Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/90099
Título: Misophonia: Coping Mechanisms and Impact on Daily Life
Outros títulos: Misofonia: Mecanismos de Coping e Impacto na Vida Diária
Autor: Cruz, Cláudia Marina Carneiro da
Orientador: Cerejeira, Joaquim Manuel Soares
Simões, José Augusto Rodrigues
Palavras-chave: Misofonia; Mecanismos de coping; Impacto; Coping; Emoções; Emotions; Misophonia; Coping mechanisms; Impact; Coping
Data: 28-Mar-2019
Título da revista, periódico, livro ou evento: Misophonia: Coping Mechanisms and Impact on Daily Life
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Resumo: Introdução: A misofonia (“ódio do som”) é um distúrbio relativamente desconhecido, definido por uma resposta adversa exagerada a estímulos auditivos específicos que geralmente são repetitivos e de origem humana, animal ou mecânica. Os misofónicos desenvolvem várias estratégias de coping para lidarem com as suas reações exageradas aos sons e, neste estudo, o nosso objetivo é determinar quais são os mecanismos de coping mais comuns em pessoas com sintomas misofónicos significativos e determinar que impacto têm esses mecanismos e sintomas em vários aspetos da vida.Métodos: Foram realizadas entrevistas clínicas estruturadas, baseadas nas escalas A-MISO-S (Amsterdam Misophonia Scale), MAQ (Misophonia Assessment Questionnaire), MER (Misophonia Emotional Responses), MCR (Misophonia Coping Responses) e MIS (Misophonia Impact Survey). Estas foram traduzidas e modificadas. A amostra foi constituída por 44 participantes que recorreram a consultas de cuidados primários e secundários (psiquiátricos).Resultados: Os participantes com níveis significativos de sintomas misofónicos encontrados (25% da amostra) tinham pontuações de A-MISO-S entre 5 (sintomas leves) a 10 (sintomas moderados) e os mecanismos de coping mais comummente referidos foram fechar os olhos ou virar-se de costas, perguntar calmamente à pessoa para parar, cobrir uma ou ambas as orelhas discretamente, afastar-se lentamente da fonte de som e abandonar o espaço após tentar tolerar os sons. Para mais de metade dos doentes, a Misofonia interferia com o trabalho e com as atividades de vida diária e referiram que evitavam certas coisas, lugares e pessoas devido a esta entidade. No geral, o impacto na vida não era muito significativo quando eram questionados acerca de aspetos específicos da vida, mas alguns dos participantes referiram mesmo assim um impacto significativo, mais pronunciado na vida social, atividades de lazer, atividades individuais e tempo passado sozinhos. A severidade dos sintomas misofónicos não se correlacionava com o impacto na vida diária.Discussão: Os mecanismos de coping mais comuns consistiam em estratégias não-confrontativas, o que pode revelar uma falta de autoafirmação nos indivíduos com sintomas misofónicos significativos. O impacto na vida diária era mais proeminente quando questionados acerca da vida no geral do que quando questionados acerca de aspetos específicos da vida e não se correlacionava com a severidade dos sintomas, pelo que participantes com o mesmo grau de severidade revelaram diferentes graus de impacto na vida, o que pode ser atribuível a experiências pessoais diferentes.Conclusão: Pessoas com sintomas misofónicos significativos geralmente necessitam de desenvolver mecanismos de coping para lidar com os sons e estes aparentemente causam, de facto, um grau significativo de sofrimento emocional e de impacto na vida diária mesmo na existência de sintomas leves e moderados.
Introduction: Misophonia (“hatred of sound”) is a relatively unknown condition defined by an exaggerated aversive response to specific auditory stimuli that are usually repetitive and of human, animal or mechanical origin. Misophonics develop coping strategies to deal with their exaggerated reactions to the sound triggers and, in this study, we aim to report common coping mechanisms on patients with significant misophonic symptoms and to determine how much impact those mechanisms and symptoms have on the various aspects of life.Methods: A structured clinical interview was conducted, based on the Amsterdam Misophonia Scale (A-MISO-S), the Misophonia Assessment Questionnaire (MAQ), the Misophonia Emotional Responses (MER) scale, The Misophonia Coping Responses (MCR) scale and on the Misophonia Impact Survey (MIS). They were translated and adapted. The sample consisted of 44 participants who attended consultation in primary or secondary (psychiatric) care.Results: The patients with significant misophonic symptoms (25% of the sample) had A-MISO-S scores ranging from 5 (mild symptoms) to 10 (moderate symptoms) and the most commonly reported coping mechanisms were closing the eyes or turning away, calmly asking the person to stop, discreetly covering up one or both ears, calmly moving away and leaving the room after attempting to tolerate the sounds. For more than half of them, Misophonia interfered with work and daily life activities and they reported to avoid some things, places and people because of this condition. In general, the life impact was not very significant when asked about specific aspects of life, but some participants still reported an important impact, more pronounced on social life, leisure activities, individual activities and alone time. The severity of misophonic symptoms did not correlate with the impact on daily life. Discussion: The most common coping mechanisms consisted of non-confrontational strategies, which might reveal a lack of self-affirmation in people with significant misophonic symptoms. The impact on daily life was more prominent when asked about general life instead of specific life aspects and it did not correlate with the severity of misophonic symptoms, since patients with the same severity score revealed different scores on life impact, which might be attributable to different personal experiences.Conclusion: People with significant misophonic symptoms commonly need to develop coping mechanisms to deal with their trigger sounds and this apparently causes, in fact, a significant degree of emotional suffering and of impact on daily life even in people with mild and moderate symptoms.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/90099
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

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