KIDNEY TRANSPLANT: DONOR ENDOTHELIAL DYSFUNCTION AS A MARKER OF PROGNOSIS IN RENAL GRAFT FUNCTION

Abstract

Introdução: A transplantação renal é o tratamento de eleição para a doença renal crónica terminal. Os dadores de critério expandido podem ter comorbilidades que prejudicam o resultado do transplante. O nosso estudo pretende investigar a relação entre a disfunção endotelial do dador e os resultados do transplante renal para potencialmente indicar novos critérios de seleção de dadores e técnicas para melhorar o prognóstico e qualidade de vida do doente transplantado.Métodos: Colhemos 21 fragmentos de artéria mesentérica e 6 fragmentos de tecido do corpo cavernoso dos dadores de órgãos, juntamente com os enxertos renais que foram posteriormente transplantados. O dano endotelial foi avaliado de acordo com a Classificação da AHA e testes funcionais. As características macroscópicas do enxerto e do dador foram examinadas e classificadas. Os fragmentos de tecido do corpo cavernoso não foram analisados. O resultado do transplante renal foi avaliado de acordo com a função do enxerto e os valores da creatinina sérica. Os dados foram analisados usando estatística descritiva.Discussão: A idade do dador associa-se a piores resultados em transplantação devido a alterações próprias da idade. Os dadores mais velhos pareceram ter maior grau de aterosclerose e piores características macroscópicas. Isto pode explicar o papel preditivo da idade na função do enxerto. Realizámos testes funcionais em metade das amostras. Os resultados não se provaram uteis e diminuíram o número de amostras viáveis, mas auxiliaram na seleção dos testes corretos para o estudo. A limitações do estudo incluem um baixo número de amostras de tecido do corpo cavernoso e um número insuficiente de amostras para realizar testes de estatística inferencial.Conclusão: O nosso estudo propõe que usar enxertos de dadores mais velhos, especialmente de dadores de critério expandido pode resultar numa menor qualidade macroscópica do enxerto e a piores resultados em transplantação. Apesar de não termos estabelecido um efeito estatisticamente significativo entre a aterosclerose microscópica e o resultado do transplante, cremos que essa relação pode existir. Não atingimos o objetivo primário do estudo – estabelecer uma nova ferramenta para avaliar a qualidade do enxerto antes do transplante -, mas consideramos ser um ponto de partida para trabalhos futuros. Sugerimos investigação futura com grupos amostrais maiores.

Introduction: Kidney transplantation is the treatment of choice for end-stage kidney disease. Expanded criteria donors may have conditions or diseases that can diminish transplant outcomes, making it necessary to assess the link between graft quality and transplant outcomes to improve donor selection. This study aims to investigate if there is a link between donor endothelium dysfunction and renal transplant outcomes, with the potential for new donor selection criteria and techniques to improve recipient prognosis and quality of life.Methods: We collected 21 fragments of mesenteric arteries and 6 cavernous tissue fragments from organ donors, along with kidney grafts that were later transplanted. The fragments were tested for endothelium damage using the AHA Classification and functional testing. Macroscopic features of the graft and donor were examined and classified. Cavernous tissue fragments were not evaluated. Kidney transplant outcome was appraised based on graft function and serum creatinine levels. Data were analyzed using descriptive statistics.Results: The study included 14 kidney transplants with eligible artery specimens for AHA classification. Out of the 11 ECD transplants, 2 lost function due to vascular/urologic reasons. AHA classification showed slight endothelial damage in 9 out of 11 inferior mesenteric arteries. 8 patients had immediate function, 4 had late function, and 2 kidneys had primary dysfunction. Macroscopic results were consistent with histological results. The donor with AHA score = 0 had lowest histological endothelium damage and best macroscopic assessment.Discussion: Donor age is linked to worse transplant outcomes due to age-related changes. Older donors seemed to have more atherosclerotic lesions and worse macroscopic characteristics, which may explain the predictive role of age in graft function. Functional tests were performed on half of the samples, but they did not prove to be useful for the study. This reduced the number of viable samples but helped in selecting the right tests for the study. Our study's limitations included inadequate cavernous tissue specimens and a low number of samples for inferential statistical tests.Conclusion: Our study proposes that using grafts from older donors with higher levels of atherosclerosis, especially expanded criteria donors, may result in lower macroscopic graft quality and worse transplant outcomes. Although a statistically significant effect was not established between histological atherosclerosis and transplant outcome, we believe a connection may exist. We did not achieve our primary goal of discovering a new pre-transplant graft quality assessment tool, but it is a starting point for future research. We suggest further investigation with larger donor pools.