Preliminary Validation Study And Psychometric Properties Of The Montgomery-Asberg Depression Scale: European Portuguese Patient’s Self-Report Version

Abstract

Objetivos. As perturbações depressivas contribuem de forma substancial para a carga global de doença com a Perturbação Depressiva Major (PDM) a atingir na Europa uma prevalência ao longo da vida de 11,32%. O principal objetivo deste estudo foi examinar a validade e confiabilidade da versão de autorrelato da Escala de Avaliação de Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS-S) para a população de língua Portuguesa Europeia e ainda avaliar a sua invariância de género e confiabilidade teste-reteste. Métodos. Uma amostra de 204 participantes (84.8% mulheres) com idade média de 31.07 anos (DP = 12.81) completou um protocolo online constituído pelas versões em Português Europeu da MADRS-S, Inventário de Estado-Traço de Ansiedade (STAI Y) e Inventário de Depressão de Beck-II (BDI-II). Um subconjunto de 30 participantes respondeu ao mesmo protocolo online com um intervalo de 1 mês. Uma análise ROC foi efetuada para determinar o ponto de corte entre participantes deprimidos e não deprimidos. Resultados. A unidimensionalidade do modelo foi confirmada por análise fatorial confirmatória (AFC). O modelo de um fator apresentou boa consistência interna (.88) e excelente estabilidade temporal (coeficiente de correlação intraclasse de .95). Não foi possível estabelecer invariância entre os géneros. O ponto de corte de 11 mostrou uma sensibilidade de 86% e especificidade de 86.5% (área sob a curva [AUC] = .94). Conclusões. A versão em Português Europeu da MADRS-S apresenta propriedades psicométricas satisfatórias e pode ser uma medida útil para avaliar sintomatologia depressiva em contextos clínicos e de investigação. Devido às diferenças de género encontradas na estrutura da escala, apenas recomendamos a utilização da MADRS-S em mulheres.

Objectives. Depressive disorders contribute substantially to the global burden of disease with Major Depressive Disorder (MDD) reaching a lifetime prevalence of 11.32% in Europe. The main goal of this study was to examine the validity and reliability of the self-rated version of the Montgomery-Asberg Depression Rating Scale (MADRS-S) for a European Portuguese-speaking population and also assess its invariance across gender and test-retest reliability. Methods. A sample of 204 participants (84.8% women) with a mean age of 31.07 years (SD = 12.81) completed an online protocol that included the European Portuguese versions of the MADRS-S, State-Trait Anxiety Inventory (STAI Y), and Beck Depression Inventory-II (BDI-II). A subset of 30 participants answered the same online protocol with a 1-month interval. A ROC analysis was performed to determine a cut-off point between depressed and non-depressed participants. Results. The unidimensionality of the model was confirmed by confirmatory factor analysis (CFA). The one-factor model showed good internal consistency (.88) and excellent temporal stability (intraclass correlation coefficient of .95). Invariance across gender could not be established. A cut-off score of 11 showed a sensitivity of 86% and specificity of 86.5% (area under the curve [AUC] = .94). Conclusions. The European Portuguese version of the MADRS-S shows satisfactory psychometric properties and can be a useful measure of depressive symptoms in clinical and research settings. Due to gender differences in the structure of the scale, we only recommend the use of MADRS-S in women.