Compassion in medicine students and the practice of extracurricular activities of physical exercise: differences between solo and group practice?

Abstract

Introdução A compaixão é essencial na relação médico-doente e pode ser aumentada através de treinos específicos e de experiências. O declínio observado entre estudantes de medicina, futuros profissionais de saúde, ao longo do curso, pode, teoricamente, ser prevenido através de estratégias como o exercício físico que têm impacto notório no aumento das capacidades sociais, satisfação com a vida e saúde mental, levando assim a melhores cuidados de saúde. No entanto, nenhum estudo prévio a este procurou estudar a influência da prática de exercício a solo ou em grupo nos níveis de compaixão dos estudantes de medicina.Materiais e métodos Um estudo transversal observacional foi efetuado com a disponibilização de um questionário via “Google Forms” aos estudantes de medicina da “Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra”. Este questionário incluía a subescala da compaixão da “Escala de Jefferson de Empatia Médica- Versão Estudantes”, bem como questões relativas ao sexo, ano de curso, satisfação com o sucesso académico, média de curso e prática de exercício físico, mais especificamente a frequência e se a prática era feita individualmente ou em grupo. Estatística descritiva e inferencial foi, posteriormente, efetuada.Resultados Não foi detetada qualquer associação entre a prática de exercício físico individualmente ou em grupo e a compaixão total, nem entre o ano do curso e a compaixão. No entanto, a compaixão no sexo feminino (média: 13.89 [7 - 49]) foi superior à encontrada no sexo masculino (média: 15.87), já que um valor inferior corresponde a uma compaixão mais elevada (p=0.004). Estudantes que alternaram entre prática individual e em grupo, alcançaram média de curso superior (p=0.007). Os estudantes efetuaram mais prática em grupo face a individual nos anos de curso superiores (p=0.045) e o nível de compaixão mais comum foi “Baixo”.Discussão A associação entre prática individual ou em grupo de exercício físico e a compaixão foi, pela primeira vez, estudada. Devido à importância da compaixão na prestação de cuidados de saúde, qualquer intervenção capaz de alterar o nível mais comum de compaixão (“Baixo”) é essencial. A tendência para aumento da prática de exercício em grupo nos anos de curso mais avançados pode ser uma estratégia de coping importante para lidar com o aumento das dificuldades e do stress.ConclusãoNão foi detetada qualquer influência da prática de exercício físico em grupo contra a solo nos níveis de compaixão total, na média do curso ou na satisfação com o sucesso académico. No entanto, a alternância entre essas duas modalidades de exercício mostraram ter um impacto positivo na média. Futuros estudos são necessários para comprovar este efeito.Palavras-chave: Compaixão, empatia, estudantes de medicina, exercício físico, individual, prática em grupo.

Introduction Compassion is essential in the healthcare provider-patient relationship and can be improved through training and experiences. The decline in compassion among medical students, future healthcare providers, can theoretically be prevented through strategies such as physical exercise, which has been shown to improve social skills, self-life satisfaction, and mental health, leading to better patient care. However, no study before this one attempted to study the influence of individual or group practice in compassion levels of medical students.Material and methodsA cross-sectional observational study was conducted via an online “Google Forms” questionnaire in medical students of “Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra”. The questionnaire included the compassion sub-scale of “Jefferson Scale of Physician Empathy- student version”, as well as inquiries about sex, course year, satisfaction with academic achievements, mean overall grade, physical exercise frequency and solo or group practice. Descriptive and inferential analysis was conducted.ResultsNo association was found between individual or group physical practice and compassion or course year and compassion. However, compassion in female students (mean compassion score: 13.89 [7 - 49]) was higher than that in male students (mean compassion score: 15.87), as a lower score indicates higher compassion (p=0.004). Additionally, students who alternated between solo and individual physical practice achieved better mean overall grade (p=0.007). Students were found to engage more in group exercise in the latter stages of their course (p=0.045) and the most common compassion level observed in the sample was “Low”.Discussion The association of individual or group physical exercise habits and compassion was studied for the first time. Due to the importance of compassion in healthcare, any possible intervention capable of altering the most common compassion level of “Low” is essential. The increased tendency for group exercise in more advanced years may be a useful coping mechanism in dealing with increased stress and difficulties. ConclusionNo influence of individual or group physical exercise practice was shown on compassion levels, mean overall grade or satisfaction with academic achievements. However, alternating between those was shown to positively impact mean overall grade, but further research is needed to confirm this effect. Key words: Compassion, empathy, medical students, physical exercise, solo, group practice