Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/105103
Title: Plutarco e il teatro: un approccio politico filosofico.
Other Titles: Plutarco e o teatro: uma abordagem política filosófica
Authors: Liparotti, Renan Marques
Orientador: Silva, Maria de Fátima de Sousa e
Pace, Giovanna
Keywords: abordagem política filosófica; Plutarco; Teatro
Issue Date: 14-Jul-2022
Abstract: Esta tese tem como objetivo estudar a relação entre teatro, política e teoria da poesia mimética em Plutarco. De toda a obra do polígrafo de Queroneia, para que se obtivesse a devida profundidade de análise dentro das dimensões possíveis de uma tese, foi necessário selecionar um corpus de passos. Da leitura dos comentadores, pareceu claro que entre as Vidas Paralelas e os Moralia, a análise das biografias é que permitiria uma abordagem mais inovadora sobre a interligação entre políticos e teatro. Mesmo assim, realizou-se uma segunda seleção que tentou evidenciar os exemplos mais significativos a fim de proporcionar um quadro de diferentes lugares (Atenas, Esparta, Roma) e períodos históricos, desde a Atenas de Sólon até aquela de Péricles, continuando ao longo da época de Alexandre Magno e terminando por chegar à Roma republicana. A este corpus pertencem episódios, anedotas ou notícias que têm por protagonistas homens políticos, cada um com um próprio comportamento em relação ao fenómeno teatral. Essa tese buscou analisar não apenas os diversos pontos de vista que esses individualmente expressaram sobre o teatro, como também a forma como cada uma dessas personalidades se relacionou com o teatro do ponto de vista prático. Além disso, observou-se o utilizo que Plutarco fez desses episódios teatrais na caracterização dessas personagens. No decorrer deste processo foram encontrados diversos obstáculos, como o problema das fontes dessas anedotas, sua verossimilhança histórica e a possibilidade de Plutarco ter feito inovações nestas narrativas. Em outras palavras, nem sempre é fácil estabelecer quanto de Plutarco há nessas anedotas e quanto vem de materiais que Plutarco conhecia de suas fontes, na maioria dos casos não identificáveis por nós. Isso não impossibilita, todavia, depreender tendências relativas ao uso deste tipo de anedota por parte de Plutarco. Do ponto de vista do método, a investigação sobre a utilização de anedotas de conteúdo teatral por parte de Plutarco levou em conta três aspectos: o contexto histórico em que as próprias personagens estão inseridas e a fidedignidade das anedotas; a época a que pertencem as fontes de Plutarco e como elas podem ter retrabalhado e manipulado as anedotas que se referem a personagens de épocas precedentes; o uso particular que Plutarco pode ter feito de anedotas de que se depreende não apenas a sua caracterização das personagens, como também o pensamento politico-filosófico que por vezes subjaz nos retratos e nos seus julgamentos morais. Apesar de não constituir uma prioridade para a nossa análise, o pensamento filosófico de Plutarco (influenciado pela doutrina platônica), deu mesmo assim um contributo no que toca à consideração da poesia mimética, tal como emerge de obras como De audiendis poetis e De gloria Atheniensium, a fim de compreender a posição do Queronês sobre o papel do teatro e a caracterização que faz do poeta e do ator. Quanto à estrutura, a tese divide-se em quatro capítulos. O primeiro trata a relação entre o teatro e a παιδεία. Sólon exprime a preocupação com os riscos que a mentira inerente à ficção possa provocar se difusa a outras esferas da sociedade, como os negócios e a política. Uma tal representação do comportamento de Sólon parece revocar