Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/106407
Title: INFEÇÃO SARS-CoV-2 / COVID-19 EM PESSOAL HOSPITALAR – O ANO APÓS A INFEÇÃO –
Other Titles: The year after SARS-CoV-2 infection in healthcare workers
Authors: Matos, Sara Alexandra Alves de
Orientador: Ferreira, António Jorge Correia Gouveia
Castro, Rui Sarmento e
Keywords: Infeção SARS-CoV-2/COVID-19; Risco Biológico; COVID-longo; Doença profissional; Imunidade; COVID-19/SARS-CoV-2 Infection; Biological Hazard; Long-COVID; Occupational Disease; Immunity
Issue Date: 28-Feb-2022
Serial title, monograph or event: INFEÇÃO SARS-CoV-2 / COVID-19 EM PESSOAL HOSPITALAR – O ANO APÓS A INFEÇÃO –
Place of publication or event: Centro Hospitalar Universitário do Porto
Abstract: Introdução: Os profissionais de saúde do CHUPorto estiveram na primeira linha da pandemia SARS-CoV-2/COVID-19. Entre março e o início de maio de 2020 (março-maio), apesar da rápida disseminação na população geral, os casos nos profissionais eram, maioritariamente, circunscritos a cadeias de transmissão intra-hospitalares. Estas infeções em contexto hospitalar foram reconhecidas como doença profissional que, após convalescença da fase aguda, determinaram a avaliação da aptidão para as atividades habituais, com definição de condicionantes e recomendações decorrentes de eventuais limitações. Objetivos: Nos trabalhadores do CHUPorto infetados pelo SARS-CoV-2, avaliar os seguintes parâmetros: 1) Distribuição demográfica, topológica e cronológica da expressão epidemiológica da pandemia COVID-19; 2) Identificação de fatores de risco para a infeção, nomeadamente nas suas formas graves; 3) Avaliação do impacto psicológico e das eventuais sequelas tardias; 4) Determinação da resposta humoral após infeção pelo SARS-CoV-2 ao longo de um ano de observação. Metodologia: Os trabalhadores infetados entre mar-mai20, foram acompanhados telefonicamente durante o período de doença e observados em exame ocasional de saúde no Serviço de Saúde Ocupacional, após alta do isolamento. Ao longo de um ano, foram inquiridos sobre manifestações clínicas que relacionassem com a COVID-19, tendo sido propostos para realização de exames complementares de diagnóstico, conforme protocolo. Para avaliação estatística dos dados recorreu-se ao SPSS® e Excel®. Resultados: Confirmaram-se 193 infeções no CHUPorto – 4,3% do total de trabalhadores: 24% assistentes operacionais, 49% enfermeiros e 20% médicos, com apenas um reporte de exposição inequívoca não ocupacional; sexo feminino 76%; idade média 40 ± 12 anos; 43% doença crónica prévia; duração de sintomas agudos 12±9 dias, com 6% de casos grave e 1% muito graves. À data da alta, os sintomas mais reportados foram astenia (88%), alterações dos sentidos (66%) e mialgias (42%), com índice HADS moderado a grave (MG) em 15%; Aos 3 meses (m), os mesmos sintomas em 58, 39 e 35%; aos 6m, astenia (84%), cefaleias e mialgias (81%, cada), com HADS MG em 5%; aos 9m, astenia (60%), alterações dos sentidos (41%) e mialgias (38%); 12m, astenia 66%, cefaleias 53% e mialgias 44% e HADS MG 4%. Não se encontraram diferenças importantes no estudo analítico realizado, tendo os títulos de IgG decrescido ao longo do tempo. Uma trabalhadora mantém limitações na sua atividade profissional, decorrente da COVID-19, tendo sido mobilizada de serviço. 42% mantém sintomas que não limitam, de forma importante, a atividade profissional, mas que interferem no bem-estar físico e psicológico. Conclusão: A pandemia SARS-CoV-2 colocou um desafio sem precedentes a toda a Sociedade. Neste contexto, a resposta dos profissionais hospitalares ultrapassou largamente as estritas obrigações profissionais na defesa da saúde dos doentes. Após quase dois anos, a situação pandémica vai oscilando, contudo, os profissionais do CHUPorto estão vacinados e começaram a retoma das habituais tarefas e atividades. As síndromes pós-COVID, ainda sob investigação, assim como o impacto psicológico dos múltiplos fatores de risco psicossocial associados à pandemia, e a emergência de sucessivas variantes do SARS-CoV-2, não nos permitem repousar, havendo ainda muito trabalho a desenvolver no âmbito da saúde ocupacional no sector da saúde.
Introduction: Frontline CHUPorto healthcare workers (HcW) have been treating SARS-CoV-2/COVID-19 pandemic. Despite rapid spreading among general population, cases in HW were mostly confined to identifiable intra-hospital transmission chains. HW underwent assessment of aptitude for usual activities after convalescence from acute phase, given the assumption of these infections as occupational disease, with the definition of conditions and recommendations arising from possible limitations. Objectives: To demographically characterize and describe the epidemiological distribution of COVID-19 in CHUPorto HcW; to identify risk factors for COVID-19, especially severe forms; to assess eventual sequelae of COVID-19 in short/medium term; to assess the psychological impact of the infection on CHUPorto HcW; to evaluate the evolution of the humoral response to infection over the course of one year after diagnosis. Methodology: Workers infected between Mar-May20 were monitored by telephone during illness and observed in an occasional health examination at the Occupational Health Service, after discharge from isolation. Over the course of one year, they were asked about clinical manifestations related to COVID-19, and they were proposed to perform complementary diagnostic tests (CDT), according to protocol. For statistical evaluation of data we've used SPSS® and Excel®. Results: 193 infections were confirmed in CHUPorto’s HW – 4.3% of total workforce: 24% operational assistants, 49% nurses and 20% physicians, with only one report, in the epidemiological survey, of unequivocal non-occupational exposure; 76% female; mean age 40 ± 12 years; 43% with previous chronic illness; mean duration of acute symptoms 12±9 days, with 6% severe and 1% very severe. At discharge, the most reported symptoms were asthenia (88%), sensory alterations (66%) and myalgia (42%), with a moderate to severe HADS index (MS) in 15%; At 3 months (m), the same symptoms in 58, 39 and 35%; at 6m, asthenia (84%), headache and myalgia (81%, each), with HADS MS in 5%; at 9m, asthenia (60%), changes in the senses (41%) and myalgia (38%); 12m, asthenia 66%, headache 53% and myalgia 44% and HDAS MS 4%. No important differences were found in analytical study (blood count and biochemistry), with IgG titers decreasing over time. A female worker has limitations in her professional activity, resulting from COVID-19, having been mobilized from service. 42% of workers have symptoms that do not significantly limit their professional activity, but that interfere with physical and psychological well-being. Conclusion: SARS-CoV-2 pandemic posed an unprecedented challenge to our society. In this context, HcW’s response went far beyond strict professional obligations in defending patient’s health. Almost two years later, the pandemic is still inconstant, but CHUPorto professionals´ are resuming their usual tasks and activities. However, post-COVID syndromes, still under investigation, as well as the psychological impact of multiple psychosocial risk factors associated with the pandemic, and the emergence of new variants of SARS-CoV-2, do not allow us to rest, as there is still a lot of work to be done in the field of occupational health.
Description: Dissertação de Mestrado em Saúde Ocupacional apresentada à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/106407
Rights: embargoedAccess
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