Understanding Sport Anxiety among Competitive Athletes: The Role of Shame, Fear of Self-Compassion and Self-Criticism

Abstract

A intervenção baseada na auto-compaixão em contexto desportivo tem vindo a demonstrarresultados promissores, no entanto, os atletas parecem ser particularmente resistentes aaceitar este construto. O presente estudo teve como objetivo explorar a associação entre avergonha e a ansiedade dos atletas através do medo da auto-compaixão e do auto-criticismo.Pretendeu também explorar diferenças nas variáveis mencionadas em relação ao sexo e aonível de competição. Procedeu-se à administração de um questionário de auto-resposta,constituído por escalas que avaliaram a vergonha, o medo de auto-compaixão, o autocrticismo e a ansiedade no contexto desportivo. A amostra era constituída por 258 atletasadultos portugueses (53,3% mulheres; 47,7% homens), que competem atualmente emdiferentes modalidades e níveis de competição. Os resultados sugeriram que, quandocomparadas com homens, mulheres atletas apresentaram níveis mais elevados de vergonha,auto-criticismo e ansiedade, mas não foram encontradas diferenças significativas no medo daauto-compaixão. Adicionalmente, não foram encontradas diferenças significativas nasvariáveis de estudo em relação ao nível de competição. A análise path demonstrou que, aocontrolar o efeito da idade e dos anos de prática, a vergonha dos atletas tem um efeito diretona gravidade da ansiedade desportiva e um efeito indireto, através de maiores níveis de medode auto-compaixão e de auto-criticismo. Os resultados confirmaram a plausibilidade domodelo testado, que explicou 48% da variância da ansiedade desportiva. De um modo geral,os resultados destacam a importância de melhor compreender o papel do medo da autocompaixão na saúde mental dos atletas, bem como as diferenças entre homens e mulheres emambientes desportivos de competição.

Self-compassion interventions have been showing promising results in the sport context, but athletes seem to be particularly resistant to embracing this construct. The current study aimed to explore the association between athletes’ shame and anxiety through fear of self-compassion and self-criticism. It also aimed to explore differences in the mentioned variables regarding athletes’ sex and competitive level. A self-report questionnaire was conducted including athletes’ versions of the scales to assess shame, fear of self-compassion, self-criticism and sport anxiety. The sample comprised 258 Portuguese adult athletes (53.3% women; 47.7% men), currently competing at different sports and levels. Results suggested that, when compared to men, women athletes presented higher levels of sport-related shame, self-criticism, and anxiety, but no significant differences were found in fear of self-compassion. Also, no significant differences in the study variables were found regarding competitive level. A path analysis showed that, when controlling for the effect of age and years of practice, athletes’ shame has a direct effect on sport anxiety severity, and an indirect effect through increased fear of self-compassion and higher levels of self-criticism. Results confirmed the plausibility of the tested model, which accounted for 48% of sport anxiety’s variance. The results highlight the importance of better understanding the role of fear of self-compassion on athletes’ mental health, as well as differences between men and women in competitive sport settings.