Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/102523
Title: Síndrome de Lyell: Uma Revisão Clínica e Terapêutica
Other Titles: Toxic Epidermal Necrolysis: A Clinical and Therapeutic Review
Authors: Canhão, Gonçalo Tourais de Matos Ribeiro
Orientador: Silva, Carla Susana Lopes Pinheiro
Cabral, José Luís de Almeida
Keywords: Lyell; NET; ALDEN; IVIG; SCORTEN; Lyell; TEN; ALDEN; IVIG; SCORTEN
Issue Date: 13-Jun-2022
Serial title, monograph or event: Síndrome de Lyell: Uma Revisão Clínica e Terapêutica
Place of publication or event: Cirurgia Plástica
Abstract: A Síndrome de Lyell é uma condição dermatológica rara com uma elevada mortalidade e com sérias consequências na vida dos sobreviventes. Apesar de ter sido descrita pela primeira vez em 1956, a sua fisiopatologia permanece incerta, principalmente quanto aos seus mecanismos, em-bora determinadas vias de apoptose celular pareçam ter um papel fundamental tanto no desencadear da própria apoptose como na ativação de linfócitos T, nomeadamente as mediadas por fator de ne-crose tumoral, fas-fasl e granulisina. De uma forma geral, existe consenso quanto à sua etiologia e clínica. Trata-se de uma necrólise generalizada da epiderme que surge por reação imunológica des-controlada a um fármaco ou a um dos seus metabolitos, destacando-se como mais preponderantes o cotrimoxazol e o alopurinol. Esta reação provoca uma descamação maciça de toda a espessura da epiderme em toda a superfície corporal, mas com maior incidência no tronco, nos membros superio-res e na face. As sua complicações tendem a ser severas, destacando-se os quadros séticos que são responsáveis por mais de metade da mortalidade associada a esta síndrome. Quase todos os sobreviventes são alvo de algum tipo de sequela a longo prazo, sendo muito frequentes as anomali-as da cicatrização e da pigmentação cutânea. Relativamente ao seu tratamento, surgem muitas opiniões distintas, e até mesmo contraditórias, particularmente incidentes nas novas modalidades terapêuticas do campo da imunomodulação, que têm sido estudadas ao longo dos anos. É, todavia, pacífico considerar a terapêutica de suporte como a única com evidência suficientemente forte sobre o seu impacto no prognóstico e na mortalidade, que, apesar de num ritmo lento, têm vindo a melho-rar com a evolução geral dos cuidados de saúde. Como conclusão, é imperativo afirmar que são necessários mais estudos sobre as novas terapêuticas potenciais, com maiores amostras populaci-onais e maior rigor científico. Adicionalmente, também deverá ser promovida uma investigação so-bre a fisiopatologia básica, designadamente a nível biomolecular, possibilitando uma otimização da gestão dos doentes e, acima de tudo, permitindo uma prevenção mais eficaz desta doença.
Toxic Epidermal Necrolysis is a rare dermatological condition with high mortality and serious conse-quences on the life of those who survive. Despite having been first described in 1956, its pathophys-iology remains uncertain, mainly regarding its mechanisms, although it seems that certain apoptosis pathways are key in starting keratinocytes’ apoptosis and in activating T cells, especially those me-diated by tumour necrosis factor, fas-fasl and granulysin. From a general point of view, its aetiology and presentation are consensual. It is defined as a generalized necrolysis of the epidermis that oc-curs as an uncontrolled immune response to a specific drug or one of its metabolites, highlighting cotrimoxazole and alopurinol as the most important ones. This necrolysis leads to massive shedding of the epidermal layer of the skin, with stronger incidence in the torso, upper limbs and face. Its complications tend to be severe, noting that septic complications are responsible for over half of the disease’s mortality. Nearly all survivors develop any kind of long-term sequelae, namely cicatrisation and skin pigmentation anomalies. When it comes to treatment, many different opinions arise, even contradictory ones, more importantly regarding immunomodulation therapies that have been the fo-cus of several studies through the years. It is safe to state that supportive therapy is the only modali-ty that has significantly strong evidence backing its efficacy in reducing mortality and improving prognosis, which, albeit at a slow pace, have improved in the past years as general health care quali-ty increased. In conclusion, it is imperative to say that more research is needed for new potential therapies, with bigger study populations and more scientific rigor. Likewise, investigation towards its basic pathophysiology should also be promoted, mainly at a biomolecular level, allowing for better prevention of this illness.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102523
Rights: openAccess
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