Please use this identifier to cite or link to this item:
https://hdl.handle.net/10316/106783
Title: | Procriação Medicamente Assistida em Ciclo Natural: Avaliação dos Resultados de um Departamento de Medicina da Reprodução | Other Titles: | Medically Assisted Reproduction in Natural Cycle: Outcome Evaluation of a Reproductive Medicine Department | Authors: | Alves, Mariana Carlos Marques, Andreia Leitão Leite, Helena Barros Sousa, Ana Paula Almeida-Santos, Teresa |
Keywords: | Ciclo Menstrual; Gravidez; Técnicas de Reprodução Assistida; Menstrual Cycle; Pregnancy; Reproductive Techniques, Assisted | Issue Date: | 1-Feb-2019 | Publisher: | Ordem dos Médicos | Serial title, monograph or event: | Acta Medica Portuguesa | Volume: | 32 | Issue: | 1 | Abstract: | Introdução: As técnicas de procriação medicamente assistida em ciclo natural têm sido investigadas, sobretudo em mulheres com má
resposta à estimulação ovárica convencional, observando-se melhor recetividade endometrial, custo inferior e possibilidade de realização
de ciclos sucessivos. Como desvantagens salientam-se: menor eficácia por ciclo de tratamento e maior taxa de cancelamento.
O objetivo definido para este trabalho foi determinar a taxa de gravidez evolutiva em mulheres inférteis, submetidas a procriação
medicamente assistida em ciclo natural.
Material e Métodos: Estudo retrospetivo de 149 ciclos de procriação medicamente assistida sem estimulação ovárica de 50 mulheres
inférteis, entre janeiro de 2011 e outubro de 2014.
Resultados: As mulheres submetidas a procriação medicamente assistida em ciclo natural tinham, em média, 36,1 anos. Aproximadamente
metade (46,0%) dos ciclos realizaram-se em más respondedoras. No dia do desencadeamento da ovulação o diâmetro médio
do folículo foi 17,5 mm. Cancelaram-se 23 ciclos (15,4%) previamente ao desencadeamento. Em 8 ciclos (5,3%) ocorreu ovulação
entre o desencadeamento e a punção folicular. Na maioria dos ciclos (n = 118; 79,2%) efetuou-se punção folicular, realizando-se técnica
de procriação medicamente assistida em 71 (47,6%), maioritariamente injeção intracitoplasmática. A taxa de fecundação global
foi 63,8%. Em 40 ciclos (26,8%) houve transferência embrionária. A taxa de implantação e de gravidez evolutiva por transferência
embrionária foram de 35,0% e 25,0%, respetivamente. A maioria das gestações ocorreu em más respondedoras, conforme critérios
de Bolonha.
Discussão: Apesar de a taxa de gravidez por ciclo iniciado ser de 6,7%, a taxa de gravidez evolutiva por transferência embrionária
é bastante satisfatória, sendo mulheres com respostas desfavoráveis em tratamentos prévios. As taxas relativamente elevadas de
cancelamento do ciclo são atenuadas pela simplicidade e menor custo destes ciclos.
Conclusão: Os resultados obtidos neste trabalho demonstram que as técnicas de procriação medicamente assistida em ciclo natural
podem ser uma alternativa de tratamento à estimulação ovárica em doentes com mau prognóstico, cuja alternativa seria o recurso à
doação de ovócitos. Introduction: Medically assisted reproduction in natural cycle has been investigated, especially in women with poor response to conventional ovarian stimulation, with endometrial receptivity improvement, lower cost and possibility of successive cycles. The disadvantages are: lower profitability per treatment cycle and higher cancellation rate. The aim of this study was to determine the rate of clinical pregnancy in infertile women subjected to medically assisted reproduction in natural cycle. Material and Methods: Retrospective study of 149 medically assisted reproduction without ovarian stimulation of 50 infertile women, between January/2011 and October/2014. Results: The mean age of women undergoing medically assisted reproduction in natural cycle was 36.1 years. Approximately half (46.0%) of the cycles were performed in poor responders. On the day of ovulation trigger, the mean diameter of the follicle was 17.5 mm. Twenty-three cycles (15.4%) were canceled prior to ovulation trigger. In 8 cycles (5.3%), ovulation occurred between ovulation trigger and oocyte retrieval. In the majority of cycles (n = 118; 79.2%) oocyte retrieval was executed, a medically assisted reproduction technique was performed in 71 (47.6%), mostly intracytoplasmic injection. The overall fertilization rate was 77.5%. In 40 cycles (26.8%) there was embryo transfer. The implantation rate and the clinical pregnancy rate by embryo transfer was 35.0% and 25.0%, respectively. Most pregnancies occurred in poor responders, according to Bologna criteria. Discussion: Although the pregnancy rate per cycle started was 6.7%, the rate of clinical pregnancy per embryo transfer is quite satisfactory, being a group of women with unfavorable responses in previous treatments. The relatively high rates of cycle cancellation are mitigated by the greater simplicity and lower cost of these cycles. Conclusion: The results obtained in this study demonstrate that Medically Assisted Reproduction in natural cycle may be an alternative treatment for ovarian stimulation in patients with poor prognosis, whose only alternative would be oocyte donation. |
URI: | https://hdl.handle.net/10316/106783 | ISSN: | 1646-0758 0870-399X |
DOI: | 10.20344/amp.10195 | Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | FMUC Medicina - Artigos em Revistas Nacionais |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Medically-assisted-reproduction-in-natural-cycle-Outcome-evaluation-of-a-reproductive-medicine-departmentActa-Medica-Portuguesa.pdf | 274.01 kB | Adobe PDF | View/Open |
SCOPUSTM
Citations
1
checked on Sep 30, 2024
WEB OF SCIENCETM
Citations
1
checked on Oct 2, 2024
Page view(s)
82
checked on Oct 8, 2024
Download(s)
120
checked on Oct 8, 2024
Google ScholarTM
Check
Altmetric
Altmetric
This item is licensed under a Creative Commons License