a teoria platónica sobre a arte, embora o próprio Plutarco, em seu De audientis poetis, se mostre convicto de que se imbuída de filosofia, a poesia pode se transformar em um eficaz método para a educação dos jovens. De tal uso pedagógico, encontram-se exemplos quer em uma sociedade democrática como a ateniense, quer em uma aristocrática como a espartana. Nota-se que na primeira, com Péricles, o teatro se torna um instrumento para guiar o povo de modo prazeroso, enquanto na segunda, com Agesilau, insere-se nas tradições espartanas relativas à formação dos jovens. Afora isso, dirigiu-se atenção também às visões sobre o teatro presentes no mundo romano, inseparáveis de suas realidades históricas e, em particular, na interpretação de Plutarco, dos diversos comportamentos relacionados à cultura grega: se, de uma parte, o teatro é considerado uma forma de passatempo vão, de exibição e de desperdício, de outra, se reconhece o seu elevado valor cultural. O segundo capítulo é dedicado à utilização do teatro em âmbito político na Atenas democrática. Plutarco dirige particular atenção ao uso da coregia para fins de autopromoção e propaganda, em vista das quais o teatro muitas vezes se torna um meio e um espaço para o exercício da demagogia. O Queronês, afora isso, enfatiza tanto o uso de formas de comportamento "teatral" para enganar as pessoas (é o caso de Pisístrato) quanto o uso do teatro como meio de influenciá-las e orientá-las (é o caso de Péricles). A crítica de Plutarco manifesta-se sobretudo quando o teatro se torna uma ferramenta para alimentar as ambições individualistas e o desejo de poder muitas vezes ligados à prática de excessos: o que em chave política pode ser lido como metonímia para o abandonar de um regime democrático e o estabelecer de formas despóticas de poder. O terceiro capítulo, dedicado à presença do teatro no século IV, examina as Vidas de Demóstenes e Alexandre. Na primeira, onde a crise da democracia ateniense parece ser representada como um espetáculo dramático, ou, mais propriamente, como uma tragédia, o teatro obtém um papel importante de reflexão sobre a mudança em processo e de resistência à crise instaurada. A partir da análise da Vida de Alexandre, por sua vez, fica claro que o teatro grego despertou o interesse de outros povos, como os Macedónios, representados metonimicamente por Alexandre, de quem Plutarco, através dos referimentos ao teatro, coloca em evidência a formação cultural, a munificência e a pietas. Além disso, a biografia dá amplo testemunho de como os Macedônios usavam as representações teatrais para a divulgação da cultura grega nos territórios conquistados, servindo de propaganda do poder real. O quarto capítulo é dedicado a investigar o modo por que Plutarco coloca em evidência como o teatro, em diferentes épocas, representou uma voz de resistência ao poder político. Por um lado, Plutarco usa citações dos poetas da comédia antiga como testemunho histórico da atitude dos seus coetâneos em relação aos políticos da época, conferindo por meio delas maior eficácia e vivacidade à caracterização dos personagens. Por outro lado, ele mostra como, com o declínio da democracia e o advento de Alexandre, o Grande, não havia mais espaço para um dos valores mais importantes da cultura grega: a parrhesía. Se a anedota da morte de Clito é verossímil, para que uma crítica ainda pudesse ser expressa, era necessário vinho, raiva e uma audácia fatal. De facto, o canal pelo qual a crítica se expressou foi o teatro: uma “reencenação” de um verso da Andrômaca de Eurípides, que, pela alusão ao mito apresentado na tragédia, torna mais eficaz o ataque político.
