Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/96757
Título: Epistemologias do Sul e descolonização da saúde: por uma ecologia de cuidados na saúde coletiva
Outros títulos: Epistemologies of the South and decolonization of health: for an ecology of care in collective health
Autor: Nunes, João Arriscado 
Louvison, Marília
Palavras-chave: Saúde coletiva; Descolonização da saúde; Biomedicalização; Epistemologias do Sul; Collective health; Health decolonization; Biomedicalization; Epistemologies of the South
Data: 2020
Editora: Universidade de São Paulo
Título da revista, periódico, livro ou evento: Saúde e Sociedade
Volume: 29
Número: 3
Local de edição ou do evento: São Paulo
Resumo: Este ensaio aborda a importância da descolonização da saúde, fundamentada no referencial teórico das epistemologias do Sul de Boaventura de Sousa Santos, e aponta para uma ecologia de cuidados a ser produzida no campo da saúde coletiva, abordando saúde e doença, sofrimento e cura, agravo e cuidado por formas de luta que emergem no enfrentamento das dinâmicas capitalista, colonialista e patriarcal. O processo de biomedicalização tem se produzido na emergência de uma monocultura de concepções dominantes do saber biomédico que define as condições de validade do conhecimento e das intervenções sobre saúde, doença, cuidado e cura. Esta análise aponta para a importância de pesquisas colaborativas e não extrativistas que partem do reconhecimento dessa diversidade de saberes, práticas e experiências, da sua copresença e dos seus encontros, das lutas pela justiça social e cognitiva e das múltiplas e diversificadas lutas pelo acesso à saúde e aos cuidados de saúde. As relações entre a saúde coletiva e os saberes e práticas do cuidado e da cura que fazem parte da experiência e do mundo dos povos indígenas aparecem como um exemplo importante para o aprendizado de um pensamento e de um agir ecológico em saúde.
This essay focuses on the importance of decolonizing health care, based on the theoretical framework of the epistemologies of the South proposed by Boaventura de Sousa Santos, and points to an ecology of care to be produced in the field of public healthcare, approaching health and illness, suffering and healing, disorder and care through struggles that emerge in facing capitalist, colonialist and patriarchal dynamics. The process of biomedicalization emerges within a monoculture of dominant conceptions of biomedical knowledge that define the terms of validity of knowledge and interventions on health, illness, care and healing. This analysis points to the importance of collaborative and non-extractivist research projects based on the recognition of the diversity of knowledges, practices and experiences, of their copresence and their encounters, of the struggles for social and cognitive justice and of the multiple and diverse struggles for health and access to medical care. The relations between collective health and the knowledge, care, and healing practices that are part of the experience and of the world of the indigenous peoples emerge as an important example of how to learn to think and act ecologically in the field of health.
URI: https://hdl.handle.net/10316/96757
ISSN: 1984-0470
0104-1290
DOI: 10.1590/s0104-12902020200563
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:I&D CES - Artigos em Revistas Internacionais

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato
Epistemologias do Sul e descolonizacao da saude.pdf141.88 kBAdobe PDFVer/Abrir
Mostrar registo em formato completo

Google ScholarTM

Verificar

Altmetric

Altmetric


Este registo está protegido por Licença Creative Commons Creative Commons