The origins of submissive compassion: the traumatic impact of early shame experiences, shame, self-criticism and social anxiety

Abstract

Embora alguns estudos tenham comprovado os benefícios da compaixão no bem-estar, as pessoas podem comportar-se prossocialmente por diferentes motivos, nem todos genuinamente compassivos. A compaixão submissa - cuidar para evitar rejeição - tem sido relacionada com a vergonha, comportamentos submissos e ansiedade. Além disso, há evidência de que experiencias precoces de vergonha que revelam características traumáticas estão associadas com a vergonha e ansiedade social. O autocriticismo também tem sido relacionado com experiencias precoces de vergonha, vergonha e ansiedade social. Uma vez que não existiam estudos que relacionassem todas estas variáveis esse foi o objectivo do presente estudo, nomeadamente, investigar se o impacto traumático de experiencias precoces de vergonha estaria associado à compaixão submissa, e se a vergonha, autocriticismo e ansiedade social mediariam esta relação. O estudo transversal incluiu duas populações (estudantes e adultos) mas, uma vez que se verificaram diferenças significativas entre elas decidimos introduzir a população como variável de controlo e utilizar a amostra total (N = 515: M (idade) = 27.36; SD = 11.69). Correlações parciais revelaram associações positivas, moderadas e significativas entre todas as variáveis. Quatro modelos de mediação simples estimados com o PROCESS revelaram que o impacto traumático de experiências precoces está directamente e indirectamente associado, através da vergonha, do autocriticismo e da ansiedade social, com a compaixão submissa. Em conclusão, o impacto traumático de experiências precoces de vergonha, a vergonha, o autocriticismo e, particularmente, a ansiedade social aparentam estar no núcleo da compaixão submissa. Outros resultados são discutidos, tal como as contribuições do presente estudo e possíveis implicações clínicas.

While several studies have provided evidence of the positive effects of compassion on well-being, people can behave in prosocial ways for different reasons, not all genuinely compassionate. Submissive compassion - being caring in order to avoid rejection- has been linked to shame, submissiveness and anxiety. Furthermore, there is increasing evidence that early shame experiences revealing trauma characteristics are linked to shame and social anxiety. Self-criticism has also been linked to early shame experiences, shame and social anxiety. Since there were no prior studies addressing all these variables together, this was the aim of the present study, particularly to investigate whether the traumatic impact of early shame experiences was associated with submissive compassion and if shame, self-criticism and social anxiety mediated this relationship. The cross-sectional study included two populations (student and adult samples) but, since there were significant differences we decided to introduce population as a control variable in the subsequent models and thus, only the total sample was used (N = 515: M (age) = 27.36; SD = 11.69). Partial correlations revealed positive, moderate and significant associations between all variables. Four simple mediation models were estimated using PROCESS revealing that the traumatic impact of early shame experiences is directly and indirectly associated, through shame, self-criticism and social anxiety, to submissive compassion. In conclusion, the traumatic impact of early shame experiences, shame, self-criticism, and particularly social anxiety, seem to be at the core of submissive compassion. Other results are discussed, as well as contributions of the present study and possible clinical implications.