A importância da empatia histórica na compreensão do conhecimento histórico

Abstract

Faced with the need to think about new strategies to deal with increasingly unmotivated and uninterested students, teacher should use tools that make history classes more dynamic. In the last few decades, many investigators developed studies in order to understand how the use of second order concepts, like historical empathy, works to increase students’ motivation and achieve a deep understanding of the realities addressed. Often these realities are unintelligible to students who, because they don’t understand them properly, disregard them. Understanding historical empathy as a students’ capacity to understand the actions, intentions and thoughts of historical agents, as well as the existence and functioning of historical institutions, framed by the historical context in which they were inserted, it is in this sense that I consider it important to include in History classes teaching resources that, like empathy, allow creating greater dynamic with students, while at the same time allowing them to improve their historical understanding, when thinking about the realities of the past from the corresponding framework of values and not their own reality. Therefore, throughout the pedagogical internship that took place in the 2022/2023 academic year, I carried out a study with 8th grade students to understand whether the use of historical empathy in History classes would have an influence on the students’ relationship with the subject. Through the use of various types of exercises on different themes, I tried to assess the levels of historical empathy reached by the students, as well as their evolution throughout the year. Although oscillations were observed, the results achieved allow me to state that the use of historical empathy had a positive effect, both on the academic results of the students and on the motivation with which the students began to face History.

Confrontados com a necessidade de pensar novas estratégias para fazer face a estudantes cada vez mais desmotivados e desinteressados, os professores devem fazer uso de ferramentas que tornem as aulas de História mais dinâmicas. Nas últimas décadas, vários investigadores desenvolveram estudos de forma a entender de que maneira a utilização de conceitos de segunda ordem, como a empatia histórica, funcionam no sentido de aumentar a motivação dos estudantes e atingir uma profunda compreensão das realidades abordadas. Com frequência, estas mesmas realidades são ininteligíveis para os alunos que, por não as compreenderem devidamente, as desconsideram.Entendendo por empatia histórica a capacidade de os alunos compreenderem as ações, intenções e pensamentos de atores históricos, bem como a existência e funcionamento de instituições históricas, enquadrados no contexto histórico em que se inseriram, é neste sentido que considero importante a utilização de recursos didáticos nas aulas de História que, como a empatia histórica, permitam criar uma maior dinâmica com os estudantes, ao mesmo tempo que lhes permitem melhorar a sua compreensão histórica, ao pensarem as realidades do passado a partir o quadro de valores correspondente e não da sua própria realidade. Desta forma, ao longo do estágio pedagógico que decorreu no ano letivo 2022/2023, realizei um estudo com alunos do 8º ano para compreender se a utilização da empatia histórica nas aulas de História teria influência na relação dos estudantes com a disciplina. Através da realização de várias tipologias de exercícios sobre temáticas variadas, procurei avaliar os níveis de empatia histórica atingidos pelos estudantes, bem como a sua evolução ao longo do ano. Apesar de terem sido observadas oscilações, os resultados atingidos permitem afirmar que a utilização da empatia histórica teve um efeito positivo, tanto nos resultados académicos dos estudantes, como na motivação com que os alunos passaram a encarar a História.