Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/104982
Title: Comércio Alimentar e Saúde Pública - Desafios para uma Parceria Virtuosa
Other Titles: Food Trade and Public Health - Challenges for a Virtuous Partnership
Authors: Duarte, Catarina Sofia Oliveira
Orientador: Pereira, Armando José de Carvalho Rodrigues
Quintal, Carlota Maria Miranda
Keywords: Comércio Alimentar; Saúde Pública; Segurança Alimentar; Boas Práticas; COVID-19; Food Trade; Public Health; Food Safety; Best Practices; COVID-19
Issue Date: 25-Oct-2022
Serial title, monograph or event: Comércio Alimentar e Saúde Pública - Desafios para uma Parceria Virtuosa
Place of publication or event: Coimbra
Abstract: INTRODUÇÃO / Ao longo dos últimos anos tem-se verificado uma preferência crescente por hábitos alimentares não saudáveis, os quais conduzem à perda de anos de vida saudáveis e a um risco acrescido de desenvolver doenças não transmissíveis. O comércio alimentar tem um papel preponderante na promoção de uma alimentação saudável, uma vez que os ambientes alimentar e de consumo possuem uma grande influência sobre os hábitos dos consumidores.OBJETIVO / A presente dissertação de mestrado tem como objetivo estudar a relação entre o comércio alimentar e a saúde pública, em particular a influência dos estabelecimentos de venda a retalho de produtos alimentares sobre a saúde dos consumidores. Pretende-se igualmente refletir sobre os principais riscos afetos à segurança alimentar e identificar os organismos com responsabilidade nesta matéria. Por fim, esta dissertação tem também como intuito compreender o impacto da Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) nesta parceria (comércio alimentar – saúde pública) que se deseja virtuosa.MATERIAIS E MÉTODOS / Esta dissertação é composta por duas componentes distintas. A primeira retrata a relação entre o comércio alimentar e a saúde pública e a segunda destaca o impacto que a COVID-19 teve nesta mesma relação. Por este motivo, foram realizadas duas pesquisas nas bibliotecas digitais Medline-PubMed, ScienceDirect e Cochrane Library no dia 07/07/2022. As pesquisas basearam-se na utilização das chaves de pesquisa “public health AND food trade” e “food trade AND COVID-19”. Foram selecionados artigos publicados nos últimos 10 anos, nas línguas portuguesa e inglesa. RESULTADOS E DISCUSSÃO / Os hábitos de consumo e as escolhas alimentares estão atualmente sujeitos a um vasto conjunto de fatores ambientais, pessoais e do meio. Apesar de tantos estímulos, 95% das compras de produtos alimentares são feitas por hábito. O comércio alimentar tem a capacidade de tornar os padrões de compra e de consumo mais saudáveis através da implementação de intervenções positivas no meio alimentar. Por outro lado, a garantia de qualidade e de segurança dos produtos alimentares é cada vez mais encarada como uma prioridade global. De acordo com a OMS, mais de 600 milhões de pessoas adoecem todos os anos devido a situações de insegurança alimentar. Os perigos podem surgir em qualquer lugar geográfico e em qualquer fase da cadeia de fornecimento. Apesar do total impacto da COVID-19 ser ainda desconhecido, acredita-se que a insegurança alimentar seja uma das suas mais severas consequências. Em Portugal, durante o primeiro ano de pandemia, 1 em cada 3 portugueses estava em risco de insegurança alimentar.CONCLUSÃO / Os estabelecimentos de venda a retalho de produtos alimentares são locais privilegiados para a implementação de intervenções comerciais com vista à melhoria da saúde dos consumidores. A par com a implementação destas intervenções, é fundamental fazer face aos desafios associados à segurança alimentar, os quais afetam o dia-a-dia das populações. Eventos cisnes negros (de baixa probabilidade e alto impacto) como a pandemia de COVID-19 serão cada vez mais frequentes pelo que é fundamental aprender com os mesmos e fazer destes uma oportunidade de desenvolvimento. Neste sentido, desafios como o crescimento populacional, as alterações climáticas, o desenvolvimento tecnológico, a resistência a antimicrobianos, o processamento alimentar e a rotulagem prometem marcar o futuro da produção e do comércio alimentar, pelo que devem ser prontamente endereçados.Num mundo em constante mudança, é essencial promover uma abordagem multissetorial capaz de envolver todos os intervenientes.
INTRODUCTION / Over the last few years, poor eating habits have been growing, which leads to the loss of healthy life years and to an increased risk of developing non-communicable diseases. Food trade has an important role in promoting healthy eating, since consumer habits are largely influenced by food and consumption environments.AIM / The present master’s thesis aims at studying the relationship between food trade and public health, in particular how food stores can influence consumer health. It is also our intention to reflect on the main risks associated with food security and to identify the organizations with responsibilities in the matter. Lastly, this thesis also aims at understanding the impact of the Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) in this hopefully virtuous partnership (food trade – public health). METHODS / This thesis is composed by two parts: the first one being the relationship between food trade and public health and the second one being the impact of COVID-19 on said relationship. In order to achieve that, two researches were done using the digital libraries Medline-PubMed, ScienceDirect and Cochrane Library on July 7th, 2022. The key-words used were “public health AND food trade” e “food trade AND COVID-19”. The following filters were applied: published in the last 10 years and written in Portuguese or English.RESULTS AND DISCUSSION / Consumer habits and food choices are currently subject to a wide range of environmental and personal factors. Despite so many stimuli, 95% of all food purchases are made out of habit. Food stores have the ability to make food consumption patterns healthier by implementing positive interventions in the food environment.On the other hand, ensuring food quality and safety is increasingly perceived as a global priority. According to the World Health Organization, over 600 million people get sick every year due to food insecurity. Hazards can arise anywhere geographically and at any stage of the supply chain.Although the full impact of COVID-19 is still unknown, food insecurity is believed to be one of its most severe consequences. In Portugal, during the first year of the pandemic, 1 in 3 Portuguese were at risk of food insecurity.CONCLUSION / Retail food stores are prime locations for the implementation of commercial interventions capable of improving consumer health. Alongside with such interventions, it is essential to address the challenge of food security, which affects daily life. Black swan events (low probability and high impact) such as the COVID-19 pandemic will be increasingly common so it is important to learn from them and to turn them into development opportunities. In light of this, challenges such as population growth, climate change, technological development, antimicrobial resistance, food processing and labelling are going to influence the future of food production and trade. Therefore, they should be promptly addressed. In an ever-changing world, it is vital to promote a multisectoral approach capable of involving all stakeholders.
Description: Dissertação de Mestrado em Gestão e Economia da Saúde apresentada à Faculdade de Economia
URI: https://hdl.handle.net/10316/104982
Rights: openAccess
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