Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/90073
Título: Mau Posicionamento Congénito da Unha e Correção Cirúrgica
Outros títulos: Congenital Malalignment of the Nail and Surgical Correction
Autor: Matos, Ana Rita Rodrigues
Orientador: Vieira, Ricardo José David Costa
Palavras-chave: Unhas; Mau Posicionamento; Cirurgia da Unha; Retalho Dermogueal; Distrofia Ungueal; Nails; Malalignment; Nail Surgery; Ungueodermal Flap; Nail Dystrophy
Data: 21-Mai-2019
Título da revista, periódico, livro ou evento: Mau Posicionamento Congénito da Unha e Correção Cirúrgica
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Resumo: Introdução: O Mau posicionamento congénito da unha é uma distrofia ungueal congénita de etiologia ainda mal conhecida, tendo sido sugerida a existência de um fator hereditário,assim como fatores ambientais extrínsecos. Caracteriza-se pelo desvio lateral do prato ungueal, que não está paralelo ao maior eixo da falange distal. Apresenta-se na maioria das vezes no hallux, podendo, contudo, afetar outros dedos. Normalmente apresenta-se na infância, sendo raras as apresentações mais tardias. O tratamento desta patologia deve terem conta o grau do desvio ungueal e a severidade da distrofia do prato ungueal,ponderando-se então uma abordagem conservadora ou uma terapêutica cirúrgica.Materiais e Métodos: O presente artigo de revisão foi realizado através de consulta de artigos científicos, de investigação e de revisão de casos clínicos, com recurso a plataformas como o PubMed e ClinicalKey, assim como da consulta de livros da área de especialidade de Dermatologia, como “Nail surgery”,”Surgery of the skin” e “Pediatric Dermatologic” Desenvolvimento: O tratamento do mau posicionamento congénito da unha deve ser considerado dependendo do nível do desvio da placa ungueal e da distrofia ungueal presente no momento do diagnóstico. Se o nível do desvio lateral da placa ungueal for mínimo, pode ser adotada uma abordagem conservadora e uma atitude expectante, quepermita prevenir possíveis complicações e intervir o mais precocemente possível caso haja um agravamento do quadro, visto haver regressão espontânea do caso até aos 10 anos de idade em 50% dos casos. No caso de o desvio ser moderado a severo, é recomendado recorrer a terapêutica cirúrgica, devendo preferencialmente ser realizado até aos 2 anos deidade (em limite, até aos 5 anos). Nesse caso, é usado um retalho dermoungueal para realinhar a unidade ungueal, posicionando-se de novo a placa ungueal com direção paralela ao eixo da falange distal. É realizada uma incisão em cunha à volta de toda a falange distal,com extensão em profundidade do leito ungueal até ao tendão extensor do hallux,destacando a totalidade da unidade ungueal do osso. Depois de dissecada, é possível redirecionar a unidade ungueal para a sua posição anatómica correta. Pode ser usado um triângulo de Burow no início da região medial da incisão para permitir uma melhor rotação e reposicionamento do retalho, podendo, por fim, ser suturado na posição correta. Esta técnica cirúrgica permite uma cura completa do quadro clínico, melhorando a estética da unha assim como resolvendo a recorrência de complicações. Quando o desvio é severo, em pacientes com complicações graves de repetição, em idade mais avançada, em que a unha já não adere ao leito ungueal, a cura é considerada impossível. Pode-se realizar-se, nesses casos, uma matricectomia total, sendo, contudo, uma terapêutica mais controversa, devido à consequente perda permanente de unha.Conclusão: O mau posicionamento congénito da unha é uma condição que passa muitas vezes despercebida, podendo não ser diagnosticada no tempo ótimo para realizar um tratamento curativo. Pode causar distrofia grave da placa ungueal bem como grande desconforto devido às complicações associadas, como paroníquia, retroníquia, onicocriptosee hemionicogrifose, resultado de trauma repetido a que o pé é sujeito, por exemplo por calçado de tamanho não apropriado, prática de desporto ou mesmo causada pela marcha ou o ato de gatinhar em crianças pequenas. É de importância extrema que, por isso, seja feito um diagnóstico atempado, para prevenir tratamentos inadequados ou evitar eventuais complicações distróficas no futuro.
Introduction: Congenital malalignment of the great toe nail is a nail dystrophy which the etiology is still unknown. It has been proposed an hereditary factor as the cause of thisdisorder, as well as extrinsic factors have been considered. It’s characterized by a lateraldeviation of the nail plate, which is not parallel to the major axis of the distal phalanx. Itoccurs mainly on the hallux, but it can occur on other toes and fingernails. It usually appearsduring childhood, while late onset is uncommon. The treatment for this disorder depends onthe degree of deviation of the nail plate and the level of nail dystrophy, consisting from aconservative approach to surgical therapy.Materials and Methods: The present paper was written by consulting scientific papers,investigation articles and review of clinical cases, acquired through platforms such asPubMed and ClinicalKey, as well as the use of Dermatology books like “Nail surgery”,“Surgery of the skin” and “Pediatric Dermatologic”Development: The treatment of congenital malalignment of the nail depends on the level ofdeviation of the nail plate and nail dystrophy present at the moment of the diagnosis. If thedegree of the lateral deviation of the nail plate and nail dystrophy is mild, a conservative approach and an expectant attitude must be considered, preventing possible complications and early intervention if the condition gets worse, since that it has been reported a spontaneous regression of the deviation until the age of 10 years in 50% of the cases. In cases of moderate to severe deviation, it is advised to perform surgical correction before theage of two (ultimately, the deadline would be 5 years old). In order to realign the nail apparatus to its formal position, parallel to the longitudinal axis of the distal phalanx, it isused an ungueodermal flap. A wedge incision is made all around the distal phalanx, underthe nail bed up to the extensor tendon, dissecting the whole nail apparatus from the bone.The rotation of the nail is now possible, realigning it to its correct anatomic position. A Burrow triangle may be used, excised at the beginning of the medial incision line that enables the whole nail apparatus to be swung over the resection area, so that the nail can be realigned and then sutured. This surgical technique allows complete healing of the disorder, making it more aesthetically acceptable as well as preventing future complications. When the deviation is severe and patients are older than the optimal age for correction, the cure is unlikely. Insuch cases, matricectomy can be performed, leading to a complete resolution of the disorde rbeing, however, a controversial approach, due to the fact that it results in permanent loss ofthe nail7Conclusion: Congenital malalignment of the nail is a disorder, usually unnoticed, leading toa late diagnosis that can delay proper curative treatment. This condition can cause severenail dystrophy and therefore great discomfort due to consequent complications, such as paronychia, retronychia, onicogriptosis and hemionicogryphosis, resulting from repetitive trauma to the foot, caused by unfitted shoes, sports practice or during gait or crawling insmall children. It is of great importance that a correct diagnosis can occur at an optimal moment, to prevent unnecessary treatment, as well as avoid future dystrophic complications.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/90073
Direitos: closedAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

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