Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/102445
Title: O contributo da involução mamária e lactação para o risco e prognóstico de cancro da mama após a gestação
Other Titles: The influence of mammary gland involution and lactation on the risk and prognosis of postpartum breast cancer
Authors: Fernandes, Cláudia Moreira
Orientador: Pais, Ana Sofia Fernandes
Dias, Maria Margarida Oliveira Figueiredo
Keywords: Neoplasia da Mama; Lactação; Fatores de Risco; Glândula Mamária Humana; Período Pós-parto; Breast Neoplasms; Lactation; Risk Factors; Mammary Glands, Human; Postpartum Period
Issue Date: 14-Mar-2022
Serial title, monograph or event: O contributo da involução mamária e lactação para o risco e prognóstico de cancro da mama após a gestação
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: O cancro da mama é uma entidade complexa, assumindo-se como a neoplasia mais frequente a nível mundial e uma importante causa de morbimortalidade. Em mulheres jovens, estima-se que 35% a 55% do total de neoplasias da mama seja diagnosticado após uma gestação. De facto, o diagnóstico desta patologia no período após o parto está associado a um prognóstico mais reservado, uma vez que tem maior risco de metastização e menor taxa de sobrevivência global, quando comparado com mulheres nulíparas na mesma faixa etária. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão da literatura sobre os fatores que conferem pior prognóstico ao cancro da mama diagnosticado após uma gestação e sobre o impacto da amamentação no risco e prognóstico desta patologia. Para a sua elaboração, foi realizada uma pesquisa da literatura disponível na base de dados PubMed, sendo selecionados artigos publicados nos últimos 10 anos. De acordo com a evidência atual, a involução, processo que ocorre na ausência ou cessação da lactação, é considerada um dos principais mecanismos subjacentes ao mau prognóstico dos tumores malignos da mama detetados após uma gestação. O seu microambiente rico em citocinas pró-inflamatórias, a maior ativação de fibroblastos e deposição de colagénio fibrilar consequentes à remodelação do estroma, e o aumento da densidade dos vasos linfáticos criam condições propícias à proliferação de células com potencial maligno. Para além disso, uma elevada percentagem destes tumores apresenta um perfil bastante agressivo, com negatividade para recetores hormonais e HER2. A involução gradual, subjacente à amamentação, está associada a alterações na resposta imunológica, nas vias de sinalização ativadas e em mecanismos epigenéticos, e a uma maior inativação de oncogenes, o que demonstra conferir menor capacidade de progressão tumoral; também está associada a um nível mais elevado de recetores de prolactina, fator apontado, em estudos recentes, como preditor de melhor prognóstico de neoplasias da mama. Não existem, atualmente, estudos suficientes que permitam um consenso a nível internacional do benefício da amamentação na diminuição do risco e na melhoria do prognóstico do cancro da mama diagnosticado após uma gestação. No entanto, é consensual que a amamentação tem um impacto positivo na redução da incidência de tumores triplos negativos, característicos desta patologia.
Brest cancer is a complex disease that is now the leading cause of global cancer incidence, with an important morbimortality associated. It is estimated that 35% to 55% of all cases of breast cancer in young women are diagnosed after childbearing. In fact, postpartum diagnosis of breast cancer is associated with a worse prognosis, since it has increased risk of metastasis and death when compared with nulliparous women. The aim of this study is to review the available literature about the mechanisms underlying the worst prognosis of postpartum breast cancer and the impact of breastfeeding on the risk and prognosis of this disease. Bibliographic research was carried out on Pubmed database and articles from the last 10 years were selected. According to current scientific evidence, involution, a physiological process that occurs in the absence or cessation of lactation, is a key mediator of the worst prognosis of postpartum breast cancer. The microenvironment of involution is characterized by upregulation of pro-inflammatory cytokines, fibroblasts activation and increased fibrillar collagen deposition during stromal remodelling, and increased density of lymphatic network. These events promote tumour growth. Furthermore, a significant part of these tumours present an aggressive behaviour, including negativity to hormone receptors and HER2. Gradual involution, underlying breastfeeding, is associated with changes in the immune response, activation of different signalling pathways, different epigenetic mechanisms, and higher oncogenes inactivation. Is also related with higher levels of prolactin receptor, recently associated with more favourable outcomes in breast cancer.Thus far, there is no international consensus about breastfeeding impact on prognosis of postpartum breast cancer due to lack of scientific evidence. However, it is clear that breastfeeding promotes a reduction in the incidence of triple negative tumours.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102445
Rights: embargoedAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat
Trabalho Final Cláudia Fernandes .pdf813.99 kBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s)

77
checked on Apr 16, 2024

Download(s)

25
checked on Apr 16, 2024

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons