Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/111279
Title: Alergia a Amendoim
Other Titles: Peanut Allergy
Authors: Teixeira, Sofia Loureiro da Costa Botelho
Orientador: Pereira, António Celso Dias Pais
Carrapatoso, Maria Isabel Paiva
Keywords: Alergia a Amendoim; Alergia Alimentar; Crianças; Prevenção da Alergia; Imunoterapia Oral com Alergénios; Peanut Allergy; Food Allergy; Children; Allergy Prevention; Allergen Oral Inmunotherapy
Issue Date: 23-Jun-2023
Serial title, monograph or event: Alergia a Amendoim
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC)
Abstract: This review article aims to present the current literature on peanut allergy with particular emphasis on new molecular diagnostic methods, primary allergy prevention and specific therapeutic approaches. Integration of the new evidence may motivate the creation of clinical guidelines and new practical approaches aimed at improving the quality of life of patients.The increasing global consumption of peanut products has led to an increasing prevalence and incidence worldwide. There are however different geographic sensitization patterns, most notably a north/south European gradient. The 17 known allergens have variable heat and digestive resistance and are present in disparate amounts in peanuts. Heat and digestive resistance is consistent with more severe, systemic clinical features and is associated with sensitisation to the most abundant allergens in the seed. Other less resistant allergens are cross-reactive with pollen or fruit allergens. Theese are associated with milder symptoms, the so-called oral allergy syndrome. The relevance of studying this pathology relates to the life-threatening anaphylactic clinic. It can be triggered even by minimum amounts of allergen, which is particularly frequent with accidental exposure to peanuts. Additionally this pathology usually presents itself in childhood and sensitisation can occur orally or epicutaneously. The reates of acquired tolerance are low. Therefore in the vast majority of cases, it becomes persistent.The gold standard diagnostic method remains the oral provocation test, but its practical applicability is limited by its cost and associated risks. Therefore, other tests are often used such as skin-prick tests or seric peanut sIgE dosing. Recently, IgE testing for specific allergens and component-based diagnosis has become possible. Still under investigation are basophil activation tests, mapping of IgE-binding epitopes and computational models.General measures are difficult and demanding, increasing patients' anxiety levels and drastically reducing their quality of life. Emergency medication with injectable adrenaline is effective, but dependent on correct identification by the patient and carers of allergic reactions. Also important is its appropriate use and availability, being that it is crucial that the patient carries it at all times.Primary prevention is a new approach. The introduction of peanuts in the diet of children up to 6 months of age has proven to be effective in preventing the development of peanut allergy in high-risk children, as evidenced by the LEAP study. Allergen immunotherapy, particularly oral immunotheraphy, can induce desensitisation. This is achieved by increasing the amount of peanut tolerated by the patient through increasing exposure to small doses of the allergen. The first immunotheraphy drug has been recently approved by the FDA and EMA. To mitigate the severe adverse reactions of this therapy, the use of adjuvants, in particular omalizumab, is being studied. However, the effect of immunotherapy in maintaining tolerance in the long term remains a limitation, since the suspension or reduction of maintenance doses seems to reverse its action.
Este artigo de revisão pretende a exposição da literatura atual referente à alergia ao amendoim, com particular ênfase nos novos métodos diagnósticos moleculares, prevenção primária da alergia e abordagens terapêuticas específicas. A integração da nova evidência poderá motivar a criação de orientações clínicas e novas abordagens práticas que visem a melhoria da qualidade de vida dos doentes. O aumento do consumo global de produtos à base do amendoim tem motivado uma prevalência e incidência crescentes mundialmente, verificando-se, contudo, diferentes padrões de sensibilização geográfica, a destacar o gradiente norte/sul europeu. Os 17 alergénios conhecidos apresentam características de resistência ao calor e à digestão e estão presentes em quantidades díspares no amendoim. A resistência térmica e digestiva coaduna-se com clínica mais grave e sistémica, associando-se à sensibilização aos alergénios mais abundantes na semente. Outros alergénios, menos resistentes, associam-se a reatividade cruzada com alergénios polínicos ou frutos, associando-se a sintomas mais leves, a chamada síndrome de alergia oral. A relevância do estudo desta patologia prende-se com a clínica anafilática ameaçadora de vida, despoletada mesmo por quantidades ínfimas de alergénio, particularmente frequente com a exposição acidental ao amendoim. Adicionalmente, surge maioritariamente na infância, podendo a sensibilização ocorrer por via oral ou epicutânea, e apresenta taxas baixas de aquisição tolerância, tornando-se persistente na grande maioria dos casos. O método diagnóstico gold standard permanece a prova de provocação oral, contudo a sua aplicabilidade prática é limitada pelos seus custos e riscos associados. Assim, mais frequentemente são utilizados testes cutâneos, como o skin-prick, ou séricos, como o doseamento de sIgE para o amendoim. Recentemente, tornou-se possível o doseamento de IgE para alergénios específicos e o diagnóstico baseado nos componentes. Ainda em investigação, encontram-se os testes de ativação de basófilos, o mapeamento dos epítopos ligantes de IgE e os modelos computacionais. As medidas gerais são de difícil execução e exigentes, aumentando os níveis de ansiedade dos doentes e reduzindo drasticamente a sua qualidade de vida. A medicação de emergência com adrenalina injetável é eficaz, mas dependente da correta identificação pelo doente e cuidadores de reações alérgicas, uso adequado e disponibilidade desta, sendo crucial que o doente a transporte sempre consigo. A prevenção primária constitui uma nova abordagem, sendo que a introdução do amendoim na dieta das crianças até aos 6 meses de idade, tem provado ser eficaz ao evitar o desenvolvimento de alergia ao amendoim em crianças de alto risco, como atesta o estudo LEAP. A imunoterapia com alergénios, particularmente por via oral, permite induzir dessensibilização, aumentando a quantidade de amendoim tolerada pelo doente através de exposição crescente a pequenas doses do alergénio, tendo sido recentemente aprovado o primeiro fármaco de imunoterapia pela FDA e EMA. Para mitigar as reações adversas graves desta terapêutica, está em estudo o uso de adjuvantes, em particular, do omalizumab. Contudo, o efeito da imunoterapia na manutenção da tolerância a longo prazo, permanece uma limitação, já que a suspensão ou redução das doses de manutenção parece reverter a sua ação.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/111279
Rights: embargoedAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

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