Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/104977
Title: Telehealth in Portugal: current state and physician satisfaction
Other Titles: Telessaúde em Portugal: estado atual e satisfação dos médicos portugueses
Authors: Caceiro, Rui Pedro Salgueiro
Orientador: Ferreira, Pedro Augusto Melo Lopes
Keywords: Telemedicina; Satisfação Laboral; Portugal; Inquéritos e questionários; Tecnologia digital; Telemedicine; Job satisfaction; Portugal; Survey and questionnaires; Digital technology
Issue Date: 25-Oct-2022
Serial title, monograph or event: Telehealth in Portugal: current state and physician satisfaction
Place of publication or event: Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra
Abstract: A Telessaúde constitui um elo importante na prestação de cuidados de saúde, sobretudo, após a pandemia de COVID-19. Como resultado da atual revolução digital, os sistemas de saúde têm agora à sua disposição novas soluções informáticas que prometem melhorar a produtividade das equipas, a gestão de recursos e a promoção de um acesso mais justo e universal aos cuidados de saúde. A avaliação, regulamentação e reavaliação frequente são necessárias para a concepção, desenvolvimento e aplicação destas tecnologias, especificamente através da avaliação de indicadores dos serviços de saúde e de inquéritos aos profissionais de saúde. O objetivo deste estudo é caracterizar o estado atual da telessaúde portuguesa e a satisfação dos médicos portugueses.Foi realizada uma pesquisa exaustiva da literatura sobre instrumentos de medição validados para a avaliação da satisfação dos médicos com telessaúde. Após a identificação de 14 questionários, o "Telehealth Usability Questionnaire" (TUQ) foi considerado o mais aplicável e traduzido para o português europeu. Foi realizado um estudo transversal analítico com base num questionário online dirigido aos médicos inscritos na Ordem dos Médicos entre agosto e setembro de 2022. Foi realizada análises descritiva das variáveis mais pertinentes. Posteriormente, testes t-student para amostras independentes e análises de variância ANOVA, com posterior teste post-hoc de Scheffe para avaliar os fatores de influência sobre as variáveis. Para o inquérito traduzido, foi realizado um teste de consistência interna alfa de Cronbach. Participaram no estudo 1010 médicos (idade média = 47,33 anos, 58% do sexo feminino). A tradução do TUQ apresentou um alfa de Cronbach de 0,873. A telessaúde fez parte da prática diária de 55,1% de médicos, embora 71,2% tenham mencionado ter realizado pelo menos uma teleconsulta nos últimos 6 meses. A chamada telefónica foi o método mais utilizado (74,5%), já que a videoconsulta só foi realizada por 24,5% dos médicos. O correio eletrónico foi o método mais frequentemente utilizado para enviar ou receber documentação e o gabinete de consulta comum o espaço mais frequente para a teleconsulta. Quanto às opiniões dos médicos, apenas 13,9% concordaram com as primeiras consultas à distância, enquanto 75,8% concordaram com as teleconsultas de acompanhamento, enquanto 59,5% demoraram menos tempo do que nas teleconsultas presenciais. A dificuldade técnica mais frequente foi a falta de tecnologias de informação adaptadas, enquanto a dificuldade clínica foi a incapacidade de realizar o exame objetivo. No que diz respeito à avaliação dos níveis de satisfação, os médicos que trabalham exclusivamente no sistema público reportaram valores mais baixos de conveniência para o doente (F=13,909; p-value <0,001) e para o médico (F=3,403; p-value = 0,034), "Qualidade e satisfação do utilizador" (F=14,289; p-value <0,001), "Usabilidade e utilização futura" (F=3,678; p-value <0,026) e "Fiabilidade" (F=16,025; p-value <0,001), quando comparados com o sistema privado. As especialidades médicas pontuaram mais em termos de Utilidade e utilização futura (t-value 2,513, p-value = 0,012). Em tempos pós-pandémicos, a telessaúde parece ter mantido níveis elevados de utilização, confirmando o seu potencial e aceitação geral. Contudo, ainda existem dificuldades importantes ao nível clínico, tecnológico, institucional e jurídico. Este estudo reuniu informações importantes para orientar as instituições de saúde e as autoridades reguladoras no sentido de desenvolver infraestruturas e estabelecer regulamentos a fim de potenciar a utilização racional e eficaz da Telessaúde.
Telehealth has become extremely significant in the delivery of healthcare. As a result of the present digital revolution, health systems now have new information technology solutions at their disposal that promise to improve team productivity, resource management and the promotion of more fair and universal access to healthcare. Evaluation, regulation and frequent reassessment are required for the conception, development and application of these technologies, specifically through the evaluation of indicators of healthcare services and surveys of healthcare professionals. It was aimed to characterize current portuguese telehealth state and physicians’ satisfaction. Based on a thorough scoping assessment of pertinent papers, a comprehensive evaluation of the literature on validated measuring tools for telehealth satisfaction was conducted. After identifying 14 questionnaires, Telehealth Usability Questionnaire (TUQ) was considered the most applicable one and translated into European portuguese. A cross-sectional observational research based on a survey was conducted to assess the current state of Portuguese telehealth and the satisfaction of physicians who are members of the Portuguese medical organization. Additionally, sociodemographic characteristics and employment status were considered. Independent sample t-student test and ANOVA variance analyses with the Scheffe’s post hoc tests were then used to assess the influence factors on the variables. For the translated survey, a Cronbach's alpha internal consistency test was performed. Participated in the study 1010 physicians (mean age = 47,33 years, 58% female). TUQ translation presented with a Cronbach’s alpha of 0,873. Telehealth was a part of the daily practice of 55,1% physicians, although 71,2% mentioned to have performed at least one teleconsultation in the last 6 months. Phone call was the most used method (74,5%), as videoconsultation was only performed by 24,5% of doctors. E-mail was the most frequently used method to send or receive documentation and regular consultation room the most frequent space for telehealth. Regarding physicians’ opinions, only 13,9% agreed with first time remote consultations, while 75,8% agreed with follow-up teleconsultations, while 59,5% took less time than in in-face teleconsultations. The most frequent technical issue was the lack of adapted information technologies while the most clinical difficulty was the inability to accomplish physical examination. Regarding satisfaction questionnaires highlights, doctors working exclusively on public system ranked with lower values of perceived telehealth convenience for both patient (F=13,909; p-value=<0,001) and doctor (F=3,403; p-value=0,034), “Quality and user satisfaction” (F=14,289; p-value=<0,001), “Usability and future use” (F=3,678; p-value=<0,026) and “Reliability” (F=16,025; p-value=<0,001), when compared to private system. Medical specialties scored higher in usefulness and future use rates. In post pandemic times, telehealth seems to have maintained high usage scores, confirming its potential and general acceptance. However, there are still important issues to address at the clinical, technological, institutional, and legal fields. This study gathered important information to guide health institutions and regulatory authorities to develop infrastructure and establish regulations in order to potentiate Telehealth rational and effective use. Keywords: Telemedicine; "Job Satisfaction”; “Portugal”; "Surveys and Questionnaires", “Digital technology”.
Description: Dissertação de Mestrado em Gestão e Economia da Saúde apresentada à Faculdade de Economia
URI: https://hdl.handle.net/10316/104977
Rights: embargoedAccess
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