Bronquiectasias Não-FQ Pós-Infeciosas: Uma Revisão dos Agentes Microbianos e Apresentação Clínica Associada

Abstract

Non-CF Bronchiectasis are a heterogeneous disease associated with chronic infection and multiple etiologies. An increase in prevalence and incidence is currently being seen as global ageing takes place. In most cases, no cause can be attributed to the disease, however, in most countries, postinfection bronchiectasis are most common. Among frequently studied pathogenic agents, bacteria have been the main focus of investigation in recente years, mainly Pseudomonas aeruginosa, and the role of less frequente bacteria, fungus and virus remains mostly unknown when it comes to clinical evolution. This narrative review gathered 31 articles through the PubMed database, published between the years 2002 and 2022, that have focused mainly on non-CF bronchiectasis, searched using different combinations of the terms Bronchiectasis, Postinfection, Non-CF, Microbiome, e Aetiology.Several studies have mostly investigated the impact of chronic bacterial infection in disease progression and frequency of exacerbations, although some recent articles have elucidated a new perspective on the effect of other atypical agents on exacerbation severity, such as Aspergillus, Veilonella and Prevotella when identified in an isolated manner and by coinfection of Coronavirus, Rhinovirus and Influenza when associated with a bacterial infection. It is possible then, that new investigations directed towards these genera of microbial agents and their correlation with clinical phenotypes might shed a new light upon novel therapeutic strategies and practical detection techniques for this growing disease.

As bronquiectasias não-FQ são uma doença heterogénea associada a infeção crónica e múltiplas etiologias. A sua prevalência e incidência tem vindo a aumentar com a esperança média de vida global. Na maioria dos casos, não está associada a uma causa atribuível, contudo, reconhece-se a etiologia pós-infeciosa como a mais prevalente na maioria dos países. Dentro dos agentes patogénicos estudados, as bactérias têm sido principal alvo de estudo em anos recentes, sobretudo a Pseudomonas aeruginosa, e o papel de outras bactérias menos frequentes, vírus e fungos na evolução clínica da doença permanece desconhecido.Esta revisão narrativa selecionou 31 artigos através da base de dados PubMed publicados desde 2002 com foco nas bronquiectasias não fibrose quística através de combinações diferentes dos termos Bronchiectasis, Postinfection, Non-CF, Microbiome, e Aetiology.Vários dos estudos investigaram sobretudo o impacto da infeção crónica por bactérias na progressão da doença e frequência de exacerbações, contudo, alguns artigos recentes elucidam uma nova perspetiva do efeito sobre a severidade de agudizações por outros agentes atípicos como Aspergillus, Veilonella, Prevotella isoladamente e por coinfeção com Coronavirus, Rinovirus e Influenza associado a infeção bacteriana. É então possível que novas investigações direcionadas a este género de agentes e a sua correlação com fenótipos clínicos possam iluminar novas estratégias terapêuticas e técnicas de deteção práticas para esta doença crescente.