Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/89633
Título: Atividade Física e Burnout numa população de médicos internos em Portugal
Outros títulos: Physical Activity and Burnout in a population of medical residents in Portugal
Autor: Costa, Tânia Margarida Azevedo 
Orientador: Ribeiro, Carlos Alberto Fontes
Palavras-chave: Burnout; Atividade física; Sedentarismo; Médicos; Burnout; Physical activity; Sedentary behavior; Physicians
Data: 24-Set-2019
Título da revista, periódico, livro ou evento: Atividade Física e Burnout numa população de médicos internos em Portugal
Local de edição ou do evento: ARS Centro
Resumo: Physical activity has been related to good health outcomes, but its practice in Portugal falls short of that recommended by the World Health Organization (WHO), being created the National Program for the Promotion of Physical Activity. Burnout, in its three dimensions (emotional exhaustion, depersonalization and personal accomplishment), presents an increasing prevalence, constituting a syndrome of exhaustion related to the work with "the other", very common in health professionals. Physical activity has been related to a decrease in burnout levels, being the main objective of this study to verify this relationship in a population of medical residents in Portugal.An observational and cross-sectional study was carried out after obtaining a favorable opinion by ARS Centro Ethics Committee. We applied questionnaires, published by e-mail and facebook – sociodemographic, International Physical Activity Questionnaire (short form) and Maslach Burnout Inventory – Human Services Survey. A convenience sample of medical residents of Family Medicine in the Central region was studied, using Excel ® and SPSS ®, with the tests Kolmogorov-Smirnov, Shapiro-Wilk, histogram analysis, Kruskal-Wallis and Spearman coefficient of correlation.109 responses (24.22% of the population) were obtained, of which 77.98% were female and 22.02% male. 11.93% were in the first year of residency, 27.52% in the 2nd year, 32.11% in the 3rd year and 28.44% in the 4th year. The median age was 28 years, with Q1 27 and Q3 30. 60 individuals (55.04%) had moderate to high levels of burnout in the emotional exhaustion dimension and 42.20% in the depersonalization dimension. Only 29.36% had a high level of personal accomplishment. 83 individuals (76.15%) complied with the WHO physical activity recommendations. A statistically significant relationship was found between the three dimensions of burnout and physical activity, with a decrease in emotional exhaustion (p=0.001) and depersonalization (p=0.017) with greater physical activity and increased personal accomplishment (p=0.013). Higher levels of sedentary lifestyle conditioned higher levels of burnout in the emotional exhaustion dimension, with statistical significance (p=0.014).The levels of burnout obtained in this study were lower than those described in the literature, but, contrary to what was expected from these results, the levels of personal accomplishment were also lower, which may be due to the population corresponding to doctors in training. The practice of physical activity was much higher than that reported in the portuguese population. According to data suggested in the literature, a relationship was found between the greater practice of physical activity and the lower level of burnout, which is more relevant to the emotional exhaustion dimension. Consistent with these results, higher levels of burnout were achieved with the advancement of the year of residency, concomitant with lower levels of physical activity.The practice of physical activity seems to be a good mean in controlling the levels of burnout, with a particular focus on emotional exhaustion. More studies will be needed to corroborate the data obtained in this study.
A atividade física tem sido relacionada com bons resultados em saúde, mas a sua prática em Portugal fica aquém do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tendo sido criado o Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física. O burnout, nas suas três dimensões (exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal), apresenta uma prevalência crescente, constituindo uma síndrome de exaustão relacionada com o trabalho com “o outro”, muito comum em profissionais de saúde. A atividade física tem sido relacionada com diminuição dos níveis de burnout, sendo o objetivo principal do presente trabalho verificar esta relação numa população de médicos internos em Portugal.Foi realizado um estudo observacional e transversal, após obtenção de parecer favorável pela Comissão de Ética da ARS Centro. Foram aplicados questionários, divulgados por e-mail e facebook – sociodemográfico, Questionário Internacional de Atividade Física (forma curta) e Maslach Burnout Inventory – Human Services Survey. Foi estudada uma amostra de conveniência da população dos médicos internos de Medicina Geral e Familiar da Zona Centro, com recurso ao Excel ® e SPSS ®, utilizando os testes Kolmogorov-Smirnov, Shapiro-Wilk, análise de histograma, Kruskal-Wallis e coeficiente de correlação de Spearman.Foram obtidas 109 respostas (24,22% da população), das quais 77,98% do sexo feminino e 22,02% do sexo masculino. 11,93% estavam no 1º ano de internato, 27,52% no 2º ano, 32,11% no 3º ano e 28,44% no 4º ano. A mediana da idade foi 28 anos, com Q1 27 e Q3 30. 60 indivíduos (55,04%) apresentavam nível moderado a elevado de burnout na dimensão exaustão emocional e 42,20% na dimensão despersonalização. Apenas 29,36% apresentavam nível elevado de realização pessoal. 83 indivíduos (76,15%) cumpriam as recomendações de atividade física da OMS. Foi obtida relação estatisticamente significativa entre as três dimensões do burnout e a prática de atividade física, com diminuição da exaustão emocional (p=0,001) e da despersonalização (p=0,017) com maior prática de atividade física e aumento da realização pessoal (p=0,013). Maiores níveis de sedentarismo condicionaram maiores níveis de burnout na dimensão exaustão emocional, com significado estatístico (p=0,014).Os níveis de burnout obtidos neste estudo foram inferiores aos descritos na literatura, mas, contrariamente ao expectável perante estes resultados, também os níveis de realização pessoal foram inferiores, o que se pode dever à população corresponder a médicos em formação. A prática de atividade física foi muito superior à relatada na população portuguesa. De acordo com os dados sugeridos na literatura, foi encontrada uma relação entre a maior prática de atividade física e o menor nível de burnout, mais relevante para a dimensão exaustão emocional. Concordante com estes resultados, obteve-se maiores níveis de burnout com o avançar do ano de internato, concomitantes com menores níveis de atividade física.A prática de atividade física parece ser um bom meio de controlo dos níveis de burnout, com particular enfoque na exaustão emocional. Serão necessários mais estudos para corroborar os dados aqui alcançados.
Descrição: Dissertação de Mestrado em Medicina do Desporto apresentada à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/89633
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página

189
Visto em 16/abr/2024

Downloads

204
Visto em 16/abr/2024

Google ScholarTM

Verificar


Este registo está protegido por Licença Creative Commons Creative Commons