The present thesis aims to study the ways how theatre, politics, and the theory of artistic mimesis are related in Plutarch. As part of the work of the Chaeronea polygraph, to obtain the right depth of analysis within a doctoral thesis, it was necessary to select a corpus of episodes to be examined. From reading the commentaries it became clear that, between the Parallel Lives and the Moralia, it would be the analysis of the former that would allow a more innovative approach to the study of the relationship between politics and theatre. A second selection was also made, which sought to highlight the most significant examples, in order to provide a picture of different places (Athens, Sparta, Rome) and historical periods, from the Athens of Solon to that of Pericles continuing through the time of Alexander the Great up to the Republican Rome. In this corpus some anecdotes and news are found, portraying politicians as their main characters. And the fact is that each one of them behave differently when assuming positions in relation to theatrical phenomenon. In this sense, the thesis analyses not only the different perspectives on theatre proposed by these men, but it also speculates on how each one of these politicians was related to theatre from a pragmatic point of view, as far as the use of anecdotes for theatrical characterization of these politicians is concerned. Several obstacles were faced when pursuing this goal, such as the problem of the sources of these anecdotes, their historical verisimilitude and the possibility of Plutarch having made posterior changes in these narratives. In other words, it is not always easy to establish how much of these anecdotes belongs to Plutarch, and how much comes from his sources. Nevertheless, while in most cases it is not possible for scholars to answer this question, it is nevertheless possible to identify trends within Plutarch's use of this type of anecdotes. As for methodology, Plutarch’s use of anecdotes for theatrical purposes is guided by three aspects: the first one is the historical context in which the characters are inserted and the reliability of the anecdote itself; the second one, the times to which Plutarch's sources are dated and how they may have reworked and manipulated previous anecdotes referring to the same characters; and the third, the particular use that Plutarch may have made of anecdotes both to characterise the characters and for his own philosophical and political thinking. In this regard (even if this aspect does not constitute the centre of our analysis), we will reflect on the philosophical thought of Plutarch (influenced by the Platonic doctrine) on mimetic poetry, as emerges from works such as De audiendis poetis and the De gloria Atheniensium. This aspect of Plutarch's thought can allow us to better understand his position on the role of theatre and the reasons underlying the characterization he makes of dramatic poets and actors. The thesis is divided into four chapters. The first chapter covers the relations between theatre and παιδεία. Solon expresses concerns for the risks that may result from the inherent connection between lies and fiction, mostly if it was spread to other areas in society, such as business and politics. Such a representation of Solon’s behaviour seems to evoke the platonic theory of arts, although Plutarch himself, in his De audiendis poetis, is convinced that poetry, when meeting philosophy, may become an effective method of education for the young. There are examples of this pedagogic use both in democratic (Athens) and aristocratic societies (Sparta). It is remarkable how in Pericles’ Athens the theatre became an instrument to guide the people in a pleasant way, whereas in Agesilaus’Sparta it was related to national traditions of educating young people. Besides Greek views of theatre, the thesis also covers the perspectives found in Roman culture, inseparable from their historical contexts and Plutarch’s positions on Hellenic culture: if, on the one hand, theatre is considered to be a hobby, on the other hand it is considered to have an elevated cultural prestige. The second chapter covers the use of theatre in the democratic political sphere of Athens. Plutarch emphasises the use of choregia for self-promotion and propaganda, for which the theatre often becomes a means for the practice of demagogy. Furthermore, Plutarch highlights the use of theatrical performance as a means to deceive people (Pisistratus’ case) and the use of theatre to influence and guide people (Pericles’ case). Plutarch’s criticism is clear above all when theatre becomes a tool meant to feed individualist ambitions and desire for power, often linked to the practice of excesses, what could be read as a metonym for abandoning democracy and establishing despotic forms of power. This process seems to have occurred within certain biographies in which a same politician is sometimes open to dialogue (and, therefore, to exercise power in a democratic way), while sometimes also aspiring to absolute power (Pericles), or in relation to the history of Athens. The third chapter is dedicated to the presence of theatre in the 4th century, as it focuses on the Lives of Demosthenes and Alexander. For start, the crisis of Athenian democracy seems to be represented as a tragedy. The theatre also plays animportant role when reflecting on the change in process and resisting the ongoing crisis. When analysing the Life of Alexander, it became clear that Greek theatre drew the attention of other people, such as the Macedonians, metonymically represented by Alexander, whose cultural formation, munificence and pietas are evidenced by means of references to theatre. In addition, the biography gives ample testimony to how the Macedonians used theatrical performances as a means of spreading Greek culture in the conquered territories and as a form of propaganda for royal power. The fourth chapter explores the way Plutarch highlights how theatre, at different historical periods, represented a voice of resistance to political power. On the one hand, Plutarch uses quotations from the poets of ancient comedy as a historical testimony to the attitude of his contemporaries towards the politicians of the time, giving through them greater effectiveness and vivacity to the characterization of the characters. On the other hand, it shows how, with the decline of democracy and the advent of Alexander the Great, there was no longer space for one of the most important values of Greek culture: the parrhesia. If Clito’s death anecdote is verisimilar, so that a criticism could still be expressed, it was necessary wine, anger and a fatal audacity. In fact, the channel through which the critics expressed themselves was theatre: a "re-enactment" of a verse from Euripides' Andromache, which, by allusion to the myth presented in the tragedy, makes the political attack more effective.
