Lean on Me Against COVID-19: Dyadic Coping as a Mediator Between Emotional Distress and Relationship Quality

Abstract

Introdução: A doença de COVID-19 foi declarada pandemia mundial pela Organização Mundial de Saúde em 2020. Devido à sua rápida propagação, novidade e, pela literatura prévia sobre crises sanitárias, espera-se que possa provocar distress emocional. No casal, os indivíduos não só recorrem ao seu parceiro para apoio, mas o distress vivido por cada elemento poderá afetar a qualidade da relação. Por existir esta relação bidirecional, o coping diádico surge para a compreensão das estratégias de enfrentamento utilizadas pelo casal, podendo ser influenciado por fatores sociodemográficos.Objetivos: Avaliaram-se os níveis de ansiedade, stress e depressão (distress emocional) dos casais portugueses para averiguar o papel mediador do coping diádico entre estes e a qualidade da relação conjugal, avaliando, também, como o género modera a relação entre o distress e o coping diádico. Método: A amostra incluiu 581 participantes, dos quais 84.4% mulheres, com idade média de 39.7 anos, recolhida entre março e maio de 2020.Resultados: Os resultados sugerem que: (a) não foram revelados sintomas significativamente elevados de distress emocional; (b) o género como mediador comprova-se em níveis de distress normal, nas mulheres quanto maior o distress emocional, menor é o recurso às estratégias de coping, mas em níveis mais elevados, esta moderação não se verifica e (c) não existe efeito mediador do coping diádico para níveis elevados de distress emocional.Conclusões: Contrariamente ao esperado, os níveis de distress emocional foram reduzidos o que levou a um impacto menor deste nos casais. Estes resultados, observados em estudos sincrónicos, mostram que o papel do coping diádico em situações extremas diferencia-se do estabelecido pela literatura.

Background: The COVID-19 disease was declared pandemic by the World Health Organization in 2020. Due to its fast pace, uncertainty, and the current literature about diseases crisis, its expected an increase in emotional distress. In the couple, not only do people turn to their partner for support, but their emotional distress can affect the relationship. As result of this bidirectional relationship, dyadic coping came as concept to understand how the couple strategizes to lessen the effects of emotional distress, with the caveat that it is also influenced by multiple sociodemographic variables.Objectives: This study aimed to evaluate depression, anxiety and stress levels (emotional distress) of Portuguese couples and to assess the mediating role of dyadic coping between said distress on the couple’s relationship quality, while integrating gender moderating dyadic coping’s performance.Method: The sample included 581 participants, 84.4% women, with a mean age of 39.7 years old, collected between March and May of 2020.Results: The results show that: (a) the sample didn’t exhibit high levels of emotional distress; (b) gender as a moderator, for normal levels of distress, in women the more emotional distress the less use of dyadic coping, however, however in above normal distress levels this moderation effect withdraws; and (c) there isn’t a mediator effect of dyadic coping for high distress levels.Conclusions: This paper, along recent others, found that the population surprisingly didn’t exhibit the expected high levels of emotional distress which led to a lowered impact on couples. These results show that the role of dyadic coping in extreme situations is different from the one expected by the literature.