Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/89847
Title: Perspetivas dos médicos nos cuidados de saúde primários sobre a abordagem da identidade de género em consulta
Other Titles: PERSPECTIVES OF PRIMARY HEALTH CARE PHYSICIANS ON THE APPROACH OF GENDER IDENTITY IN CONSULTATION
Authors: Guilherme, Ana Margarida Mendes
Orientador: Constantino, Liliana Rute António
Renca, Susana Maria Nunes
Keywords: Cuidados de Saúde Primários; Sexualidade; Identidade; Género; Primary Care; Sexuality; Identity; Gender
Issue Date: 13-Jun-2019
Serial title, monograph or event: Perspetivas dos médicos nos cuidados de saúde primários sobre a abordagem da identidade de género em consulta
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Introdução: Identidade de género é definida como sendo a perceção interna de se ser masculino, feminino ou outro. Indivíduos transgénero são pessoas cuja identidade, expressão ou comportamento relacionados com o género diferem dos previstos para o sexo que lhes foi atribuído à nascença. Estudos publicados correlacionaram, de forma significativa, uma melhor saúde física e mental nas pessoas transgénero que são acompanhadas, nos Cuidados de Saúde Primários (CSP), por profissionais empáticos e com formação na área. Objetivos: Pretendeu-se identificar e caracterizar dificuldades pressentidas e necessidades formativas não adquiridas, dos médicos nos CSP, no que respeita a questões acerca da identidade de género, em consulta. Materiais e Métodos: Realizou-se um estudo descritivo observacional cuja população foi constituída pelos médicos dos CSP do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) do Baixo Mondego. Aplicou-se um questionário online anónimo para obter dados sociodemográficos, inferir prevalência de casos relacionados com identidade de género, averiguar barreiras percecionadas, determinar atitudes perante e gestão de casos de disforia de género e sinalizar expectativas relativamente a formação contínua. Fez-se análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: Reportou-se grande prevalência de casos relacionados com identidade de género (21%, n=20). Verificou-se falta de consenso no que respeita as atitudes perante qualquer questão relativa à sexualidade e em particular sobre a identidade de género. A experiência prévia foi percecionada como a ferramenta mais útil dos profissionais, nomeadamente dos que têm mais anos de prática clínica (ANOVA p=0,002 e p=0,006). A formação foi considerada inadequada à realidade clínica (81%), sendo esta a dificuldade pressentida mais assinalada. Discussão: Este trabalho apresenta como limitações o reduzido tamanho da amostra, alguns passos da validação do instrumento utilizado e os diferentes vieses inerentes à aplicação de questionários que avaliam comportamentos auto-reportados. Torna-se necessária a realização de estudos futuros em amostras maiores, bem como a descrição da vivência dos utentes portugueses com disforia de género, realçando-se a necessidade de um guia orientador para a abordagem de disforia de género nos CSP. Conclusão: A identidade de género foi considerada uma questão pertinente e os médicos estão dispostos a despender do seu tempo para se (in)formar.
Introduction: Gender identity is defined as the inner perception of being male, female or other. Transgender individuals are persons whose gender identity, expression or behavior differ from those predicted for the gender they were given at birth. Published studies have significantly correlated better physical and mental health in transgender people who are followed in Primary Health Care (PHC) by empathic and trained professionals.Objectives: The aim was to identify and characterize perceived difficulties and non-acquired training needs of physicians in PHC, regarding questions about gender identity, in consultation.Materials and Methods: An observational descriptive study was carried out, whose population was made up of physicians from the PHC of the Health Centers Grouping (HCG) of Baixo Mondego. An anonymous online questionnaire was used to obtain sociodemographic data, to infer prevalence of cases related to gender identity, to investigate perceived barriers, to determine attitudes towards the management of gender dysphoria, and to signal expectations regarding continuous education. Descriptive and inferential statistical analysis were performed.Results: A high prevalence of cases related to gender identity was reported (21%, n = 20). There was a lack of consensus regarding attitudes towards any issue related to sexuality and particularly on gender identity. Previous experience was perceived as the most useful tool of professionals, especially those with more years of clinical practice (ANOVA p = 0.002 and p = 0.006). The training was considered inadequate to the clinical reality (81%), this being the most perceived difficulty.Discussion: This study presents as limitations the small size of the sample, some steps of the validation of the instrument used and the different bias inherent in the application of questionnaires that evaluate self-reported behaviors. It is necessary to carry out future studies on larger samples, as well as describe the experience of Portuguese people with gender dysphoria. It also highlighted the need for a guideline to address gender dysphoria in PHC.Conclusion: Gender identity was considered a relevant issue and doctors are willing to take the time to learn.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/89847
Rights: embargoedAccess
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