AVALIAÇÃO DO ARRASTO PASSIVO DE UMA EMBARCAÇÃO KAYAK EM SITUAÇÃO DE SIMULAÇÃO DE TREINO RESISTIDO COM UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES TIPOS DE TRAVÃO

Abstract

No treino resistido em canoagem são utilizados diferentes travões como forma de treino de força específico. Contudo, muitas das vezes são aplicados sem critério e sem o conhecimento exato da quantidade de resistência efetiva que acrescentam à embarcação, e consequentemente, qual o impacto na intensidade de esforço do atleta. Por indicação dos treinadores, os atletas utilizam materiais do quotidiano para produzir os seus próprios travões, tais como bolas de ténis e mangueiras de diferentes comprimentos e diâmetros, não estando quantificado a resistência que oferecem. Pretendeu-se com a elaboração deste estudo a avaliação do arrasto passivo de uma embarcação standard de canoagem de águas tranquilas (kayak) utilizando diferentes travões, habitualmente utilizados por atletas em situação de treino resistido. A recolha de dados foi realizada pelo intermédio de avaliação experimental utilizando um dispositivo que permite medir o arrasto passivo de uma embarcação de kayak. Estes dados foram obtidos numa situação de condições atmosféricas favoráveis, água parada e com pouca influência de forças externas. O protocolo da recolha consistiu no reboque do participante, em posição de equilíbrio, a diferentes velocidades de forma a determinar a alteração do arrasto passivo.Foi possível quantificar e comparar o arrasto passivo do kayak utilizando diferentes tipos e volumes de travão, considerando aqueles habitualmente utilizados por canoístas em treino. Este estudo não só quantificou o arrasto passivo dos diferentes tipos de travões, já habitualmente utilizados por atletas em situação de treino resistido, como permitiu comparar e, consequentemente, ordenar os tipos de travões de acordo com as resistências que eles oferecem, criando um método de progressão na utilização dos mesmos no treino resistido. Permite, também, aos treinadores uma melhor seleção de um tipo de travão mais adequado para essas mesmas situações de treino entre as velocidades de 8 km/h (2,24 m/s), 10 km/h (2,78 m/s), 12 km/h (3,36 m/s) e 14 km/h (3,82 m/s).O arrasto passivo (Dp) com os diferentes travões, nas diferentes situações, permitiu projetar retas de tendência para cada situação e retirar equações que posteriormente podem ser utilizadas pelos treinadores no cálculo da resistência.

In resistance training in canoeing, different brakes are used as a form of specific strength training. However, many times they are applied without assistance and without the exact knowledge of the amount of effective resistance they add to the vessel, and consequently, what is the impact on the intensity of the athlete's effort. As indicated by the coaches, the athletes use everyday materials to produce their own brakes, such as tennis balls and hoses of different lengths and diameters, without quantifying the resistance they offer.The aim of this study was to evaluate the passive drag of a standard calm water canoeing vessel (kayak) using different brakes, commonly used by athletes in resistance training situations.Data collection was carried out through experimental evaluation using a device that allows measuring the passive drag of a kayak vessel. These data were obtained in a situation of favorable atmospheric conditions, still water and with little influence of external forces. The collection protocol consisted of towing the participant, in a balanced position, at different speeds in order to determine the change in passive drag.It was possible to quantify and compare the kayak's passive drag using different types and volumes of brake, considering those commonly used by canoeists in training.This study not only quantified the passive drag of the different types of brakes, already commonly used by athletes in resistance training situations, but also allowed comparing and, consequently, ordering the types of brakes according to the resistance they offer, creating a method of progression in their use in resistance training. It also allows trainers to better select the type of brake best suited to these same training situations between speeds of 8 km/h (2.24 m/s), 10 km/h (2.78 m/s), 12 km/h (3.36 m/s) and 14 km/h (3.82 m/s).Passive drag with different brakes, in different situations, allowed designing trend lines for each situation and removing equations that can later be used by coaches in calculating resistance.