Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/111523
Title: Tratamento de exacerbações de asma aguda em crianças 2-5 anos
Other Titles: Management of acute asthma exacerbations in children aged 2-5 years
Authors: Silva, Renato Gouveia da
Orientador: Costa, Ana Maria Pego Todo-Bom Ferreira da
Pinto, Anabela Mota
Keywords: Asma; Terapêutica; Criança; Pré-escolar; Tratamento de emergência; Asthma; Therapeutics; Child; Preschool; Emergency Treatment
Issue Date: 30-May-2023
Serial title, monograph or event: Tratamento de exacerbações de asma aguda em crianças 2-5 anos
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Introdução: Asma é uma doença crónica comum na população portuguesa, mas o seu diagnóstico em crianças com idade inferior a 6 anos é controverso. A exacerbação asmática representa um agravamento agudo da sintomatologia respiratória, frequentemente provocada por exposição a alergénios, poluentes ambientais, vírus respiratórios, exercício físico e stress emocional. O tratamento da exacerbação asmática baseia-se numa abordagem por passos que compreende a instauração de planos terapêuticos sucessivos. Dada a elevada prevalência na idade pediátrica, é essencial identificar estratégias que demonstrem efetividade no tratamento da exacerbação asmática nesta população. Este artigo pretende rever o conhecimento atual sobre a gestão e tratamento da exacerbação asmática em crianças de 2-5 anos, avaliando também o seu impacto no controlo da doença.Materiais e métodos: Foram pesquisados artigos de revisão recentes nas bases de dados PubMed, The Cochrane Library e Web of Science e recorreu-se ao relatório de 2022 da Global Initiative for Asthma.Resultados e discussão: A abordagem inicial da exacerbação asmática em crianças é realizada pelos cuidadores. A avaliação da gravidade dos sintomas é essencial para determinar o curso de ação a ser tomado. É recomendado que os cuidadores tenham um plano de ação individualizado que inclua medicação e dosagem, além de critérios que indiquem a necessidade procurar avaliação médica. O tratamento inicial para exacerbação asmática são agonistas adrenérgicos β2 de curta duração de ação administrados por inaladores pressurizados. A administração de corticosteroides por cuidadores é de indicação questionável. No contexto hospitalar, a avaliação inicial da criança com exacerbação asmática inclui a realização de história clínica, a qualificação da severidade da exacerbação e a administração de agonistas adrenérgicos β2 de curta duração de ação inalados e oxigenoterapia se saturação periférica de oxigénio inferior a 92%. Pode ainda ser considerada a utilização de terapêuticas adjuvantes de segunda linha, como corticosteroides sistémicos, anticolinérgicos inalados e sulfato de magnésio intravenoso. Em exacerbação asmática severa refratária à terapêutica deve ser considerada a transferência para unidade de cuidados intensivos atendendo à possível evolução para insuficiência respiratória aguda que requer suporte ventilatório. Após o episódio agudo é essencial confirmar a recuperação e adaptar a estratégia de controlo junto do cuidador para prevenir exacerbações futuras.Conclusão: A abordagem da exacerbação asmática em crianças de 2 a 5 anos é complexa. É crucial capacitar os cuidadores para manter o controlo da asma e diminuir necessidade de tratamento hospitalar. A terapêutica deve ser individualizada, considerando a severidade e resposta individual. A gestão pós episódio é importante para prevenir futuras exacerbações. Existe necessidade de estudar padrões etiológicos de asma e aplicabilidade de diferentes terapêuticas de controlo e alívio que permitam diminuir a prevalência de exacerbação asmática e melhorar a sua resposta nesta faixa etária.
Introduction: Asthma is a common chronic disease in the Portuguese population, but its diagnosis in children under 6 years of age is controversial. Asthma exacerbation represents an acute worsening of respiratory symptoms, often triggered by exposure to allergens, environmental pollutants, respiratory viruses, physical exercise, and emotional stress. The treatment of asthma exacerbation is based on a stepwise approach that involves the implementation of successive therapeutic plans. Given the high prevalence in the pediatric age group, it is essential to identify strategies that demonstrate effectiveness in the treatment of asthma exacerbation in this population. This article aims to review current knowledge on the management and treatment of asthma exacerbation in children aged 2-5 years, also evaluating its impact on disease control.Materials and methods: Recent review articles were searched in the PubMed, The Cochrane Library, and Web of Science databases and the "Global Strategy for Asthma Management and Prevention, 2022" report from the Global Initiative for Asthma was consulted.Results and discussion: The initial approach to asthma exacerbation in children is carried out by caregivers. The assessment of symptom severity is essential to determine the course of action to be taken. Caregivers are recommended to have an individualized action plan that includes medication and dosage, as well as criteria indicating the need for medical evaluation. The initial treatment for asthma exacerbation is short-acting β2-adrenergic agonists administered by pressurized inhalers. The administration of corticosteroids by caregivers is of questionable indication. In the hospital context, the initial evaluation of a child with asthma exacerbation includes taking a clinical history, qualifying the severity of the exacerbation, and administering inhaled short-acting β2-adrenergic agonists and oxygen therapy if peripheral oxygen saturation is below 92%. The use of second-line adjuvant therapies, such as systemic corticosteroids, inhaled anticholinergics, and intravenous magnesium sulfate, may also be considered. In severe asthma exacerbation refractory to therapy, transfer to an intensive care unit should be considered due to the possible evolution to acute respiratory failure that requires ventilatory support. After the acute episode, it is essential to confirm recovery and adapt the control strategy with the caregiver to prevent future exacerbations.Conclusion: The approach to asthma exacerbation in children aged 2-5 years is complex. It is crucial to educate caregivers to maintain asthma control and reduce the need for hospital treatment. Therapy should be individualized, considering severity and individual response. Post-episode management is important to prevent future exacerbations. There is a need to study the etiological patterns of asthma and the applicability of different control and relief therapies that allow for a decrease in the prevalence of asthma exacerbation and an improvement in its response in this age group.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/111523
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

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