The Effect of Burnout on The Quality of Life of Judicial Professionals: The Mediating Role of Psychopathological Symptoms and Moderating Role of Sex

Abstract

Aims: This study analyzed the impact of burnout on the physical health domain of quality of life in magistrates and court staff of the courts in Portugal, examining the mediating effect of psychopathological symptoms and the moderating effect of sex on this relationship. Methods: A total of 1,322 judicial professionals responded to an online protocol that, assessed burnout (OLBI), quality of life (WHOQoL-Bref) and psychopathological symptoms (BSI), among others. Structural analysis (path analysis) was used to build a model that analyzes the relationship between the variables mentioned, and invariance analysis was used to compare the model across the two professional groups. Results: Burnout seems to have a significant negative effect on the physical health domain of judicial professionals' quality of life. Psychopathological symptoms partially mediated this relationship, but sex did not show a moderating effect. The tested model was shown to be invariant for both professional categories. Conclusions: For both professional categories, burnout has a negative impact the physical health domain of professionals' quality of life and psychopathological symptoms mediate this relationship. On the contrary, for both categories, sex is not a moderator of this relationship between burnout and the physical health domain of quality of life. The present study, besides contributing to fill a gap in the literature, supports the need to invest in promoting the health and well-being of judicial professionals, through intervention programs for burnout prevention, thus contributing to safeguard the quality of Portuguese justice.

Objetivos: Este estudo analisou o impacto do burnout no domínio físico da qualidade de vida em magistrados e funcionários judiciais dos tribunais em Portugal, examinando o efeito mediador dos sintomas psicopatológicos e o efeito moderador do sexo nesta relação. Métodos: Um total de 1,322 profissionais judiciais responderam a um protocolo que, entre outros, avaliou o burnout (OLBI), a qualidade de vida (WHOQoL-Bref) e os sintomas psicopatológicos (BSI). Foram usadas análises estruturais (path analysis) para a construção de um modelo que analisa a relação entre as variáveis referidas, e a análise de invariância para comparar o modelo nos dois grupos profissionais. Resultados: O burnout parece ter tido um significativo efeito negativo no domínio físico da qualidade de vida dos profissionais judiciais. Os sintomas psicopatológicos mediam parcialmente esta relação, mas o sexo não demonstrou um efeito moderador. O modelo testado mostrou-se invariante para as duas categorias profissionais. Conclusões: Para ambas as categorias profissionais, o burnout tem um impacto negativo no domínio da saúde física da qualidade de vida dos profissionais e os sintomas psicopatológicos medeiam esta relação. Pelo contrário, para ambas as categorias, o sexo não é um moderador desta relação entre o burnout e o domínio físico da qualidade de vida. O presente estudo, para além de contribuir para preencher uma lacuna existente na literatura, suporta a necessidade de investir na promoção da saúde e bem-estar dos profissionais judiciais, através de programas de intervenção para prevenção do burnout, contribuindo, assim, para salvaguardar a qualidade da justiça portuguesa.