recoveries and the use of compression boots, they seemed to have an influence on heart rate and lactate recovery, on vertical jump tests and on salivary markers of cortisol, testosterone and alpha amylase. In the fifth study, the objective was to compare the recoveries on the effects of fatigue on performance and physiological responses. There was a significant response (p < 0,01) in lactate removal using active recovery from the 10th minute of recovery period, as well as significantly compared to compression boots and the massage gun from 10th to the 20th minute. In the neuromuscular response, the 1-hour post-fatigue assessments approximate those performed previously, but still significantly lower in the Countermovement Jump (ACT and GUN p < 0,05; IPC p < 0,01) and at mean heights (p < 0,01) and number of jumps (GUN p < 0,05) in the continuous jump test for 30 seconds. The sixth study analysed the responses of cortisol, testosterone, the ratio of these, and alpha amylase, to the three recovery methods. Part of this proved inconclusive, with the exception of active recovery significantly impacting cortisol in its restoration to levels found before the fatigue test. With an improvement in testosterone-cortisol ratio responses, although not significant, it seems to demonstrate the influence of active recovery on the anabolic-catabolic balance and on protein synthesis. The results of this thesis point to active recovery as an effective means of restoring and normalizing metabolism, valences, and performance of young and physically active individuals after submission to an exhaustive test and with onset fatigue. The Compression Boots and the Massage Gun still need more studies, but they seem to be an alternative, to be improved, as a means of recovery.