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Título: Suplementação proteica em jovens atletas e o seu impacto na função renal
Outros títulos: Protein supplementation in young athletes and the impact on renal function
Autor: Alves, Sofia Ribeiro Pereira
Orientador: Gomes, João Pedro Figueiredo
Santos, Lélita Conceição
Palavras-chave: Proteínas; Suplementos nutricionais; Dieta rica em proteínas; Atletas; Rim; Proteins; Dietary supplements; High-protein diet; Athletes; Kidney
Data: 18-Jun-2019
Título da revista, periódico, livro ou evento: Suplementação proteica em jovens atletas e o seu impacto na função renal
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Resumo: O desempenho desportivo é significativamente influenciado pelo estado nutricional dos atletas, sendo, por isso, fundamental a adoção de uma alimentação correta e adaptada a cada um. Atualmente, a grande maioria dos atletas, profissionais e amadores, para além de terem uma alimentação controlada, procuram outros recursos para atingirem os seus objetivos e as suas necessidades. Deste modo, têm utilizado cada vez mais suplementos nutricionais, nomeadamente suplementos proteicos, que são os mais utilizados.Durante a atividade física há degradação das proteínas musculares e oxidação dos aminoácidos, pelo que o aporte proteico é fundamental para promover a reposição de aminoácidos e, assim, a reparação e a hipertrofia muscular. Embora sejam necessárias mais pesquisas nesta área, as evidências indicam que as necessidades proteicas dos atletas são mais elevadas, comparativamente aos indivíduos sedentários. Enquanto que a quantidade de proteína recomendada para a população geral é de 0,80 g/Kg/dia, para os atletas a quantidade indicada varia entre 1,2 e 2,0 g/Kg/dia, dependendo do tipo e da intensidade do exercício. No entanto, tais ingestões são facilmente excedidas, principalmente pelos atletas profissionais de desportos de força como o bodybuilding, maioritariamente com recurso a suplementos.Apesar de todas as vantagens já demonstradas do uso de quantidades superiores de proteína em atletas, a sua segurança e as suas possíveis repercussões na saúde, particularmente a nível da função renal, têm sido questionadas nos últimos anos. Segundo vários estudos, o consumo de elevadas doses de proteína tem sido associado a hiperfiltração glomerular, a um aumento da excreção ácida e diminuição do pH urinário, aumentando o risco de nefrolitíase, e a um maior risco de desidratação. No entanto, acredita-se que, relativamente à hiperfiltração, apenas representa uma adaptação fisiológica do rim ao maior aporte proteico, de forma a conseguir excretar o excesso de produtos azotados resultantes do metabolismo proteico, não promovendo o desenvolvimento de doença renal a longo prazo. Relativamente ao risco de nefrolitíase, este depende da fonte proteica ingerida, sendo que os estudos em suplementos proteicos ainda são escassos e contraditórios.Concluindo, como ainda não há evidências científicas significativas que indiquem que o aumento do consumo proteico, nomeadamente através de suplementos, represente risco para os atletas saudáveis, o seu consumo acima dos valores recomendados deve ser evitado, de forma a prevenir qualquer potencial efeito negativo na função renal e na saúde em geral.
Sports performance is significantly influenced by the nutritional status of athletes, so it is important to adopt a correct and adapted diet to each one. The majority of professional and amateur athletes, in addition to having a controlled diet, seek other resources to meet their nutritional needs and goals. For this reason, currently, the use of nutritional supplements has increased significantly and the protein ones are the most used.During physical activity there is degradation of muscle proteins and oxidation of amino acids, with consequent negative protein balance, so the supply of protein is fundamental to promote protein synthesis and, thus, muscle repair and hypertrophy. Although more research is needed in this area, the evidence indicates that athletes' protein requirements are higher compared to sedentary individuals. While the amount of protein recommended for the general population is 0.80 g/kg/day, for athletes the indicated amount varies between 1.2 and 2.0 g/kg/day, depending on the type and intensity of the exercise. However, such ingestions are easily exceeded by physically active individuals, particularly by professional athletes of strength sports such as bodybuilding, mostly with the use of protein supplements.Despite all the advantages already demonstrated with the use of higher amounts of protein in athletes, their safety and possible impact on health, and particularly on renal function, have been questioned in recent years. According to several studies, consumption of high protein doses has been associated with glomerular hyperfiltration, high levels of acid excretion and decreased urinary pH which increases the risk of nephrolithiasis, and an increased risk of dehydration. However, it is believed that hyperfiltration only represents a physiological adaptation of the kidney to the greater protein intake, in order to excrete excess nitrogen products resulting from protein metabolism, not promoting the development of renal disease in the long term. Regarding the risk of nephrolithiasis, this depends on the protein source ingested, and studies on protein supplements are still scarce and contradictory.In conclusion, there is still no significant scientific evidence to indicate that increased protein intake and protein supplementation pose a risk for healthy athletes, particularly in renal function. Nevertheless, the consumption over the recommended values should be avoided in order to prevent any negative effect on renal function and general health.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/89793
Direitos: embargoedAccess
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