Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/112056
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dc.contributor.advisorFazendeiro, Bernardo da Silva Relva Teles-
dc.contributor.authorMarques, Mariana Monteiro-
dc.date.accessioned2024-01-19T23:00:21Z-
dc.date.available2024-01-19T23:00:21Z-
dc.date.issued2023-09-28-
dc.date.submitted2024-01-19-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/112056-
dc.descriptionDissertação de Mestrado em Relações Internacionais - Estudos da Paz, Segurança e Desenvolvimento apresentada à Faculdade de Economia-
dc.description.abstractA presente dissertação tem como grande objetivo perceber se o jornalismo escrito tem um papel na criação de distância entre os leitores europeus e os refugiados. Esta questão surgiu, pois, a resposta europeia ao número de refugiados provocados pela guerra na Ucrânia, levantou várias dúvidas sobre a natureza dos argumentos e das políticas direcionadas aos refugiados, quando comparados com a crise de refugiados de 2015, marcada pela intensificação do número pessoas, principalmente de nacionalidade síria, a tentar alcançar as costas europeias. Esta distinção entre refugiados é observada também nos media, que representam os ucranianos como próximos e semelhantes à população ocidental sendo, por isso, merecedores de apoio e solidariedade, ao contrário do que tem vindo a acontecer em relação aos refugiados do Norte de África e do Médio Oriente. Estes comportamentos contribuíram para o questionamento da forma como os media têm um papel para construção do “outro”, sobre o poder do seu discurso na representação da sociedade e da sua influência junto do público. A cobertura mediática, através da reiteração do discurso dominante da enfatização da diferença leva os refugiados a posicionarem-se a uma grande distância da empatia ocidental. Esta distância acaba por justificar o comportamento diferenciado por parte dos media aos olhos do público, no qual determinados refugiados são merecedores de uma representação complexa e outros limitam-se a serem alvo de uma cobertura noticiosa incompleta e, muitas vezes, sensacionalista. Esta construção do “outro” está relacionada com o conceito de Orientalismo de Edward Saïd, que pode ser considerado um exemplo de geopolítica crítica, uma vez que grande parte do trabalho de Saïd debruça-se sobre a forma como a geografia não é algo natural e como os discursos têm influência na criação de espaços e na associação de determinadas características às pessoas que neles habitam. Esta ideia materializa-se no seu conceito de geografias imaginativas. Sendo assim, a noção de distância é algo que surge frequentemente na ideia de construção do “outro” e de como aqueles que ocupam um espaço diferente têm automaticamente características diferentes das “nossas. Esta dissertação propõe, então, analisar se a imprensa escrita recorre a este comportamento orientalista, por meio da criação de distância, através de uma comparação entre a cobertura jornalística sobre a crise de refugiados e a guerra na Ucrânia. Conclui-se que o jornalismo escrito realmente contribui para a criação de distância entre os leitores e os refugiados, mas que ao contrário do que a literatura apontava, esta criação é muito mais subtil e não tanto através de representações extremistas e racistas.por
dc.description.abstractThis master’s dissertation intends to analyse if written journalism has a role in the creation of distance between European readers and refugees. This question arose due to the European response to the number of refugees caused by the war in Ukraine seeking refuge in European countries. This response rose doubts about the nature of the arguments and policies towards refugees, when compared to the 2015 refugee crisis, created by the increase of the number of people, mainly of Syrian nationality, trying to reach European shores. This distinction between refugees it’s not only political, but it also happens in the media, which represents Ukrainians as close and similar to the Western population and therefore deserving of support and solidarity, unlike what has been happening with refugees from North Africa and the Middle East. This behaviour raised questions about the way media contributes to the construction of the "other", about the power of their discourse in representing society and their influence on the public. Media coverage, through the reiteration of the dominant discourse that emphasises difference, leads refugees to position themselves at a great distance from Western empathy. This distance ultimately justifies media’s differentiated behaviour in the eyes of the public, in which certain refugees are worthy of complex representation and others are narrow to an incomplete and often sensationalist news coverage. This construction of the 'other' is related to Edward Saïd's concept of Orientalism, which can be considered an example of critical geopolitics, since much of Saïd's work focuses on how geography is not natural and how discourses influence the creation of spaces and consequently the association of certain characteristics with the people who inhabit them. This idea materialises in his concept of imaginative geographies. As such, the notion of distance is something that often comes up in the constructing the 'other' and how those who occupy a different space automatically have different characteristics. This dissertation then proposes to analyse whether the written press, specifically online newspapers, resorts to this orientalist behaviour, through the creation of distance, by comparing the news coverage on the 2015 refugee crisis and the war in Ukraine. This comparison allowed to conclude that written journalism does contribute to the creation of distance between readers and refugees, but that contrary to what the literature pointed out, this creation is much more subtle and nuanced and not so much through extremist and racist representations.eng
dc.language.isopor-
dc.rightsopenAccess-
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/-
dc.subjectrefugiadospor
dc.subjectSíriapor
dc.subjectUcrâniapor
dc.subjectOrientalismopor
dc.subjectDistancepor
dc.subjectrefugeeseng
dc.subjectSyriaeng
dc.subjectUkraineeng
dc.subjectOrientalismeng
dc.subjectDistanceeng
dc.titleO papel dos media na criação de distância: Um estudo comparativo entre a crise dos refugiados de 2015 e a guerra na Ucrâniapor
dc.title.alternativeThe role of media in the creation of distance: a comparative study between the 2015 refugee crisis and the war in Ukraineeng
dc.typemasterThesis-
degois.publication.locationCoimbra-
degois.publication.titleO papel dos media na criação de distância: Um estudo comparativo entre a crise dos refugiados de 2015 e a guerra na Ucrâniapor
dc.peerreviewedyes-
dc.identifier.tid203473620-
thesis.degree.disciplineCiência Politica e Cidadania-
thesis.degree.grantorUniversidade de Coimbra-
thesis.degree.level1-
thesis.degree.nameMestrado em Relações Internacionais - Estudos da Paz, Segurança e Desenvolvimento-
uc.degree.grantorUnitFaculdade de Economia-
uc.degree.grantorID0500-
uc.contributor.authorMarques, Mariana Monteiro::0009-0005-5418-2641-
uc.degree.classification17-
uc.degree.presidentejuriPureza, José Manuel Marques Silva-
uc.degree.elementojuriFazendeiro, Bernardo da Silva Relva Teles-
uc.degree.elementojuriSantos, Sofia José Figueira-
uc.contributor.advisorFazendeiro, Bernardo da Silva Relva Teles-
item.languageiso639-1pt-
item.fulltextCom Texto completo-
item.grantfulltextopen-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.openairetypemasterThesis-
item.cerifentitytypePublications-
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
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