Implicações que o Absenteísmo e o Presenteísmo têm nos Profissionais de Saúde – Estudo de Caso num Centro Hospitalar

Abstract

Hospitals are complex structures with the main focus of providing quality, safe, reliable, and efficient care to their patients.By presenting a conceptual framework on absenteeism and presenteeism in complex healthcare organisations, such as hospital centres that aggregate hospitals with different focuses in terms of healthcare service, this paper aims to better understand the attributions associated with absenteeism and presenteeism from the point of view of healthcare providers through an exploratory study.We developed a win-win management model, in which concern for objective performance (i.e. quality and quantity of clinical acts) is as much a priority as subjective performance (i.e. well-being) in order to guarantee quality of life at work. We therefore advocate a management approach that ranges from the individual level (i.e. proactivity at work), through the organisational level (i.e. fair compensation in which safety and health in the workplace are guaranteed by the institutionalisation of rights and duties) to the social level (i.e. perceived work-life balance as a whole).Based on the premise that the phenomena of absenteeism and presenteeism should be considered a global challenge for Strategic Human Resources Management, this dissertation aims to find out about and determine the impact of these two behaviours in the workplace of a hospital centre in south Europe.Absenteeism refers to the habitual non-presence of an employee at their job. Habitual non-presence extends beyond what is deemed to be within an acceptable realm of days away from the office for legitimate causes such as scheduled vacations, occasional illness, and family emergencies.Presenteeism is defined as when employees are at their workplace but are not being productive and are interested in doing things outside of their job, such as chatting, looking around the (work) room, browsing the internet or their social networks, or taking (long) breaks, rather than being efficient in their tasks. Simply put, this presenteeism factor shows that employees are indeed present (the contrast to absenteeism), but are mentally disconnected and disengaged with the organisation.

Hospitais são estruturas complexas, com o foco principal de prover atendimento de qualidade, segurança, fiabilidade e eficiente aos seus pacientes/utentes.O presente trabalho, ao apresentar um quadro conceptual sobre absenteísmo e presenteísmo em complexas organizações de saúde, como centro hospitalares que agregam hospitais com diferentes focos em termos de serviço de saúde, visa através de um estudo exploratório compreender melhor as atribuições associadas ao absenteísmo e presenteísmo do ponto de vista dos prestadores de cuidados de saúde.Desenvolvemos um modelo de gestão de vantagem mútua, em que a preocupação com o desempenho objetivo (i.e., qualidade e quantidade dos atos clínicos) é tão prioritária como o desempenho subjetivo (i.e., bem-estar) no sentido de garantir qualidade de vida no trabalho. Deste modo, defendemos uma abordagem de gestão que vai desde o nível individual (i.e., proatividade no trabalho), passando pelo organizacional (i.e., compensação justa em que a segurança e saúde no ambiente de trabalho estão garantidas pela institucionalização de direitos e deveres) até ao social (i.e., percebido equilíbrio da vida-trabalho como um todo).Tendo como premissa que os fenómenos do absenteísmo e do presenteísmo devem ser considerados um desafio global da Gestão Estratégica dos Recursos Humanos, a presente Dissertação visa dar a conhecer e apurar o impacto destes dois comportamentos em ambiente laboral de um Centro Hospitalar, do sul da Europa.O absentismo refere-se à não presença habitual de um trabalhador no seu posto de trabalho. A ausência habitual vai para além do que se considera ser um número aceitável de dias de ausência do escritório por causas legítimas, tais como férias programadas, doença ocasional e emergências familiares.Presenteísmo é definido quando os colaboradores estão no seu local de trabalho, contudo não estão a ser produtivos e interessam-se por estar ocupados com afazeres fora do seu leque de trabalho, nomeadamente, estar a conversar, navegam pela internet ou pelas suas redes sociais, ou fazem (longas) pausas, em vez de estarem a ser eficientes nas suas tarefas. Simplificando, este fator do presenteísmo elucida que os colaboradores estão, de facto presentes (o contraste do absenteísmo), porém estão mentalmente desconectados e desvinculados com a organização.