Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/111672
Title: O jornalismo lento no mundo da velocidade: o caso do Gerador
Other Titles: Slow Journalism in a speed driven world: the case of Gerador
Authors: Cruz, Débora Regina Bastos
Orientador: Silva, João José Figueira da
Keywords: Speed; Journalism; Slow Journalism; Interview; affirmation; Velocidade; Jornalismo; Jornalismo lento; Entrevista; afirmação
Issue Date: 19-Oct-2023
Serial title, monograph or event: O jornalismo lento no mundo da velocidade: o caso do Gerador
Place of publication or event: Gerador
Abstract: From the 1990s onwards, the advent of digitalization and the popularization of the Internet triggered a reconfiguration of the processes of production, dissemination and reception of journalistic content. These changes have enabled a media ecosystem in which speed emerges as a competitive advantage and in which the quality of information is conceived as a secondary objective. In this context, slow journalism was born, a term coined by Susan Greenberg, in 2007, which arises as a corrective or a complement to the “fast” journalism produced by mainstream media outlets.This study was carried out on the independent Portuguese platform of journalism, culture and education, Gerador, which sees itself as a media outlet that produces slow journalism. Interviews carried out during the curricular internship were analyzed to identify the principles and practices that guide this type of journalistic production, taking into account its difficulties in affirmation and conceptualization. In terms of the practices carried out, it was observed that the concept of slow journalism does not introduce particularities exclusive to this type of journalistic production.However, it is concluded that the principles promoted by this type of journalism place the emphasis on respect: for the complexity of the themes, for the production time, for the journalist's work, for the rhythm of the interviewees and for the interest of the public. In this sense, it is emphasized that, between journalists and sources, a relationship based on hospitality and availability is promoted. At the same time, the public is understood, not as a consumer, but as a co-producer who contributes to the construction of the contents produced.It is important to highlight that it is necessary to understand this type of journalistic production as a counterpoint to speed as the norm for the production and consumption of news content. Dissecting and analyzing its characteristics in an isolated way takes away from the richness of this way of thinking and doing journalism.
A partir da década de 1990, o advento da digitalização e a popularização da Internet espoletaram a reconfiguração dos processos de produção, disseminação e receção de conteúdos jornalísticos. Estas mudanças viabilizaram um ecossistema mediático em que a velocidade emerge como uma vantagem competitiva e em que a qualidade das matérias informativas é concebida como um objetivo secundário. Neste contexto, nasce o jornalismo lento, termo cunhado por Susan Greenberg, em 2007, que emerge como um corretivo ou um complemento do jornalismo “rápido” produzido pelos órgãos de comunicação social mainstream.Este estudo foi realizado na plataforma portuguesa independente de jornalismo, cultura e educação, Gerador, que se assume como um órgão de comunicação produtor de jornalismo lento. Foram analisadas entrevistas feitas durante o estágio curricular para identificar os princípios e práticas que orientam este tipo de produção jornalística, atendendo às suas dificuldades de afirmação e de conceptualização. Ao nível das práticas, observou-se que a conceção de jornalismo lento não apresenta particularidades exclusivas deste tipo de produção jornalística.Conclui-se, no entanto, que os princípios promovidos por este tipo de jornalismo colocam a tónica no respeito: pela complexidade dos temas, pelo tempo de produção, pelo trabalho do jornalista, pelo ritmo dos entrevistados e pelo interesse dos cidadãos. Neste sentido, sublinha-se que, entre os jornalistas e as fontes, é promovida uma relação pautada pela hospitalidade e disponibilidade. Em simultâneo, o público é entendido, não como um consumidor, mas como um co-produtor que contribui para a edificação dos trabalhos produzidos.Destaca-se que é necessário entender este tipo de produção jornalística como um contraponto à velocidade como norma de produção e de consumo de matérias informativas. Dissecar e analisar de forma isolada as suas características subtrai à riqueza desta forma de pensar e de fazer jornalismo.
Description: Relatório de Estágio do Mestrado em Jornalismo e Comunicação apresentado à Faculdade de Letras
URI: https://hdl.handle.net/10316/111672
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

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