Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/111239
Title: Acesso aos Cuidados de Saúde Primários dos Refugiados da Ucrânia em Portugal
Other Titles: Ucrain refugees access to primary care
Authors: Teixeira, Maria Inês Azevedo
Orientador: Figueiredo, Inês Jorge de
Silva, Inês Rosendo de Carvalho e
Keywords: Cuidados de Saúde Primários; Ucrânia; Portugal; Refugiado; Primary Health Care; Ukraine; Portugal; Refugee
Issue Date: 2-Jun-2023
Serial title, monograph or event: Acesso aos Cuidados de Saúde Primários dos Refugiados da Ucrânia em Portugal
Place of publication or event: FMUC
Abstract: Introdução: No decurso da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, Portugal já concedeu aproximadamente 58043 proteções temporárias a cidadãos refugiados ucranianos. A proteção temporária permite a atribuição de um número de utente do Serviço Nacional de Saúde, a partir do qual qualquer pessoa pode recorrer a cuidados de saúde primários ou secundários de forma gratuita. Este estudo apresenta como objetivo principal avaliar as condições de acesso dos refugiados ucranianos aos Cuidados de Saúde Primários em Portugal.Métodos: Realizou-se um estudo observacional e transversal, com colheita de dados através de um questionário em formato digital online, escrito em ucraniano, divulgado nas redes sociais e por correio eletrónico. A partir das respostas obtidas, foi criada uma base de dados em Excel e posteriormente procedeu-se à análise descritiva e qualitativa.Resultados: Foram analisados dados de 50 questionários preenchidos por indivíduos refugiados, 82% (n=41) do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 18 e os 67 anos, distribuídos pelo território nacional. Da totalidade dos inquiridos, 74% (n=37) sentiram-se doentes desde que chegaram a Portugal e 70% (n=35) recorreram aos Cuidados de Saúde Primários. Dos últimos, 71.43% (n=25) consideraram o atendimento médico adequado.Discussão: Desde que chegaram a Portugal, cerca de 78.38% (n=29) dos refugiados que se sentiram doentes procuraram ajuda médica nos Cuidados de Saúde Primários, dado este que se correlaciona com o facto de que 74.29% (n=26) das pessoas que recorreram aos mesmos terem selecionado como principal motivo “doença”. A duração da consulta, a comunicação e a empatia foram os parâmetros médicos melhor classificados. O tempo de espera entre a necessidade de assistência médica e a data de marcação da consulta de Medicina Geral e Familiar foi a queixa mais apontada.Conclusão: A maioria das pessoas refugiadas doentes recorreram aos Cuidados de Saúde Primários e o atendimento médico foi, de um modo geral, considerado adequado. A discrepância linguística não mostrou ser um fator condicionante na qualidade dos serviços de saúde. São necessários novos estudos prolongados no tempo e espaço para que os resultados possam ter maior validade externa.
Introduction: Since the start of the war between Russia and Ukraine, Portugal has given approximately 58043 Ukrainian citizen refugees temporary protections. Temporary protection allows the attribution of a National Health Service user number, which allows its holder to procure free primary and secondary health care. The main objective of this study is to evaluate the access conditions of Primary Health Care to Ukrainian refugees in Portugal. Methods: We conducted an observational and cross-sectional study by collecting data through an online digital questionnaire, written in Ukrainian, which was shared on social networks and email. Using the answers obtained, we created an Excel database and subsequently proceeded descriptive and qualitative analysis. Results: We analyzed 50 questionnaire answers from refugees individuals between the ages of 18 and 67, of which 82% (n=41) were female, from across the country. Our data showed that 74% (n=37) of people that answered have at some point felt ill since they arrived in Portugal and 70% (n=35) declared that they used Primary Health Care, of which 71.43% (n=25) considered the medical care was adequate.Discussion: Since they arrived in Portugal, 78.38% (n=29) of Ukrainian refugees who felt sick procured medical help from Primary Health Care and that correlates with the fact that 74.29% (n=26) of the people who resorted to them had selected “illness” as main reason.The duration of consults, communication ability and empathy levels were the best classified medical parameters. On the other hand, the waiting time between the need for medical assistance and the scheduled General and Family Medicine consult date was the major complaint appointment.Conclusion: The majority of Ukrainian refugees have used Primary Health Care and have considered that the medical care provided was generally adequate. The linguistic barrier wasn’t a significant conditioning factor to the quality of healthcare services. In the future, new studies that are more prolonged in both the time and the areas researched are needed in order to obtain results with greater external validity.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/111239
Rights: embargoedAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

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