Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/111463
Title: Frequência de sinais e sintomas indevidamente colocados como doença crónica em Medicina Geral e Familiar
Other Titles: Frequency of Signs and Symptoms improperly classified as chronic disease in General Practice/ Family Medicine
Authors: Calisto, Bruno Filipe Micael
Orientador: Paiva, Bárbara Cecília Bessa dos Santos Oliveiros
Santiago, Luiz Miguel de Mendonça Soares
Keywords: Medicina Geral e Familiar; Registos Clínicos; Classificações; ICPC2; Primary Care; Medical Records; Classifications; ICPC2
Issue Date: 31-May-2023
Serial title, monograph or event: Frequência de sinais e sintomas indevidamente colocados como doença crónica em Medicina Geral e Familiar
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Introdução: O uso adequado da Classificação Internacional de Cuidados Primários (ICPC-2) associa-se a boa prática clínica. Classificações indevidamente colocadas (CIC) nas listas de problemas crónicos podem descredibilizar estudos que delas dependem, prejudicar a comunicação entre médicos e o seguimento do utente. Apesar de amplamente usada em Portugal, verifica-se carência de estudos nacionais sobre a correta utilização da ICPC-2. Objetivou-se verificar a frequência de CIC registadas como problema crónico em Medicina Geral e Familiar (MGF).Métodos: Realizou-se um estudo observacional transversal, com intenção analítica, dos dados de USF aleatoriamente escolhidas e fornecidos pelos serviços de informática da Administração Regional de Saúde do Centro. Obtiveram-se, em anonimato, onze classificações pré-selecionadas, A01, A03, A04, L03, L13, L15, K01, K06, P01, P03 e P20, presentes nas listas de problemas crónicos de utentes seguidos em 6 Unidades de Saúde Familiar (USF), sorteadas, do concelho de Coimbra.Resultados: Nos 59152 inscritos nas 6 USF, verificaram-se em 8548 (14,5%) utentes as classificações pré-selecionadas na lista de problemas crónicos. As três classificações mais frequentes foram: L03 - Sintoma/Queixa Da Anca (22,6%), P01 - Sensação De Ansiedade/Nervosismo/Tensão (22,1%) e L15 - Sintoma/Queixa Do Joelho (14,3%). Duas USF, uma modelo A e outra B, apresentaram maior frequência de CIC com 18,8% e 17,5%. Verificaram-se diferenças significativas por sexos com predominância no feminino, 64% (χ2, p<0,001). Por faixa etária, a dos 35 aos 64 anos teve maiorfrequência relativa, 43,9%, (χ2, p<0,001). O modelo de USF não pareceu influenciar a frequência de CIC.Discussão: Sinais e sintomas classificados como patologia crónica em MGF é algo que deve ser evitado para prevenir dados estatísticos enviesados, sendo obrigação dos médicos e do Sistema Informático de registos obviar a CIC.Conclusão: Verificou-se frequência de 14,5% de CIC em região com elevada responsabilidade na saúde e na formação pré e pós graduada em MGF. A melhoria do sistema informático, a formação contínua de médicos de MGF no correto uso da ICPC-2, a revisão periódica dos problemas crónicos e a sua validação por pares podem ser táticas para a melhoria, tal como a adesão à ICPC-3.
Introduction: The proper use of the International Classification of Primary Care (ICPC-2) is associated with good clinical practice. Improperly placed classifications (CIC) on the lists of chronic problems may discredit studies that depend on them, impairing communication between physicians and patient follow- up. Although widely used in Portugal, there is a lack of national studies on the correct use of the ICPC- 2. We aimed to verify the frequency of CIC recorded as a chronic problem in General Practice/Family Medicine (GPFM).Methods: This was a cross-sectional observational study with analytical intent, using data from randomly selected Family Health Units (FHUs) provided by the computer services of the Regional Health Administration of the Center. Eleven pre-selected classifications (A01, A03, A04, L03, L13, L15, K01, K06, P01, P03, and P20), present in the lists of chronic problems of users, followed by 6 randomly chosen FHUs of the municipality of Coimbra, were obtained in anonymity.Results: In the 59152 enrolled in the 6 FHUs, there were 8548 (14.5%) users with the pre-selected classifications on the chronic problems list. The three most frequent classifications were L03 – Low Back Symptom/Complaint (22.6%), P01 - Feeling Anxious/Nervous/Tense (22.1%) and L15 - Knee Symptom/Complaint (14.3%). Two FHUs, one model A and the other model B, showed a higher frequency of CIC with 18.8% and 17.5%, respectively There were significant differences by gender with a predominance of females at 64% (χ2, p<0.001). By age group, 35 to 64 years had the highest relative frequency, 43.9%, (χ2, p<0.001). The FHU model did not appear to influence the frequency of CIC. Discussion: Signs and symptoms as a chronic problem in GPFM is something that should be avoided to prevent biased statistical data, as is the obligation of doctors and the Computerized Records System to prevent CIC.Conclusions: We found a 14.5% frequency of CIC in a region with high responsibility in health care and in pre- and post-graduate training in GPFM. Improvement of the computer system, ongoing training of GPFM physicians in the correct use of ICPC-2, periodic reviews of chronic problems, and their peer validation may be tactics for improvement, as may adherence to ICPC-3.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/111463
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File SizeFormat
TESE - Bruno Calisto.pdf471.92 kBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s)

20
checked on Apr 24, 2024

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons