Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/102336
Title: Prevalência de vertigem e fatores associados em doentes submetidos a mastoidectomia por colesteatoma
Other Titles: Prevalence of dizziness and associated factors in patients submitted to Mastoidectomy
Authors: Pinto, Pedro Filipe da Torre
Orientador: Miguéis, António Carlos Eva
Marques, Tatiana Carina Antunes
Keywords: Exame de cabeceira; Vertigem; Mastoidectomia; Colesteatoma do ouvido médio; Bedside testing; Dizziness; Mastoidectomy; Middle ear cholesteatoma
Issue Date: 6-Jun-2022
Serial title, monograph or event: Prevalência de vertigem e fatores associados em doentes submetidos a mastoidectomia por colesteatoma
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Introdução: O Colesteatoma define-se por um crescimento anormal de epitélio escamoso queratinizado, ao qual se associa uma componente inflamatória responsável pela reabsorção óssea e consequente erosão das diferentes estruturas do osso temporal. O tratamento é cirúrgico e implica a remoção do colesteatoma através de mastoidectomia. A literatura atual foca-se principalmente na componente auditiva no seguimento destes indivíduos, pelo que a componente vestibular ainda é pouco abordada. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de vertigem em indivíduos que tenham sido previamente sujeitos a mastoidectomia devido a colesteatoma e a autoperceção que estes têm do seu handicap relativo à vertigem.Materiais e métodos: Foram incluídos 9 indivíduos com história clínica de colesteatoma, submetidos a mastoidectomia há pelo menos 6 meses, aos quais foi administrado um questionário sociodemográfico para caracterização da amostra e realizado exame de rastreio de vertigem constituído pela pesquisa de nistagmo espontâneo, Head Shaking Test e prova de Romberg e Unterberger. Foi ainda auto-administrado o Dizziness Handicap Inventory (DHI) para avaliação subjetiva da qualidade de vida relativa à vertigem, e realizado o Audiograma Tonal Simples (ATS). Para a análise estatística dos dados recorreu-se ao programa Statistical Package for the Social Science (SPSS).Resultados: A prevalência de vertigem foi de 44,4%, verificando-se que a pontuação total média do DHI nestes participantes foi de 43,25 (DP=15,76). No exame de rastreio de vertigem, 50% dos participantes com vertigem e 20% dos participantes sem vertigem apresentaram desvio para o lado coincidente com o lado submetido a mastoidectomia, mas sem outras alterações nas restantes provas.Discussão: A prevalência de vertigem determinada neste estudo implica que a vertigem após mastoidectomia deve ser valorizada e incorporada a sua avaliação no seguimento destes pacientes, verificando-se que efetivamente esta pode implicar alterações no dia-a-dia destes doentes, como verificamos pelo domínio físico do DHI. A avaliação de vertigem deve ser completa, considerando que no exame de rastreio apenas foram identificadas alterações na prova de Unterberger, sendo necessário a inclusão de outros exames complementares.Conclusão: A vertigem apresenta uma prevalência considerável nesta população, sugerindo-se um seguimento atento deste tipo de manifestação. A escala DHI revelou ser uma ferramenta útil para aplicar no follow-up destes doentes.
Introduction: Cholesteatoma is defined as an abnormal growth of squamous keratinized epithelium, associated with an inflammatory component that is responsible for bone resorption and consequent erosion of the temporal bone´s structures. The treatment is surgical and involves the removal of cholesteatoma through mastoidectomy. The current literature is mostly focused on the hearing component in the follow-up of these patients, so the vestibular component is still addressed on a small scale. This study aims to assess the prevalence of dizziness in patients who were previously submitted to mastoidectomy due to cholesteatoma and their perception of their dizziness handicap.Methodology: In this research were included 9 individuals who were in follow-up after being submitted to mastoidectomy owning to cholesteatoma for at least 6 months. It was applied a sociodemographic questionnaire for the sample’s characterization and executed bedside testing constituted by the spontaneous nystagmus evaluation in three gaze positions, Head Shaking test, Romberg test, and Unterberger test. The Portuguese version of the Dizziness Handicap Inventory (DHI) questionnaire was also applied for the subjective assessment of the quality of life related to dizziness. The tonal audiogram was used to evaluate the hearing impairment through the air threshold. The statistical analysis of the obtained data was conducted using the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) program.Results: 44,4% of the participants claimed to have dizziness episodes. The remaining 55,6% denied dizziness complaints. Concerning the bedside tests, 50% of the participants who claimed dizziness episodes and 25% of the participants who denied dizziness complaints rotated to the side of the ear submitted to mastoidectomy. It was established that the mean total score of DHI obtained from participants with dizziness was 43,25 (SD=15,76). Discussion: Several authors used the DHI in individuals who submitted to mastoidectomy, reported similar values of mean total score to this article, which suggests that dizziness is a determinant factor in the quality of life of these individuals. Hence, dizziness complaints must be targeted for further investigation in patients with mastoidectomy due to cholesteatoma.Conclusion: Dizziness is present in a considerable amount of these individuals. Thus, it is recommended a careful follow-up of dizziness after mastoidectomy. The DHI questionnaire revealed to be a useful tool in the follow-up of these patients.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102336
Rights: embargoedAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

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