La presente tesi si propone di studiare il rapporto tra teatro, politica e teoria della mimesi artistica in Plutarco. Nell’ambito dell’opera del poligrafo di Cheronea, per ottenere la giusta profondità di analisi all’interno di una tesi di dottorato, è stato necessario selezionare un corpus di episodi da prendere in esame. Dalla lettura dei commenti è apparso chiaro che, tra le Vite parallele e i Moralia, sarebbe stata l’analisi delle prime a consentire un approccio più innovativo allo studio della relazione tra politica e teatro. Si è proceduto inoltre a una seconda selezione, che ha cercato di mettere in evidenza gli esempi più significativi, al fine di fornire un quadro di diversi luoghi (Atene, Sparta, Roma) e periodi storici, dall'Atene di Solone a quella di Pericle, proseguendo per l’epoca di Alessandro Magno fino ad arrivare alla Roma repubblicana. A questo corpus appartengono episodi, aneddoti o notizie che vedono protagonisti uomini politici, ciascuno col proprio atteggiamento nei confronti del fenomeno teatrale. Lo studio, tuttavia, non intende semplicemente condurre una disamina delle diverse opinioni sul teatro, mirando invece a osservare, altresì, il rapporto di ciascuna delle personalità politiche col teatro da un punto di vista pratico e l’utilizzo degli aneddoti sul teatro per la caratterizzazione di personaggi politici. Nello svolgimento della ricerca ci si è imbattuti in alcuni ostacoli, dal problema delle fonti degli aneddoti esaminati alla loro veridicità storica e all’eventualità che Plutarco includesse per parte sua nella narrazione elementi originali. In altri termini, non è semplice distinguere quanto, in questi aneddoti, vi sia di plutarcheo e quanto sia invece ascrivibile a materiale che Plutarco ebbe a disposizione grazie alle sue fonti, peraltro, da noi, nella maggior parte dei casi, non identificabili. Ciò comunque non toglie la possibilità di mettere in evidenza alcune linee di tendenza relative all’uso, da parte di Plutarco, di questo tipo di aneddoti. Quanto poi al metodo, l’indagine sull’utilizzo di aneddoti di contenuto teatrale da parte di Plutarco tiene conto di tre aspetti: il contesto storico in cui ciascun personaggio rappresentato s’inserisce e l’attendibilità degli aneddoti; l’epoca a cui risalgono le fonti di Plutarco e la misura in cui esse possono aver rielaborato e rimaneggiato gli aneddoti che si riferiscono a personaggi di epoche precedenti; il peculiare uso che Plutarco può aver fatto di quegli aneddoti, in vista non solo della caratterizzazione dei personaggi, ma anche di una possibile espressione del suo personale pensiero filosofico e politico. A tale riguardo (anche se questo aspetto non costituisce il centro della nostra analisi), è stato preso in considerazione in particolare il pensiero filosofico di Plutarco (influenzato dalla dottrina platonica) sulla poesia mimetica, quale emerge da opere come il De audiendis poetis e il De gloria Atheniensium. Questo aspetto del pensiero del Cheronese può permetterci di comprendere meglio la sua posizione sul ruolo del teatro e le ragioni sottese alla caratterizzazione che egli fa dei poeti drammatici e degli attori. La tesi si divide in quattro capitoli. Il primo capitolo riguarda il rapporto tra il teatro e la παιδεία. Solone esprime preoccupazione per i rischi che la menzogna, intrinseca alla finzione teatrale, può comportare se estesa ad altre sfere della società, come gli affari o il governo della città. Tale rappresentazione plutarchea dell’atteggiamento di Solone sembra risentire della teoria platonica sull’arte, anche se Plutarco stesso, nel De audiendis poetis, manifesta la convinzione che la poesia, se imbevuta di filosofia, sia utile all’educazione dei giovani. Di un uso del genere si trovano esempi tanto in una società democratica come quella ateniese quanto in una aristocratica come quella spartana. Νella prima il teatro, con Pericle, assurge al ruolo di strumento che, con la sua piacevolezza e la sua attrattiva, agevola la guida della cittadinanza, mentre nella seconda, con Agesilao, la dimensione teatrale s’interseca con le tradizioni spartane di formazione dei giovani. Attenzione è stata rivolta anche alle visioni sul teatro presenti nel mondo romano e inevitabilmente dipendenti, nella realtà storica come nell’interpretazione di Plutarco, dai diversi atteggiamenti rispetto alla cultura greca: se, da un lato, il teatro non è che un vano passatempo, una forma di esibizione e di spreco, dall’altro se ne riconosce l’elevato valore culturale. Il secondo capitolo è dedicato all’utilizzo del teatro in ambito politico nell’Atene democratica. Plutarco rivolge particolare attenzione all’uso della coregia e in generale degli spettacoli teatrali a fini di auto-promozione e di propaganda, ragion per cui il teatro si tramuta spesso in un canale e in uno spazio per l’esercizio della demagogia. Il Cheronese mette inoltre l’accento tanto sull’utilizzo di forme di comportamento “teatrali” per ingannare il popolo (è il caso di Pisistrato) quanto sull’utilizzo del teatro come un mezzo per influenzarlo e guidarlo (è il caso di Pericle). La critica di Plutarco si manifesta segnatamente nelle circostanze in cui il teatro diventa uno strumento per alimentare le ambizioni individuali e il desiderio di potere, spesso in accostamento a vari eccessi. In chiave politica, ciò può esser letto come una metonimia dell’abbandono di un regime democratico a favore dell’istaurazione di forme di potere dispotico. Il terzo capitolo, dedicato alla presenza del teatro nel IV secolo, prende in esame le Vite di Demostene e di Alessandro. Nella prima, dove la crisi della democrazia ateniese sembra essere rappresentata come una sorta di spettacolo drammatico, o, più propriamente, di tragedia, il teatro assume un ruolo di rilievo nel riflettere il cambiamento in atto nella vita politica ateniese e il modo in cui Demostene tenta di resistervi. Dall’analisi della Vita d’Alessandro, invece, traspare nitidamente che il teatro greco suscitò l’interesse di altri popoli, come i Macedoni, identificati metonimicamente con Alessandro, di cui Plutarco, attraverso i riferimenti al teatro, mette inoltre in rilievo la formazione culturale, la munificenza e la pietas. La biografia dà anche ampia testimonianza di come il Macedone usasse gli spettacoli teatrali come canale di diffusione della cultura greca nei territori conquistati e come forma di propaganda del potere regale. Il quarto capitolo è dedicato al modo in cui Plutarco mette in evidenza come il teatro, in epoche differenti, abbia rappresentato una voce di resistenza nei confronti del potere politico. Da una parte, Plutarco utilizza citazioni dei poeti della commedia antica come testimonianza storica dell’atteggiamento dei contemporanei nei confronti dei politici del tempo, conferendo attraverso di esse anche maggiore efficacia e vivacità alla caratterizzazione dei personaggi. Dall’altra parte, egli mostra come, col tramonto della democrazia e l’avvento di Alessandro Magno, non vi fosse più spazio per uno dei più importanti valori della cultura greca: la parrhesía. Se l’aneddoto della morte di Clito è attendibile, se ne conclude che, perché si potesse ancora esprimere una critica, ci vollero il vino, l’ira e un’audacia fatale. In effetti, il canale per cui passò la critica fu proprio il teatro: ripresa di un verso dell’Andromaca di Euripide, che, attraverso l’allusione al mito così come presentato nella tragedia, rende più efficace l’attacco politico.
Description: Doutoramento em Estudos Clássicos, Ramo Mundo Antigo, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/105103
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Teses de Doutoramento
FLUC Secção de Estudos Clássicos - Teses de Doutoramento

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